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Singing In The Rain deve reconquistar os Estados Unidos

O Simple Plan escolheu “Singing In The Rain” como próximo single e algumas fotos da gravação do videoclipe já foram divulgadas, como publicamos aqui. A música é uma aposta da banda para reconquistar o público norte-americano. Em entrevista à Absolute Punk, no início do mês, Chuck fala sobre os motivos da escolha e por que acredita que a dupla R. City pode ajudá-los nisso.

Na entrevista, o baterista fala ainda sobre todas as parcerias do “Taking One For The Team”, como foi possível conseguir a sessão de fotos para a arte do álbum, sobre parcerias dos outros CDs, o processo de composição, os altos e baixos com Pierre, as músicas que sobraram, o motivo de “Untitled” literalmente ser uma música sem título e muito mais. Confira a tradução na íntegra:

Eu talvez eu esteja começando com um assunto delicado aqui, mas eu notei que seus últimos três álbuns chegaram ao 2º lugar nas paradas canadenses, após o lançamento. Acha que o novo álbum tem o que precisa para tirar o trono da Adele do 1º lugar? Ela provavelmente vai ser sua maior competição.

A boa notícia que é não tem muita coisa que será lançada na mesma data! Isso é bom. É animador. Seria incrível ter um álbum líder de vendas em nosso país. Seria doido. Mas vamos ver. Eu não tenho ideia. É tão maluco. É difícil prever as vendas de discos hoje em dia. Por causa da nossa cena e dos tipos dos fãs, talvez… Não somos Michael Bublé ou Adele, que têm um público mais velho que ainda cobra álbuns físicos. Mas nós temos muitos fãs apaixonados e muito devotos, que se importam em ter o CD de verdade, a arte e tudo o mais. Mas, a esse ponto, não é realmente nosso foco. Nós só queremos lançar essas músicas e queremos que as pessoas escutem, não importa como escutem – seja por streaming, se quiserem comprar no iTunes, se quiserem comprar o álbum físico, se quiserem emprestar de amigos, eu não me importo. Contanto que eles escutem a música.

O quanto vocês estão confiantes no quesito de singles do CD? Eu sei que “I Don’t Wanna Go To Bed” está se saindo muito bem nas rádios pop canadenses. Estão planejando levar até as rádios dos Estados Unidos, em breve?

Nunca esteve nos planos levar essa música para as rádios dos Estados Unidos. É meio estranho, porque estamos usando uma estratégia diferente para o single dos Estados Unidos. Nós vamos entrar com “Singing In The Rain” lá. Ela vai sair por volta da primavera, tipo março ou abril. Ela é uma música meio de verão. Nós queremos que ela venha junto com a volta do tempo bom, então é um pouco estranho. De certa forma, isso vai derrubar um pouco nossa expectativa de como o CD vai repercutir no lançamento e como vai entrar nas paradas dos Estados Unidos, porque não tivemos realmente muita ação em rádios. Nós propositalmente não lançamos nada porque queríamos começar com essa, então esse é o plano para março e abril. Vamos ver o que acontece. Mas eu sinto que essa música é ótima. Para mim, é uma das favoritas do álbum. Eu sinto que ela tem potencial para fazer as pessoas gostarem e, com sorte, as rádios abraçarem. Estamos cautelosamente otimistas.

Vocês têm a parceria do R. City jogando a favor de vocês, eu acho. Eles acabaram de emplacar um grande hit de verão com o Adam Levine.

Sim, eles tiveram um álbum no topo das paradas ao redor do mundo. É incrível. Eu amo essa banda. Eu amo o estilo deles. O que eu mais amo é que ela é uma banda da Virgin Islands e eles são importantes. Eles vivem e respiram a vibe do reggae. O sotaque e tudo o mais. Eles são legítimos. Nós amamos ter esse tipo de influência. Isso não é exatamente o que a gente faz, nós não começamos tocando esse tipo de música, mas sempre adoramos e temos muito respeito por ela. Tivemos a chance de trabalhar com o Sean Paul no último álbum, então esse estilo dançante já estava meio que presente nas nossas músicas. Ter caras como esses, que são incríveis no que fazem e que vêm dessa cena, é muito legal. Faz a música ser mais especial, mais animadora. Ter a chance de um artistas dar um passo à frente e fazer parte da sua música é ótimo. Além de tudo, como você mencionou, eles também tiveram ótimos momentos. Eles acabaram de lançar uma música importante. E também, nós pudemos conhecê-los, e eles foram os caras mais legais e incríveis do mundo. Eles vieram ao estúdio e nós trabalhamos duro na música, fomos e voltamos. Foi muito prazeroso e muito legal. Quando você conhece gente que respeita e eles acabam sendo pessoas boas, isso faz tudo ser mais divertido. Eu espero que, se isso nos ajudar a chegar com o pé na porta, seria ótimo.

Então esse álbum obviamente não foi lançado no ano passado, embora fosse planejado para outubro. Qual foi o motivo de terem atrasado um pouco?

