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Pierre e Jeff tentam provar que conhecem um ao outro

Pierre e Jeff foram ao The Kelly Alexander Show, em Montreal. Em meio a discussões sobre o novo álbum e sonoridade, eles dizem que reconhecem que o “No Pads, No Helmets… Just Balls” têm músicas muito medianas, tantos anos depois de lançá-lo. Os dois participam ainda de um jogo que checa seus conhecimentos sobre os outros integrantes do Simple Plan e mostram que talvez não se conheçam tão bem assim. Será? Veja o vídeo e a tradução completa.

Já faz um tempo desde que tivemos um álbum completo, o “Get Your Heart On!” de 2011. Vocês esperavam que levariam cinco anos para o novo álbum, que demoraria tanto?
Pierre: Com certeza não. Não achamos que demoraria nada perto disso. Quando começamos a escrever, tem sempre aquele pensamento de que serão alguns meses para compor, depois vamos produzir e, dentro de um ano, será lançado. O plano era lançar em 2014, mas não funcionou pra gente. É mais importante para nós lançar um álbum que amamos e que realmente podemos apoiar do começo ao fim. E foi assim que foi tomando mais tempo. Fizemos mais estilos, fizemos mais coisas. E eu acho que estamos tentando subir de nível toda vez, e o nível vai ficando mais alto. Então escrevemos por mais de um ano e até mesmo a produção levou um tempo. Começamos a gravar há quase um ano. E é, levou tempo. É uma das coisas que queremos fazer direito.

Como vocês são quando estão no estúdio? Vocês gostam de ter uma sequência ou não se importam de ir e voltar para algumas coisas?
Pierre: Nós fomos e voltamos muito. Eu acho que é importante para nós fazer as coisas do jeito certo, e às vezes você faz algo, acha que tá bom, vai pra casa, escuta no dia seguinte, e não parece exatamente certo, não funcionou muito bem. Mudamos algumas partes, acrescentamos partes de guitarra um tempo depois, existem entradas de refrão, como chamamos, que mudamos completamente, alguns arranjos que mudamos. Então é, isso toma um pouco mais de tempo, mas é tudo parte do processo.
Jeff: Sabe? Foi um álbum interessante. Porque nós voltamos. Tentamos fazê-lo o mais inocente possível, morando juntos de novo para criá-lo, como fizemos no primeiro álbum. As coisas mudaram, claro, você não pode repetir aquilo, aquela intensidade, aquele momento em que você fala sobre música o tempo todo. Então isso é um pouco diferente, mas, ao mesmo tempo, todos nós nos juntamos, fizemos o álbum que quisemos. Depois de uma semana e meia, Sebastien e eu estávamos gravando e acabamos, nós gravamos o álbum inteiro. Foi só um daqueles momentos em que quisemos contribuir o melhor possível, o mais eficiente possível, mas o processo não era isso. No primeiro álbum, gravar era difícil, estar em estúdio era um desafio. Agora o desafio é como conseguir fazer essas músicas ficarem melhor, como fazer uma música como “I Don’t Wanna Go To Bed” coexistir com “Opinion Overload”. Nossa montagem precisa ser certa, precisamos pensar em como isso vai funcionar musicalmente. Precisamos fazer um álbum coeso, e isso não é muito fácil. Principalmente pro Simple Plan. As pessoas esperam que sejamos pesados, melódicos, rápidos. Elas também querem escutar músicas como “When I’m Gone”, “Summer Paradise”. São dois gêneros que ficam um em cada ponta do espectro, e eles precisam estar no álbum.

Vocês disseram que moraram juntos de novo nesse álbum. Eu lembro que conversei com o Seb há alguns meses, e ele disse que alguns de vocês estão nos Estados Unidos, alguns no Canadá. Foi difícil unir todo mundo de novo, principalmente quando vocês têm vidas pessoais agora?
Pierre: Não foi tão mau. Chuck e eu estamos no sul da Califórnia, agora, e os outros caras moram aqui em Montreal. A gente vem tanto pra cá, que não é como se fosse tão difícil. Nós basicamente dividimos o tempo, fizemos alguns vídeos aqui, sessões de foto aqui e gravações lá. Mas não é tão longe assim.
Jeff: Nós gravamos dois álbuns aqui. Eu acho que era hora de mudar um pouco, sabe? Estar em estúdio traz uma vibe, e não queríamos gravar mais um álbum no estúdio que usamos para o 4º álbum, por exemplo. Mudar isso muda toda a energia. E a verdade é que o produtor que usamos, Howard Benson, é da Califórnia. Nunca foi uma opção para ele vir para cá, para gravarmos aqui. Fazia mais sentido que todos fôssemos para lá morar juntos e fugir do frio, porque começamos em fevereiro do ano passado.
Pierre: O mês de fevereiro mais frio desde 1915 ou sei lá.
Jeff: Eu não sei, a gente não viu.

