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“Vocês são obsessivos” – Howard Benson sobre o Simple Plan em entrevista

Recentemente, Chuck Comeau e David Desrosiers concederam uma entrevista para o Fuse TV, onde falaram sobre a Warped Tour, sobre o novo álbum – Chuck afirma que 95% está feito, sobre a banda 5 Seconds Of Summer, sobre Howard Benson – que pirou ao saber o quanto o Simple Plan era detalhista e, muito mais. Confira abaixo a entrevista completa traduzida pela nossa equipe:

Simple Plan revela planos para o novo álbum, fala sobre 5 Seconds Of Summer e Warped Tour

Os veteranos pop-punk refletem sobre sua carreira de 15 anos nessa entrevista exclusiva
Por Maria Sherman

Pop-punk não é um estilo de música que envelhece bem. É rápido e intrínseco na juventude – é o motivo pelo qual algumas músicas mais icônicas do gênero acabam sendo flertes do colegial (não amor) e pais simplesmente não entendem. Na primeira década do século, os canadenses do Simple Plan eram os mestres na coisa. Ninguém fazia isso tão bem; mais de uma década depois, nós ainda sabemos todas as letras de “I’m Just a Kid” e “Perfect”.
Simple Plan, no entanto, se recusa a viver no passado. Eles continuam a fazer músicas impossíveis de tão atraentes, porque amam fazer isso. Aceitando um amadurecimento necessário, eles conseguiram manter a popularidade que nunca parece desaparecer. Nós nos sentamos com o baterista Chuck Comeau e o baixista David Desrosiers para falar sobre o relacionamento da banda com a Warped Tour, sobre seu quinto álbum prestes a ser lançado, sobre escrever com o 5 Seconds Of Summer e mais.

Vocês não são novos na Warped Tour.
David: Esse é nosso décimo ano no festival.

O que mudou?
Chuck: As bandas que vão tocar! É interessante ver como isso muda todo ano. Nós olhamos a programação e é um pouco diferente de quando costumávamos tocar. Quando tocávamos, tinham mais bandas punk rock do sul da Califórnia, então eu pessoalmente sinto falta do NOFX, Me First and The Gimme Gimmes… Mas eu tenho certeza de que vamos conhecer bandas novas e descobrir música nova.
David: Eu acho que mudou muito, mas também não mudou nada. É o mesmo princípio: você coloca um monte de bandas juntas, com um ingresso barato durante o verão – é meio que um grande acampamento de verão para os adolescentes. O valor disso, quando você pode ver 55 bandas em um dia… Eu acho que esse é o atrativo. A turnê se manteve fiel a isso, dar acesso a muita música por não muito dinheiro. É ótimo para os jovens. Eles podem descobrir um monte de bandas, podem andar por aí, ver as pessoas no palco e ficar “Quem é ele?”. Quanto a nós, nós começamos distribuindo nossos CDs por aí.
Chuck: Nós tínhamos um Walkman e dizíamos para as pessoas “Hey, nós vamos tocar no palco Ernie Ball nesse horário.” Naquela época éramos os únicos fazendo isso, agora todo mundo faz isso. Todo mundo está lutando, tentando levar as pessoas para os seus palcos. Talvez o nível de eficiência disso já não seja tão grande quanto quando costumávamos fazer, mas é o mesmo princípio. É guiado pela música e pela descoberta. Eu acho legal.

Vocês provavelmente encontram bandas novas parando vocês e dizendo “Hey, eu vi Simple Plan naquela época, vocês me inspiraram”, e agora vocês estão juntos na turnê.
Chuck: Isso é super legal e acontece muito nos bastidores. Nós vemos bandas andando até nós, tipo “Ah, meu Deus, nós crescemos ouvindo vocês!”
David: É estranho e eu não sei como isso aconteceu. Nós costumávamos ser a banda mais nova e agora somos os veteranos. Passou voando. Nós adoramos.
Chuck: Nós gostamos de todas as idades.
Vocês são uma banda por mais ou menos 15 anos agora – no mundo punk-pop, onde as bandas costumam ir e vir muito rápido. Como vocês continuam fazendo o que fazem?
Chuck: Eu acho que a maior coisa para nós é que conseguimos manter todos os integrantes, os mesmos cinco caras, a mesma formação desde o começo. Isso não é fácil. Nós crescemos juntos. Nós somos amigos. Nós viemos do mesmo mundo. Nós sempre tivemos os mesmos sonhos e metas. Eu acho que percebemos, ao que os anos passavam, o quanto é precioso ter isso, construir isso. Ver tantas bandas terminando nos faz perceber o quanto nós somos diferentes de tudo isso. Nós temos muito orgulho. Eu acho que nós só precisamos nos sentar várias vezes e ter a certeza de que todo mundo está bem. Se você tem um problema, você tem que se certificar de não guardar isso para você. Esse é o modelo da banda.
Além do público e de tentar fazer a banda continuar, nós estamos prestes a lançar nosso quinto álbum. Sempre foi sobre a música para nós. Não importa a imagem e essas coisas. Nós somos focados em fazer músicas com as quais as pessoas possam se identificar, que nós amamos, que eles vão amar, que nós vamos gostar de tocar ao vivo por dois anos e também trabalhar com ética. Quando saímos em turnê, ficamos por dois anos. Quando saímos em turnê, vamos para todos os lugares. Nós tocamos em 65 países até hoje e queremos tocar em mais. É só investir tempo, investir trabalho. É por isso que – bata na madeira – nós ainda vamos continuar por aí por um tempo.