Nós praticamente tínhamos um álbum finalizado por volta do verão e estávamos pensando em lançamento no outono, mas começamos a ouvir o álbum, escutar de novo, e pareceu que tinha algo faltando – como se não estivesse completo. Sentimos que faltava um pouco de alguns elementos nele. Eu diria que principalmente músicas que estão nas veias do clássico Simple Plan. Estava faltando um pouco daquela pegada mais pesada, músicas com mais energia, mesmo que tivéssemos escrito por um ano e meio. Para ser honesto, estávamos um pouco cansados e um pouco tipo “ai meu Deus, que bom que finalmente terminamos o álbum e podemos voltar para as turnês”.

Então eu e o Pierre nos sentamos e conversamos com a banda toda, e estávamos tipo “sabe, caras, a gente acha que devia voltar e escrever algumas músicas mais, focar em nos certificar que nossos fãs ganhem as músicas que eles esperam de nós”. Também para nós, nós estávamos ouvindo e estávamos meio “Cara, precisamos de mais das músicas do Simple Plan clássico para os shows ao vivo”. Nós precisávamos das músicas empolgantes para, quando formos para a turnê, termos a certeza de que o show vai ser divertido e ter muita energia. Nós vamos tocar essas músicas pelos próximos dois anos, sabe? Nós precisávamos ter certeza de que esse álbum teria a energia que é muito importante para a nossa banda. Então nós voltamos por volta de outubro e novembro e passamos mais um mês escrevendo. Conseguimos três músicas novas, que acabaram no álbum. Foram “Nostalgic”, “Farewell” e a primeira música do CD, “Opinion Overload” – todas elas foram escritas na última sessão, antes de podermos dizer que o álbum estava finalizado. Acabou sendo um pouco doido porque tivemos que nos adaptar mais. Tivemos que escolher uma data de entrega. Terminamos de escrever as músicas no fim de novembro e estávamos no estúdio no início de dezembro. Terminamos tudo entre o Natal e o Ano Novo. Eu acho que, quando olhamos para trás, ficamos muito felizes de termos nos pressionado para escrever um pouco mais e acabarmos com algumas músicas a mais, porque isso mudou toda a vibe do álbum. Se você tirar essas três músicas, é um álbum completamente diferente.

É legal porque vocês lançam “Opinion Overload” amanhã, com um clipe. Dos teasers e das fotos que vi da gravação, se parece com “I’d Do Anything”, um clipe em uma atmosfera de clube pequeno. Qual foi a ideia por trás dele?

Nós não tentamos copiar “I’d Do Anything”, mas eu acho que era importante para nós fazer um vídeo de “volta às raízes”, sabe? Sem uma história doida ou uma produção doida. Só lembrar sobre o que esta banda é: que é tocar ao vivo. Isso é o que amamos fazer, é isso o que viemos fazendo desde que tínhamos 14 anos. É assim que a banda, na minha opinião, se torna viva. É assim que nos divertimos mais. Nós acabamos voltando ao pequeno clube de rock, cheio de suor, e levando um bando de fãs para fazer um vídeo tocando. Eu acho que nunca fizemos um vídeo só tocando. A música parece que tem o espírito dos nossos primeiro e segundo CDs, sem soar como se fosse uma música de 2002. Então quisemos um vídeo que casasse com isso. Nós na verdade finalizamos hoje de manhã, então está pronto. Estamos muito empolgados para que vejam.

Na questão de próximos clipes, eu preciso perguntar se vocês vão usar as roupas esportivas da capa do CD em algum. Eu sinto que “Kiss Me Like Nobody’s Watching” seria perfeita para um vídeo de todos em uniforme, se acabando em algum esporte.

(Risos) É engraçado, eu tive essa ótima ideia conceitual, mais ou menos assim, tipo nós realmente nos destruindo. Tem uma reviravolta legal… Eu não vou dedurar, mas existe algo vindo por aí. Eu estou muito empolgado desde que as fotos do álbum saíram. Quando você vê todas as fotos no encarte, fica muito legal. Eu acho que a arte está acabando. Você não vê mais sessões de fotos com conceitos elaborados. As pessoas estão tipo “Hey, vamos tirar uma foto de divulgação” e nada mais, porque ninguém se importa, ninguém compra o álbum físico. Sei lá, cara. Eu cresci sendo fã de encartes e ficando tão empolgado quando minhas bandas preferidas faziam algo empolgante ou conceitual. Algumas das minhas capas favoritas que já fizemos, como “No Pads” e “Still Not Getting Any”, tinham um conceito muito legal. Até o “Get Your Heart On”. Nós gostamos de nos vestir e tirar sarro de nós mesmos um pouco, ter algo brincalhão e não nos levar tão a sério. Então a arte foi ótima para nós. Eu mal posso esperar para que todos vejam a coisa completa.

