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Pierre diz que quase desistiram de I Don’t Wanna Go To Bed

Durante a passagem por Madri, Pierre bateu um papo com o site La Caja D Música. Na entrevista, traduzida abaixo, ele fala sobre Hayley Williams, do Paramore, escolhe uma música de outro artista que gostaria que fosse dele, conta que quase desistiram de “I Don’t Wanna Go To Bed” por causa da dificuldade e mais.

Vocês sentiram falta da Espanha? Seus fãs sentiram muito a sua.
Pierre: Claro. Desde que entramos no estúdio para compor e gravar, isso nos tomou dois anos. Então estamos empolgados de voltar para a estrada e fazer shows.

Vocês lançaram o “Taking One For The Team”. Conta pra gente onde ele foi gravado.
Pierre: Foi gravado em Los Angeles, durante a maior parte do ano passado. Começamos em fevereiro ou março e fomos até dezembro. Fizemos algumas pausas no meio do caminho, mas a banda toda foi pra Los Angeles e acho que deu muito certo. Nós nos esforçamos juntos, trabalhamos duro e fizemos cada pedaço do álbum ser perfeito para nós. E acho que o álbum transmite isso.

E quais histórias existem por trás desse álbum?
Pierre: Eu acho que o álbum é uma história sobre a vida. Estar em uma banda, para nós, sempre significou ter uma série de altos e baixos. Existem momentos de sucesso, maravilhosos, e outros momentos em que sentimos que somos os excluídos, sentimos que precisamos lutar para continuar fazendo o que fazemos. Também temos problemas pessoais, o álbum é a história de onde estamos em nossas vidas. Temos muitas músicas que falam sobre amor. Muitos de nós são casados agora, a maioria de nós tem filhos. É bom poder falar sobre nossos relacionamentos, expressar nossas emoções.

Por que vocês escolheram “Boom” como primeiro single*?
Pierre: Foi uma das primeiras músicas que escrevemos. Foi composta logo no começo do processo. Foi provavelmente a primeira música que sentimos “ok, agora temos algo bom”. Porque, quando voltamos a escrever, normalmente não escrevemos por alguns anos, damos um tempo muito longo. Então é difícil engatar de novo. Eu esqueço como fazer as músicas do jeito que queremos que sejam, mas “Boom” foi a primeira que soou muito, muito boa. Pareceu lógico divulgar essa primeiro, porque tivemos o cliquei de que, com ela, tínhamos o caminho certo que queríamos seguir. É uma música de amor sobre a pessoa que você ama ainda te deixar empolgado. Eu acho que isso é um duplo sentido legal sobre a banda, os fãs, a música. Estamos juntos há quase dezessete anos, e estar numa banda ainda nos deixa empolgados. Eu acho que essa música tem muitas camadas para as pessoas se identificarem.

Teve alguma música que ficou de fora por questão de tempo ou algum outro motivo?
Pierre: Muitas músicas ficaram de fora. Escrevemos 85 músicas para o álbum, então obviamente muitas músicas ficaram de fora. Mas eu acho que o motivo real disso é que queríamos fazer um álbum que soasse de certa maneira, que fizesse sentido. Acho que para nós o importante é fazer um álbum que tenha equilíbrio, que leve as pessoas por uma jornada. Por isso tivemos que ter as músicas mais rápidas e outras coisas também. Não queríamos só músicas rápidas, queríamos outros tipos de humor misturado. Então algumas músicas ficaram para trás, mas foi por questão de direção artística. Quisemos escolher as melhores músicas, mas algumas dessas outras com certeza vão aparecer. Nós vamos lançar mais tarde.

Talvez escutemos ao vivo em uma edição especial?
Pierre: Talvez em uma edição especial. Agora, o álbum que temos é o mais longo que já fizemos, com 14 músicas. Queremos tocar muitas delas nas turnês. Mas claro que as pessoas querem que a gente toque as antigas também. Vamos tentar equilibrar isso, tocar novas e antigas. Então agora vamos ficar com as do novo álbum, mas talvez a gente lance um EP ou algo assim.

Qual música foi a mais difícil de compor?
Pierre: Eu diria que “I Don’t Wanna Go To Bed”. No começo da composição, foi fácil. Mas, na hora de gravar, foi difícil descobrir como fazer com que ela soasse como Simple Plan, o mais próximo do nosso som. Quando compusemos, mal tinha uma banda de verdade nela. Não tinha guitarra, não tinha bateria, era só teclado. E era dançante demais. Então, embora a gente gostasse da música, a gente achasse que fosse uma nova frente legal, a gente também queria se certificar de que conseguiria tocar ao vivo, que ela fosse fazer sentido, que não soasse tão diferente. Então acho que descobrir como produzir essa música foi a coisa mais difícil. Porque tínhamos muitas versões diferentes. No começo, estávamos no estúdio do Howard Benson e quase desistimos, achamos que não era pra gente. Aí pegamos um violão, o David tocou o baixo, e ela começou a parecer mais acreditável.