Quando sai o novo álbum?
David:Nós ainda não temos uma data oficial, mas esperamos que logo. Esperamos que em outubro. Pode mudar, mas achamos que outubro. Já faz muito tempo.
Chuck: Nós queremos fazer mais uma música para ele. Está quase pronto, 95% está feito. Só temos algumas músicas para terminar de mixar e então estamos prontos para lançar.

O novo single “Saturday” é uma amostra do que vai ser o resto do álbum?
Chuck: Foi a primeira música que terminamos, que mixamos e tudo. Nós ficamos empolgados e pensamos “Sabe o quê? Vamos dividir com os fãs”. Não é o primeiro single oficial, e eu não acho que reflete de verdade o álbum. Eu acho que foi uma música divertida, que queríamos que os jovens escutassem porque eles esperaram por muito tempo. O álbum é muito eclético. Tem um pouco do antigo, músicas do começo da carreira que fizemos em 2002-2004, o clássico som do Simple Plan, claro que com uma virada moderna, mas a essência daquela energia, as melodias e tudo mais. Aí tem umas coisas diferentes que nunca tentamos antes. Tem músicas super rápidas, do estilo punk rock da Warped Tour. Tem uma vibe dançante. Tem todo tipo de coisa. Eu acho que só queríamos fazer um álbum no qual cada música se monta sozinha e é diferente. Não é a mesma coisa da faixa um até a doze.

Nesse mundo da Warped Tour, vocês sempre compuseram uma coisa mais pop. As melodias são acessíveis.
Chuck: Essa é a nossa marca. Assim que a música termina, você sabe como cantá-la. Não precisa escutar vinte vezes. É difícil escrever essas músicas, mas nós damos o nosso melhor.

Simple Plan e essa filosofia mostram por que bandas como 5 Seconds Of Summer estão se saindo tão bem. Eles são uma banda muito pop-punk, mas a escrita deles vai para um lado mais pop mainstream que todo mundo pode se identificar. Vocês escreveram com eles também. Como foi?
Chuck: Foi divertido! Foi uma experiência legal. Nós escrevemos algumas músicas com eles, eu não sei qual é o status delas. Eles têm escrito com muita gente.

Eles escreveram com todas as bandas da Warped Tour 2004.
Chuck: Eu acho ótimo que eles tenham crescido escutando aquelas músicas. Eles disseram que queriam tentar trazer aquilo de volta. Trazer de volta guitarras para as rádios. Fazer com que aquele som retorne. Hey, eu espero que dê certo! Seria ótimo! Quanto a nós, sempre tivemos muitas influências diferentes e sempre gostamos de músicas que prendem a atenção, desde Beatles, Cheap Trick e Elvis Costello…
David: Tom Petty!
Chuck: Todas essas coisas. É parte do que somos. Nós crescemos ouvindo bandas da Fat Wreck Records e da Epitaph, aquela época. Nós a misturamos. Nunca fomos puristas de só pop ou só pop-punk. Sempre quisemos juntar tudo o que amamos.

Vocês precisam, certo? Ou vocês vão ficar entediados de escrever a mesma música…
Chuck: É! É engraçado, mesmo com essa música, teve uma hora que a gente ficou tipo “Vamos escrever um throwback completo”, mas só fica genérico, fica clichê e você fica entediado. Mesmo que você tenha a intenção de tentar, mandar bem e executar perfeitamente, é difícil. No álbum tem muitas músicas em que conseguimos capturar a energia daquela época, aquele som. Espero que as pessoas gostem.

Vocês estão trabalhando com o produtor Howard Benson, o cara do My Chemical Romance! Como está sendo?
Chuck: Foi ótimo. Cara legal. Tivemos bons momentos.
David: Ótimo time.
Chuck: Ele tinha muita gente com ele. Ele fez muitos álbuns por muito tempo. Tudo é muito organizado por lá. Nós tivemos umas opiniões divergentes, algumas vezes. Foi um álbum muito desafiador de fazer, de certa forma. Nós temos uma direção e uma visão de banda. Ele achou que somos doidos. Ele estava tipo “Vocês são obsessivos, eu não acredito que vocês se importam com essas coisas”. Ele pirou com o quanto a gente era detalhista. Essa tensão, o fato de que éramos um pouco diferentes, fez o álbum ficar ótimo. Nós pressionamos de volta, nós não somos só canadenses fáceis de convencer, sabe?

Events / Appearances > 2015 > 19.07 – Chuck and David @ interview for Fuse.tv

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    Eu amei, as respostas, principalmente a última resposta do charles, muito interessante, e o davizinho, como sempre um fofo, lindos demais, sempre inteligentes nas respostas. Amo, ver, ouvir e ler as entrevistas desses lindos e fofos canadenses que conquistaram meu coração, faz 11 anos, e com quem tenho uma amizade, de apenas um ano e 4 meses, me sinto muito honrada, são garotos de ouro.

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