Nós tivemos sorte. Era impossível conseguirmos pagar essa sessão. O orçamento seria insano. Mas eu liguei pessoalmente, tipo, para todos os times de Montreal. Tipo, o Montreal Impact, que é o time de futebol, nos deu permissão para usarmos o estádio deles e os uniformes. Aí o Montreal Alouettes, o time de futebol americano, nos emprestou os vestiários, os uniformes e tudo. Aí fomos para a quadra de tênis, que faz torneios em Montreal e usamos. Foi incrível. Foi legal fazermos na nossa cidade natal.

Além de descobrir que o álbum não sairia até 2016, também descobrimos que “Saturday” não entraria no CD. Foi culpa da má repercussão da música ou foi só uma decisão criativa que fizeram?

Foi uma mistura dos dois, para ser honesto com você. Nós tínhamos a música e sentimos tipo “Ei, tá pronta, vamos jogar lá”. Aí ela saiu e tivemos uma reação de “Ei, muitos fãs gostaram, mas muitos fãs não gostaram nem um pouco”. Algumas pessoas envolvidas com álbum gostaram realmente, realmente, realmente da música. Eles estavam tipo “Eu tô dizendo, é ótimo!” É muito empolgante quando você tem gente abraçando algo, e você fica “Ok, legal, vamos com essa e ver o que acontece.” Mas eu acho que, lá no fundo, nós tínhamos essa sensação sobre a música e ficamos tipo “Sabe o quê? Eu não acho que é muito a nossa cara”. Não parecia certo. Eu acho que, nas poucas vezes na nossa carreira que não seguimos a intuição, ela voltou para morder a nossa bunda. Então eu acho que foi o que aconteceu com essa música. Essa é uma das maiores lições. Mesmo tendo feito isso por tanto tempo, ainda há lições a aprender. É uma coisa humilde. Você tem que ser esperto o suficiente para aceitar. Quando lemos os comentários e a resposta do público, ficamos tipo “Merda… a gente meio que concorda”.

Mesmo, desde o começo, tinha uma vibe estranha sobre a música. Foi a primeira vez que usamos uma amostra de outra música. Toda a parte “S-A-T-U-R”. Nunca usamos isso antes. Quando você usa isso, você precisa ir e limpar a amostra, e essa foi a coisa mais difícil e estranha. Escrevemos toda a música ao redor disso e então tivemos que meio que implorar por permissão para usar, e foi um processo estranho. Basicamente, nós meio que entendemos que não era para nós. A gente só preferia escrever tudo, em vez de samplear ou sei lá o que. Algumas bandas fazem isso bem, mas, para nós, só não pareceu certo. A gente tava tipo “A gente não quer colocar essa, dane-se”. Quando começamos a escrever mais músicas, ela não se encaixava mais, também. Parecia que ela não fazia parte do nosso Top 14, então decidimos não inclui-la. Ela ainda está por aí, caso as pessoas queiram escutar, mas a gente decidiu que não deveria estar no CD.

Eu fui até o vídeo de “Saturday” no Youtube e vi um comentário que era tipo “Essa música é provavelmente a pop, o resto do álbum vai ter as baladas com sentido que todos nós amamos” ou algo assim, e foi interessante porque eu percebi que muitos dos seus fãs escutam vocês por causa das baladas em vez das rápidas. Vocês percebem isso quando estão no estúdio? Vocês já se viram escrevendo muitas músicas pop e disseram, tipo, “Cara, precisamos escrever baladas agora, não podemos estragar”, só por serem tão importantes para os fãs?

Sempre foi parte do nosso som. Sempre fizemos elas. Eu acho que tudo começou com “Perfect” no primeiro álbum e o quão importante ela se tornou para nós, para os fãs, para a nossa carreira. Ela meio que definiu a banda, de certa forma. Talvez se tivéssemos lançado o primeiro álbum e não tivesse “Perfect” nele, talvez essa banda não tivesse a mesma carreira. Se você é uma banda que tem só as coisas divertidas e rápidas, super pop, talvez você esteja perdendo um pouco de substância. Talvez você esteja perdendo um pouco da honestidade, de ser real. Eu acho que é isso que nossos fãs gostam. Eles veem a honestidade.

Quando crescemos, sempre amamos álbuns diversificados. Amamos bandas como Guns N’ Roses – eles têm essas baladas épicas, super emocionais. Para nós, sempre pareceu que um álbum precisa ter os picos e os vales, vibes diferentes. Você precisa sentir emoções diferentes enquanto escuta. Ainda estamos enlaçados a esse formato e ter algo que te leve a diferentes direções, diferentes lugares. É verdade que, durante a nossa carreira, o tipo mais calmo, mais emocional, mais cheio de conteúdo, músicas com assuntos mais intensos foram importantes. No segundo álbum, “Untitled” – uma música que significou muito para muita gente. No terceiro álbum, “Save You” – que foi uma música que o Pierre escreveu sobre o irmão dele que teve câncer. No último álbum, tivemos “This Song Saved My Life”, que fala sobre o poder da música e tudo o mais. Se tornou algo que os fãs amam e esperam, e eu digo isso com muita modéstia. Nós amamos escrever esse tipo de música e acho que somos bons nisso. É o tipo de arsenal de coisas que conseguimos fazer bem. Não que precisemos fazer uma balada em todo álbum, mas parece certo voltar para essas músicas e nos certificar de termos coisas que parecem ter sentido, serem honestas, genuínas. Coisas que parecem mais poderosas, em quesito de emoções e tudo o mais.