Esse é o seu álbum mais forte até agora?
Pierre: Eu acho que tentamos alcançar isso com todos os álbuns. Acho que todo artista vai te dizer isso. Mas é muito importante para nós subir o nível toda vez. Olhando para ele de um ponto de vista de composição e produção, eu acho que é nosso material mais forte. Músicas como “Singing In The Rain”, que eu acho que as pessoas vão aceitar muito bem. Existem músicas mais profundas, coisas que nunca fizemos antes, como “I Dream About You”, que é todo um novo mundo sonoro para o Simple Plan. E até mesmo nosso material tradicional, pesado de pop-punk, que soa como Simple Plan, eles batem mais pesado, são mais rápidos, mais enérgicos. Então acho que é o melhor álbum que já fizemos.
Jeff: Eu acho que existem músicas mais profundas no álbum. Músicas, que não são necessariamente os singles, são melhores do que nunca. Do primeiro álbum, você se lembra de “I’d Do Anything”, “Addicted”, “Perfect”, são músicas que se sobressaíram, mas existem muitas músicas medianas naquele álbum, olhando pra ele quinze anos depois. Mas acho que, nesse álbum, fomos mais fundo. Acho que, nos últimos álbuns, queríamos ter doze singles em cada um deles. Nesse álbum, sabíamos que os singles estavam lá, mas criamos músicas que saem desse propósito, que te levam em uma aventura ao longo do álbum. Existem momentos mais pesados, mais escuros, com músicas que não têm nenhum potencial de single, mas é esse o propósito delas nesse álbum. Eu acho que é um álbum mais profundo e, no todo, as músicas são mais fortes.

Como aconteceram as parcerias com Nelly e R. City?
Pierre: Acho que quisemos fazer com que “Singing In The Rain” e “I Don’t Wanna Go To Bed” fossem mais empolgantes. Quisemos um sabor diferente, mantê-las divertidas. A ideia foi encontrar o artista certo que complementaria as faixas. Para “I Don’t Wanna Go To Bed”, queríamos alguém que tivesse muita energia, que trouxesse essa animação, e Nelly foi o primeiro em que pensamos. Para “Singing In The Rain”, queríamos uma pegada mais “Summer Paradise”, mais caribenha, mais com vibe de praia. E essa banda R. City já está por aí há um tempo. Eles são da Virgin Islands, eles vivem e respiram essa sonoridade reggae caribenha, é assim que eles soam até quando eles falam. Foi uma escolha óbvia para nós, e eles estão fazendo muito sucesso agora. Eles pegaram a música e fizeram com que ela ficasse mais autêntica e empolgante.

Vocês começam a turnê do outro lado do oceano. Quero saber quando voltam pro Canadá e o quanto Montreal ainda significa pra vocês. Porque vi uma entrevista com a Madonna, em que ela diz que Detroit vai ser sempre importante para ela.
Jeff: Claro. Nós éramos crianças que passavam na frente do Bell Centre e diziam “cara, precisamos tocar aqui, em algum momento da nossa carreira”. Então quando tocamos no Bell Centre, sentimos que alcançamos nossa meta de um jeito que não vamos sentir em nenhum outro lugar do mundo, não importa o quão grande seja o lugar em que tocamos. E nossas famílias são daqui, então eles dizem que nos viram no jornal. Aí eu pergunto se eles viram que fomos capas de uma revista, e eles dizem que não, que nos viram no jornal local. É com isso que eles se importam, é isso o que mais ouvimos. Então, sim, isso importa muito. Vamos para o outro lado do oceano, vamos começar na Europa, vamos pro Japão. Nosso calendário está cheio, vai ser uma aventura maravilhosa. Mas vamos voltar para Quebec para festivais de verão, este ano. E vamos fazer uma turnê completa no Canadá, então o Quebec vai estar muito bem representado no começo do outono.