Ela é a que vocês mais estão empolgados para tocar ao vivo?
Pierre: Eu acho que tem tantas que estamos empolgados para tocar ao vivo. Para mim, como compositor e por estar nessa banda, eu acho que esse álbum é o que me deixa mais orgulhoso. Porque é o que tem vibes mais legais e diferentes. “Kiss Me Like Nobody’s Watching” me lembra de coisas antigas. “I Dream About You” é provavelmente uma das produções mais ambiciosas que fizemos até hoje. Estamos empolgados com todas.

Vocês estão fazendo coisas exatamente como querem, como disseram em “Opinion Overload”?
Pierre: Nós tentamos. Eu acho difícil descobrir o que deveríamos fazer, como uma banda. Mas toda vez que temos uma decisão a tomar, eu acho que seguimos nossos instintos e fazemos o que sentimos.

O álbum é como vocês tinham imaginado?
Pierre: Acho que sim. É sempre um sonho, tudo que fazemos. Acho que nos sentimos sortudos de poder estar aqui, ainda fazendo música, depois de todo esse tempo, com os mesmos cinco caras. É empolgante, um privilégio estar aqui.

Depois de tanto tempo, existe alguma música que você não suporta mais?
Pierre: Provavelmente. Eu nem saberia dizer, mas provavelmente existem algumas que estou cansado de ouvir. Para mim, talvez não seja necessariamente a música. Para mim, é a produção. Quando você é um artista e grava algo, você ouve depois de um tempo e pensa que queria ter feito coisas diferentes em algumas partes, guitarras que não soam bem ou coisas que mudaria. Não são as músicas, eu amo todas as músicas. É o som. Principalmente a minha voz. Eu sinto que ela mudou muito. Acho que, no começo, ela soava anasalada e um pouco irritante. E agora quando escuto e penso “ai, cara, isso soa horrível”, porque eu canto diferente.

Como você se define como artista? De estúdio ou de turnê?
Pierre: Eu acho que os dois. Eu acho que isso é o bom de estar em uma banda, você pode ter dois trabalhos diferentes. Eu acho que, durante a vida, as pessoas se cansam do que fazem. Então temos a chance de fazer dois trabalhos. Temos dois anos de turnê, tocar ao vivo, sair e nos divertir, conhecer lugares diferentes. E aí ficamos em casa por um ano ou dois, fazendo um álbum. Eu gosto do fato de que podemos fazer os dois. Isso nunca me deixa entediado. Assim que me canso de ficar no estúdio, é hora de ir pra estrada. E quando me canso da turnê, é hora de ir pra casa.

Como vocês vão surpreender o público?
Pierre: Nesta primeira turnê, estamos tentando fazer do jeito antigo, simples. É hora de tocar música nova, nos conectar com os fãs. Muitas das nossas músicas, para mim, são divertidas de tocar, de dançar. Então esse é o principal agora.

Quero que escolha uma música de TOFTT, um artista para compartilhar e um lugar para tocar.
Pierre: Eu acho que “I Dream About You” é uma música boa, é muito surpreendente para nós. Essa seria boa. Teria que ser com uma mulher. Talvez a Hayley do Paramore. Eu diria em Madri, é lindo aqui. Por que não?

E uma música que você gostaria que fosse sua?
Pierre: Essa é boa. Teria que ser uma música antiga. Eu acho que uma das minhas músicas preferidas é “Wouldn’t It Be Nice” do The Beach Boys. Tem alguma coisa na produção dessa música, a emoção, o jeito que eles cantam. Sabendo a história do Carl Wilson, como a cabeça dele era de gênio doido, eu acho que essa música tem algo muito especial.

Você conhece algum artista espanhol?
Pierre: Pensando rápido, não. Você conhece algum que eu deva conhecer?

Tem o Pablo Alborán e uma banda chamada Amelie. Sabe algo da Espanha, depois de vir tantas vezes para cá?
Pierre: Viemos pra Espanha acho que umas dez ou quinze vezes. Parece que agora eu sei me encontrar por aqui. Fomos muitas vezes a Barcelona. Eu lembro uma vez que pegamos scooters em um dia livre e guiamos pela cidade. Viemos muitas vezes a Madri. Eu gosto do estilo de vida. Eu gosto das pessoas indo dormir tarde e também quando as lojas fecham entre 14h, 16h, pro descanso da tarde. Eu acho isso legal.

Se você pudesse ler alguma coisa sobre o Simple Plan, o que mais gostaria de ler?
Pierre: Simple Plan é a melhor banda do mundo. (risos) É bom quando as pessoas gostam do que você faz. Nós colocamos tanta energia no que fazemos, gastamos tanto tempo. Então é legal quando as pessoas gostam.

Qual frase de uma música escolheria para essa nova etapa?
Pierre: Eu acabei de postar no instagram, é “Baby, this ship ain’t never gonna sink”. Eu acho legal porque isso representa meu relacionamento com a minha esposa, mas também representa a banda. Esse navio nunca vai afundar.

*Vale lembrar que ”Boom” não é single.

Confira algumas fotos do show de Madri que adicionamos em nossa galeria:

Shows > 2016 > 24.02 – Simple Plan @ Madrid

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