Nesse álbum, definitivamente temos algumas músicas nesse estilo. Temos “Perfectly Perfect”, que está naquela tradição de todas as baladas acústicas pop-punk que foram feitas durante os anos, como “Good Riddance (Time of Your Life)” do Green Day ou “Hey There Delilah” do Plain White T’s’ e todas essas músicas incríveis. E aí você tem “Problem Child”, que é uma música que eu acho que os fãs vão sentir que é definitivamente importante para eles. Eu acho que, com um pouco de sorte, vai fazer muito sentido para eles.

As baladas desse álbum não são realmente o que as pessoas estão acostumadas a ver em um álbum do Simple Plan, principalmente “I Dream About You”, que tem uma vibe de ambientação eletrônica, e eu acho que a voz da Juliet Simms realmente agrega nela. Tem um sentimento pesado, quase assustador. Como você se sente sobre essa música em comparação com as lentas, mas mais rock de estádio, como “Astronaut” do “Get Your Heart On”?

Ela definitivamente tem um vibe mais escura, em que nós nunca nos envolvemos antes. A gente meio que gravou a música e ficou com ela por um tempo. Estávamos tipo “isso soa diferente”. Começamos a tocar para as pessoas e elas ficaram tipo “essa música é boa, é legal, é diferente”. Eu acho que ela deu muito certo. Eu acho que colocar a voz de Juliet nela deu uma nova dimensão para a música – fez a história ser mais interessante. A letra da música é uma ideia muito simples. A ideia de que muitas pessoas sonham com dinheiro, ser famosos, tanto faz, e eu estou feliz sonhando com você, sabe? É simples, mas a melodia e o jeito que a produção foi feita fazem com que fique um pouco bizarra e te assombre um pouco. Essa foi a ideia, então ter uma voz feminina realmente completa a história, já que você tem duas perspectivas. Eu acho que ficou ótima e é um ótimo fim para o álbum. É diferente para nós. Eu não tenho ideia de como os fãs vão reagir a ela. Eu espero que eles gostem. Eu acho que vão. Nós achamos legal e ficamos voltando nela. Nós só achamos que era uma coisa legal e diferente para tentar.

Eu acho que uma grande coisa que todo mundo vai falar sobre esse álbum, e eu meio que sou culpado disso também, é que é nostálgico ou um álbum de retorno à forma, mas eu nem acho que seja 100% o caso. Vocês nunca fizeram uma música completamente como “I Refuse”, sabe? Então é frustrante crescer como um compositor ao longo dos anos e escrever uma ótima música, e então alguém dizer “legal! Soa como uma música de quando eles tinham 17 anos!”, mesmo quando não foi dito com maldade? E vocês ficarem tipo “espera, isso não é tão verdade…”

É engraçado, Pierre e eu falamos disso o tempo todo. Tem algo muito irônico nisso… Tipo, quando lançamos o “No Pads”, foi um sucesso, mas também teve muito massacre em cima dele. Era a era do Good Charlotte, nós, Blink, New Found Glory, e todas essas bandas estavam ouvindo muita merda por ser “pop-punk” e ser pop demais. É estranho imaginar isso agora porque, para as pessoas que não estavam lá, eu li muitas coisas literalmente viciosas sobre a cena. Era extremista. E naquela momento, as pessoas eram tipo “esse álbum é tão pop, é tão isso e isso, isso não é punk-rock de verdade”. É engraçado ouvir as pessoas dizendo agora, quando você lança uma música como “I Refuse”, que é super rápida e agressiva – muito mais agressiva do que era no “No Pads” – aquelas mesmas pessoas dizendo “Oh sim, completamente de volta às origens!” E eu fico tipo “Espera, eu pensei que as músicas antigas eram super pop”.

É quase como se a percepção fosse mais forte do que a realidade do que realmente estava naqueles álbuns. Se você voltar ao “No Pads” ou o “Still Not Getting Any”, eu acho que eles são cheios de energia, mas, como você disse, não tinha muitas músicas pesadas como as desse novo álbum. Eu acho que ele é um dos nossos álbuns mais pesados e cheios de rock – principalmente depois de colocar aquelas três músicas sobre as quais conversamos. Elas fizeram com que fosse mais rock e muito mais pesado. Eu vejo como um retorno às raízes no sentido de que quisemos recapturar o espírito que tínhamos quando fizemos o primeiro e o segundo álbum, mas, em questão de composição, eu acho que é muito melhor e evoluiu muito. Nós progredimos como banda. Eu acho que somos melhores, eu acho que tocamos melhor, eu acho que escrevemos melhor. Mas eu queria recapturar o que as pessoas amam na banda. Eu espero que as pessoas entendam isso no álbum, mas, ao mesmo tempo, é 2016. Nós não podemos só voltar e fazer exatamente o mesmo álbum que fizemos antes.