Como é estar no palco juntos, depois de quinze anos?
Pierre: Faz mais de quinze anos. A primeira formação da banda é de 1999, então faz quase dezessete anos. É engraçado. É uma coisa que sempre gostamos de fazer e acho que o legal é que, mesmo ficando mais velhos, isso não muda. Estar em uma banda, estar no palco, fazer um show, isso meio que nos deixa naquela idade mental de vinte, vinte e um, vinte e dois anos. Não existem regras, você pode ir, se divertir, parecer um bobalhão, fazer piadas. É o melhor trabalho do mundo.

Sei que vocês já existem há muito tempo, mas se vocês pudessem se sentar para jantar com outra banda, não importa qual, mesmo que seja uma banda nova. Qual seria e por quê?
Pierre: Eu sou fã do Tom Petty, sempre fui. Algumas pessoas devem saber que eu já o conheci. Minha esposa conhece as filhas dele e tal. Eu gostaria de encontrá-lo e ter uma longa conversa com ele. Eu não sei se ele gostaria de mim, mas eu acho que ele tem essa vibe legal, ele é um ótimo compositor. Ele sempre fez tudo muito simples, as músicas deles só têm três cordas, e elas não precisam de mais.
Jeff: Eu diria AC/DC, e eu provavelmente estou surpreendendo a mim mesmo. Eu estava vindo para cá e uma música deles começou a tocar no rádio do táxi. E, de certa forma, eles são a banda pesada mais popular que existe por aí. É tudo super melódico, super rápido. Não é o mesmo gênero que a gente toca, mas eu quero saber como eles mantêm isso por tanto tempo, como você fica numa banda com o seu irmão. E aí você descobre coisas trágicas sobre seu irmão, você troca os integrantes e mantém a coisa funcionando, porque você sabe que é isso o que seu irmão iria querer. Tem uma coisa linda nisso, maravilhosa. Então eu gostaria de entender a cabeça deles em algumas histórias.

Antes de irem, vamos jogar um jogo que se chama “você conhece seu parceiro?”. Qual integrante da banda está sempre atrasado?
Jeff: Isso muda, na verdade.
Pierre: Isso muda com os anos. Recentemente, eu diria que é o Chuck.
Jeff: Com certeza é o Chuck, sem dúvida.
Pierre: Mas ele sempre tem um bom motivo. Ele não é atrasado porque é preguiçoso. Ele só trabalha tanto, que tudo que ele faz é tão importante, que a próxima coisa vai ter que esperar.

Qual é o sabor de sorvete preferido do Pierre?
Jeff: Ai, cara. Eu não presto atenção de verdade.
Pierre: Essa é a pergunta mais clássica de entrevistas. Você deveria saber.
Jeff: Eu sei, eu já ouvi isso antes, mas eu não sei de verdade.
Pierre: Cookies e pedaços de chocolate…
Jeff: Sabe? Eu só desligo quando ele responde essas coisas, porque eu fico pensando “qual é o meu?”.

Quem é o guitarrista favorito do Jeff, além dele mesmo?
Pierre: Eu vou dizer… Você ainda gosta do Joe Satriani, mas eu não acho que seja o favorito. Quem é seu favorito? Eu não sei, quem é? Você tem um?
Jeff: Eu não tenho um em particular.
Pierre: Você fica mais velho, você não tem mais esse sentimento de “qual sua cor preferida?”, “qual sua comida preferida?”, eu gosto de tudo, cara.
Jeff: Sabe? Eu gosto do The Edge, do U2. Eu não diria que é o meu favorito. Mas o que eu gosto nele, com todo o respeito, é que ele é limitado tecnicamente. Ele não tem técnica, não toca solos e tal. Mas ele consegue ter um grande valor para a banda dele. Eu acho isso incrível.
Pierre: Isso me lembra você.
Jeff: Ele sou eu. Nenhuma técnica, mas muito criativo.

Quem não consegue viver sem o celular?
Pierre: Chuck.
Jeff: Com certeza o Chuck.

Eu acho que já sei isso, mas qual é o esporte favorito do Pierre?
Jeff: Ele não assiste a esportes de verdade, mas, se for assistir, eu diria futebol americano.
Pierre: É, se eu for assistir.

Por último, se Jeff pudesse viajar no tempo, qual década do século passado ele visitaria?
Pierre: Os anos 80.
Jeff: Qual é, Def Leppard. Com certeza! (…) Na verdade, eu voltaria para os anos 90.
Pierre: Mas os 80 têm as guitarras que você curte, cara.

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