Mas, se você escutar o álbum todo, eu acho que tem muitas músicas exatamente naquele estilo. Nós nunca realmente fizemos algo como “I Refuse”, com exceção talvez de “Thank You” do segundo CD. Cada álbum que fizemos tinha vibes diferentes. Eu acho que talvez seja por isso que é difícil de resumir o que é o Simple Plan, porque nós sempre tentamos mudar.

Eu diria que vocês podem dividir esse álbum em praticamente quatro partes: as baladas, as músicas pop-punk, as estranhas e as completamente pop. Eu acho que dá pra fazer a mesma coisa com “Get Your Heart On” também.

Nós só queremos nos dar o direito de tentar coisas diferentes e não nos atarmos a uma coisa ou outra. Eu acho que isso explica a longevidade da banda, de certa forma. Se só fizéssemos músicas rápidas, eu não sei se estaríamos no nível que estamos hoje. Se só fizéssemos músicas para entrar na lista dos Top 40, eu não acho que estaríamos aqui hoje. Essas bandas podem fazer sucesso, mas não têm substância. Elas vem e vão, porque não tem nada a que se segurar, e as pessoas não querem vê-las ao vivo porque elas não sentem a energia. É difícil para uma banda assim se conectar com a base de fãs, ao contrário de como é com uma banda de rock, ou até mesmo bandas da cena. Tem uma coisa mais real e honesta nisso. Se não tivéssemos as baladas, não teríamos a mesma conexão com os fãs. Tantas pessoas nos escrevem cartas ou vêm aos shows e dizem “Vocês entendem quem eu sou e pelo que estou passando. É como se vocês estivessem escrevendo minha vida e minhas histórias, e é por isso que eu amo vocês.” É isso que o Simple Plna é, ser todas essas coisas.

De alguns modos, se nos perguntassem “Como vocês ainda estão aqui depois de 17 anos?”, eu acho que é realmente porque não somos apenas uma coisa. Eu não chamaria de fórmula, mas nós encontramos o balance entre todas essas coisas e dimensões que temos como uma banda, e é isso o que faz de nós o que somos. Então é por isso que foi importante colocar aquelas músicas nesse álbum, porque sentimos que estava faltando aquela grande energia de músicas de rock.

Eu sinto que os convidados do álbum ampliaram a diversidade, porque, mesmo que você possa fazer uma música pop ou punk-rock completamente sozinho, ter Jordan Pundik em “Farewell” leva a música pra um nível completamente diferente. O que rolou para o Jordan estar na música? Vocês sempre têm os convidados do álbum em mente desde o começo?

Eu acho que só estamos tentando trabalhar do nosso jeito para termos todos os vocalistas de pop-punk bons nos nossos álbuns. Até agora, estamos indo bem. Tivemos Joel, do Good Charlotte, e Mark, do Blink, no primeiro CD, depois Alex do Time Low e River do Weezer. Agora temos Jordan do New Found Glory. Nós temos uma lista muito boa. [Risos]

Somos amigos do Jordan e do New Found Glory há muito tempo. Tocamos shows com eles ao redor do mundo e eu acho que dividimos uma história semelhante. Começamos mais ou menos na mesma época e eles ainda estão por aí, passando bem. Eu acho que tem muito chão em comum. É sempre importante manter essa conexão de onde viemos, de onde crescemos. Quando adolescentes, nosso ídolos eram Strung Out, Ten Foot Pole, Lagwagon, No Use for a Name, Pennywise – essas coisas. Está no nosso DNA. Não importa o quanto as nossas músicas fiquem pop, nós amamos de verdade essa cena. Até fazendo esse álbum, sempre voltamos àquelas bandas e escutamos. O jeito que arranjamos as músicas e pensamos nas músicas foi formado e construído ao escutar essas bandas. Eu acho que a música que você escuta quando é adolescente é o que mais te impacta como um consumidor de música. Não importa o quanto seus gostos se diversifiquem quando você fica mais velho, você nunca vai achar uma banda que te faça ficar tão apaixonado quanto você ficava quando escutava aquelas bandas no começo da adolescência. Para mim, claro. É muito difícil de encontrar uma coisa que te deixe tão empolgado de novo, sabe?

É importante para nós ter um convidado que ainda se conecte com essa cena em cada álbum. Essa foi a ideia do Jordan. Eu acho que ele arrasou. É doido. Quando ele entra, parece que foi escrita para ele. A voz dele funciona perfeitamente. Eu acho que, como fãs e como uma banda, é sempre revigorante ter pessoas diferentes. Nunca trabalhamos com ele antes e foi muito legal. Ele foi muito legal sobre isso, ele foi tipo “Claro que faço, eu amo vocês”. Ele foi até o estúdio na casa do Pierre, em San Diego, e ficou incrível.

Com relação aos outros convidados, é diferente. Nós gostamos de nos divertir. Nós sempre fomos fãs do Nelly, no começo dos anos 1990, pensamos em fazer uma música bem diferente de nós e ficamos tipo “O que faria ela ser mais divertida e empolgante?” e pensamos “e se tivéssemos um verso pelo Nelly? Bom… Não vai rolar”. Mas ligamos para ele e ele topou. Ele é muito melódico. O jeito que ele faz o rap é quase como se ele estivesse cantando, à vezes, é super conquistador. E eu sempre fui um grande fã. Nós meio que fizemos sucesso no mesmo momento, no começo dos anos 2000. Nós fizemos programas em rádio com ele e tudo o mais. Eu acho que ele fez um ótimo trabalho. Quanto à Juliet, mesma coisa. Nós a vimos na Warped Tour e soubemos que ela tinha uma voz incrível. Ligamos para ela e ela super apoiou a ideia. Ela veio ao estúdio e fez um ótimo trabalho. De novo, super simpática e muito legal. Eu acho que nós gostamos de ter convidados porque dá um ar diferente para o álbum. Deixa as pessoas empolgadas.

É diferente ter um convidado que componha com vocês e só um convidado que cante o que vocês escreveram? Jordan não escreveu “Farewell”, mas Nelly escreveu o verso dele. E aí o Rivers escreveu o dele no “Get Your Heart On” também. Então muda alguma coisa quando o artista está realmente no estúdio, dando as ideias dele para a parte que eles vão cantar?

Não necessariamente. Eu acho que é um pouco mais fácil quando você escreve a música com alguém pra meio que… Não convencê-lo, mas pra meio que ficar tipo “Hey, não seria legal se você cantasse isso?” Com o Rivers, é engraçado, quando ele escreveu a música, ele ficou tipo “Cara, eu amo essa música. Eu adoraria cantar essa música. Se vocês não usarem, lembrem de me dizer, porque poderia totalmente ser uma música do Weezer”. Então ficamos tipo “Caramba, seria legal. Espera, não vamos usar essa música, vamos fazer ser uma música do Weezer”. Mas aí percebemos que ele estava animado por ter escrito. Você logo sabe que o artista vai estar interessado em cantar porque escreveu com você, então, com sorte, ele goste. Mas, quando alguém não escreve, você tem que torcer pra que eles gostem, porque eles não têm conexão de verdade com a música. Então é uma diferença de verdade. Quando alguém escreve uma música com você, eles vão abraçar a ideia ainda mais porque eles têm a ligação. Mas de novo, por exemplo, Jordan não escreveu aquele verso, mas, por algum motivo, quando chegamos em alguém, nós temos a demo e tentamos imaginar quem faria um bom trabalho nela. Para nós, foi tipo “Caramba, a gente adoraria o Jordan nesse álbum. Eu acho que ‘Farewell’ seria a música perfeita. Eu consigo ouvi-lo cantar”. Com certeza, quando ele cantou, foi exatamente o que imaginamos e foi ótimo.

Eu escutei o Pierre dar uma entrevista para o podcast do Shane do Silverstein e ele estava dizendo que muitas músicas foram escritas para o álbum, mas só algumas foram feitas 100%. Existem momentos em que vocês escrevem um verso ou um refrão incrível, mas não conseguem estruturar a música ao redor dele, então ele morre? Te irrita ter essas partes desperdiçadas, ou vocês acabam usando o refrão ou o verso para algo novo no futuro?

Acontece. Você fica muito empolgado com alguma coisa, como um rife ou uma ideia de refrão, e você tenta começar do fim e escrever o resto da música, e aí não encaixa bem. Em todo álbum, tem algumas partes que ficam voltando e o Pierre fica tipo “Hey, lembra que tínhamos aquele refrão legal ou aquela parte de guitarra?” Pode levar meses às vezes. Nós ficamos trazendo coisas de volta e, um dia, ela não funciona. Aí você pega algo de volta e tenta de novo, três meses depois, e continua não dando certo. Então finalmente, uma semana depois, você tenta de novo e tudo encaixa e soa legal. Às vezes não. Às vezes você tem essa pequena parte incrível, mas não sabe o que fazer com ela ou para onde guiá-la, e é uma droga porque você enxerga o potencial, mas não consegue descobrir qual direção ela precisa tomar. Tínhamos uma piada de fazer um novo formato de música, que seriam refrões de 30 segundos, e não precisaríamos escrever versos e a ponte. Juntaríamos uns trinta desses em um CD ou qualquer coisa.

No segundo álbum, tínhamos o refrão de “Untitled”, literalmente, o tempo todo em que estávamos compondo. Só tínhamos o refrão. Sabíamos que era incrível e ele se destacou, mas não conseguíamos resolver. Aí estávamos mixando o álbum e o Bob Rock falou tipo “Vocês precisam terminar essa música”. Foi literalmente cinco dias antes de finalizarmos o álbum, e o motivo pelo qual se chama “Untitled” é porque não sabíamos se iríamos mudar a letra ou não. É por isso que se chama “Untitled”. Desse jeito, foi artístico, mas, ao mesmo tempo, pelo menos deixamos nossas opções abertas. Finalmente terminamos um dia antes da mixagem ser feita, escrevemos a letra e tudo. Mas nós sabíamos que tinha algo especial naquele refrão. É fácil escrever um verso ao redor dele, mas tem que ser tão bom quanto o refrão, ou ela o arruína. Às vezes não é que você não seja capaz de escrever algo ao redor dele, é que talvez você não consiga encontrar algo que seja bom o bastante.

Quantas sobras vocês tiveram nesse álbum que poderiam ser lançadas agora e vocês ficariam satisfeitos? Vamos ouvir algumas delas no futuro? Algo como o EP depois do último álbum?

Eu acho que sim. Foi muito legal ter uma sequência da última vez para as músicas que não entraram no álbum. Eu acho que fazer o EP é uma coisa que dá certo para nós. Eu não sei exatamente quantas músicas, mas tem definitivamente entre cinco e dez músicas que poderiam ser lançadas agora. Elas não se encaixaram no CD e eu não tenho certeza se seriam as coisas que eu gostaria de lançar. Mas é difícil dizer. Eu não queria que elas saíssem antes do CD, mas em um EP ou algo depois, aí estaria bom. Existem muitas músicas que serão lançadas no caminho. Nós não guardamos músicas para o próximo álbum. Se elas não entraram nesse, então provavelmente não deveriam estar no próximo. Sempre começamos do zero.

Nós gravamos duas músicas que não entraram no álbum, que estão completas e eu realmente acho ótimas. Então tem umas cinco ou seis demos que poderiam estar no álbum. Elas eram candidatas até o último momento. Foi fácil diminuir a lista para 20 ou 25 músicas, mas foi difícil abaixar pra 14. David, nosso baixista, ficou tipo “Vocês são doidos! Não vamos colocar essa música nele? Eu não acredito, eu tô tão decepcionado”. Mas é porque você precisa fazer escolhas. Você não pode ter cinco baladas. Tínhamos uma música que era bem semelhante com “I Refuse” e tínhamos que escolher entre elas porque eram muito parecidas. Você não quer ter o mesmo tipo de gravação, e ter duas ou três músicas que soem iguais. Então essa música poderia ser lançada, e eu acho que os fãs teriam adorado.

Pierre também tocou no assunto de que vocês escrevem juntos há tanto tempo, que às vezes é difícil de se comunicar quando as ideias diferem. Eu sei que é um giro dramático aqui, mas você já se sentiu tão frustrado que disse “Sabe? Acho que acabou para nós, estamos juntos há tempo demais”? Eu só pergunto porque é algo que aconteceu com o The Summer Set no novo álbum e eles falaram sobre isso outro dia. Eu me pergunto se vocês já passaram por isso ou se sentiram assim, se vocês têm algum conselho para as novas bandas que estão passando por merda na indústria ou no processo de gravação e querem desistir por causa disso?

Eu acho que o processo desse álbum, de certa forma, nos fez meio que questionar se queríamos estar em uma banda. E muito disso foi por causa de algumas merdas e algumas críticas e alguns dos comentários. Claro, quando você escreve algo e faz algo, você espera que… Quer dizer, você é realista, você sabe que não vai acontecer… Mas você espera que todo mundo ame. Quando isso não acontece, pode ser um pouco devastador. Machuca. Não importa o quanto de sucesso você teve ou quantos fãs você tenha… mesmo que você tenha 90 comentários ótimos, você sempre vai se lembrar daquele que não foi bom, muito mais do que as centenas dos comentários bons. Ele é o que fica.

Se teve uma banda que passou por isso, fomos nós. Eu não tenho certeza por quê, mas nós fomos definitivamente o alvo desse tipo de coisa, e nós definitivamente sabemos disso. Não é como se vivêssemos em uma bolha, onde não sabemos, não lemos as coisas e não escutamos sobre isso. Eu acho que isso definitivamente pesa em você, cara. Machuca e é uma merda. Existiram momentos em que ficamos tipo “Caramba, isso vale a pena? Me faz sentir uma droga”. Mas ao mesmo tempo, eu acho que em grande parte do álbum, nós acabamos escrevendo em reação a isso e tentamos criar um álbum empoderador que diz “Sabe o quê? Siga em frente. É ok ser quem você é. Muitas pessoas não gostam e algumas pessoas vão se incomodar. Mas ao mesmo tempo, cabe a você seguir o seu coração e fazer o que é certo para você”.

Eu acho que, na cultura em que estamos agora, nunca foi mais fácil ser desencorajado. Nunca foi mais fácil que tirassem sarro de você ou de ser machucado pelo que outras pessoas dizem. Eu estou falando de bandas ou de pessoas comuns. Existe quase que uma licença de falar mal de todo mundo e de dizer as coisas mais maldosas, mais intensas na internet. Você está atrás do seu teclado e você pensa que pode dizer qualquer coisa que quiser. Eu acho que as pessoas não percebem que isso afeta as outras. Nós definitivamente passamos por isso nesse álbum. Mas aí você percebe que você criou algo que vale a pena proteger, algo que vale a pena continuar, algo que vale o esforço. Porque nós temos todos esses fãs esperando pelas músicas, e também, nós devemos a nós mesmos não destruir o que criamos e nos certificarmos de não destruirmos o que criamos só porque existem dias mais duros que outros. Eu não estou tentando deixar ninguém com pena. Somos muitos abençoados. Fomos muito sortudos. Mas existiram momentos que foram mais difíceis do que antes. A indústria mudou muito e muito da cena mudou muito também. Nosso som não é necessariamente o mainstream agora. Não é a coisa mais popular. As coisas evoluem, e isso é normal, mas às vezes isso faz ser um pouco mais difícil de descobrir o que você deveria fazer como uma banda.

E também, o que você mencionou antes, às vezes estar em uma banda por tanto tempo é quase uma desvantagem. As pessoas amam perguntar “quem é novo?”, “quem tá surgindo por aí?”. Existe um burburinho maior quando você é novo. Quando você está aí há 16 anos, existe um pouco de fadiga. “Lá vão eles de novo”, sabe? Às vezes eu queria ser a banda nova de novo.

Mas dentro da banda, enquanto os anos passam, especialmente com o Pierre e eu, quando escrevemos, nós estamos acostumados um com o outro. Eu sei o que ele vai fazer em termos de como ele vai lidar com a composição e ele sabe o que eu vou fazer em termos de letras e ideia. Às vezes você acaba não gostando da contribuição um do outro porque você está acostumado com isso. Você já espera e fica “Tá, ok, tanto faz. Lá vem ele com as ideias dele”, sabe? Por isso quisemos trabalhar com tanta gente no último álbum. A gente pensava em algo e o Pierre ficava “Hm, tá” e outro cara ficava tipo “Não, é ótimo! Do que você tá falando?” e você fica tipo “Oh… sério?”. Isso te dá uma nova perspectiva quando as coisas caem na rotina. Mas compor é difícil e leva tempo, e não teve muita gente que veio compor com a gente que surgiu com a coisa mais incrível em cinco segundos, sabe? É difícil para todo mundo. Foi assegurador para nós também, porque foi tipo “Ok, então não somos só nós que temos dificuldade em escrever músicas para um álbum”.

Eu acho que, para mim, o que aconteceu foi que isso me fez apreciar ainda mais o talento do Pierre para melodias. Toda vez que trabalhávamos com alguém, eu sempre gravitava entre as melodias dele, a estética e as ideias. Elas sempre foram minhas favoritas. Eu simplesmente percebi que eu era um grande fã do que ele faz como compositor. Mesmo trabalhando por 17 anos… se você contar nossa primeira banda, 22 ou 23 anos… Eu ainda sou o maior fã dele. Eu ainda amo o que ele compõe e eu acho que ele ainda ama trabalhar comigo.

Aaaun.

Soa muito pegajoso, mas é verdade. Não perdemos o respeito um pelo outro. Você pede por conselhos para novos artistas, e eu acho que essa é a maior coisa… não se esqueça de que estar em uma banda é sobre serem amigos e também nunca perder o respeito pelo seus colegas de banda. Saiba que você não é mais importante do que a banda. Muita gente, eu acho, quando entra em bandas, alcança algum sucesso e acha que pode continuar sozinha ou que não precisa dos outros caras e que eles são peso morto. Elas começam a pensar que as coisas seriam melhores se tivessem outro baterista, ou um guitarrista diferente, ou um cantor diferente, e a verdade é que isso não é verdade.

Talvez seja verdade. Mas você teria outros problemas com essa outra pessoa. Você precisa aprender a conversar e resolver qualquer problema que você tenha na banda. Nosso truque é, se existe qualquer problema, nós nos trancamos em uma sala e não saímos até sermos amigos de novo. É assim que trabalhamos e não tivemos nenhuma mudança de integrantes em 17 anos, então isso obviamente deu certo para nós. Eu acho que, com o tempo, você percebe que o que construiu é muito precioso e você fica mais furioso para proteger e se certificar de que não seja destruído. Fica ainda mais importante para você ao que os anos passam. Agora fomos além de apenas sermos uma banda juntos. Somos como irmãos, somos uma família. Sim, nós temos alguns problemas, às vezes, mas nós vamos continuar a trabalhar neles.

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