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Stinco e Comeau falam sobre shows, David e política em entrevista

No dia 21 de fevereiro, Chuck Comeau e Jeff Stinco estiveram na cidade de Quebec promovendo tanto os shows da #TeamSPTour no Canadá quanto os da #NPNHJBTour, e além do shoot que fizeram com o fotógrafo Erick Labbé, a dupla cedeu uma entrevista ao Le Soleil.

Nela, os dois falaram sobre a turnê de 15º aniversário do álbum No Pads, o que as músicas antigas significam agora para eles, Comeau explicou a situação política dos Estados Unidos – e que ele as vezes pensa em voltar para Quebec, e finalizaram falando sobre a ausência de David Desrosiers na turnê da América do Sul. Confira já abaixo:

O disco “Taking One for the Team” ainda é novo, mas 2017 marca os 15 anos de lançamento do álbum de estréia, “No Pads, No Helmets… Just Balls”. Vocês irão comemorar?

Chuck: Os shows em Quebec, Montreal, Toronto e London serão uma continuação da turnê do ano passado do novo disco. Nós deveríamos ter vindo em Novembro, mas Pierre Bouvier teve problemas em sua voz e tivemos que adiar. É um show que criamos para o novo disco, mas também é como um ‘Best Of’ de nossos álbuns, de nossa carreira. O resto da turnê, as datas nos Estados Unidos, são para os 15 anos do “No Pads, No Helmets… Just Balls”. Nós sabemos que os fãs daqui querem assistir esse show, estamos trabalhando nisso…

Então vocês voltarão para Quebec para a turnê de aniversário?

Chuck: Eu acho que sim, os fãs já estão pedindo. É algo que queremos levar para o mundo inteiro. Nós escolhemos comemorar durante todo o ano. Para bandas, o maior desafio é durar, ter mais fãs e tudo mais. Poder fazer isso e estar por aí por 15 anos é algo especial. Nós vemos isso meio que como uma comemoração… Nós iremos até o final do ano.

Vocês ainda tocam músicas antigas como I’m Just A Kid e Perfect. O que essas músicas significam para vocês agora?

Jeff: Essas músicas realmente ficaram registradas como parte da experiência do Simple Plan: Perfect, I’m Just A Kid, I’d Do Anything. Essas são músicas que tocamos todas as noites. Houveram momentos em que não aguentávamos mais ouvir essas músicas. Eu não suportava I’m Just A Kid por vários anos. Mas recentemente, nos últimos dois anos, eu vejo o sorriso no rosto quando tocamos… Você acaba encarando isso como uma forma positiva, você deve encarar essa música pelo que ela significa. Eu comecei a apreciar ela novamente e até mesmo me surpreender enquanto toco. Existem algumas músicas que não são tão boas em certo momento da sua vida e que acabam levando um significado diferente. Foi bom reviver (o No Pads, No Helmets… Just Balls). É como voltar de onde começamos. Ele é um álbum bem positivo. Faz com que nos faça lembrar de nossas raízes, e eu acho que vai acabar influenciando em nosso próximo disco.

Então existe uma linha tênue entre curtir e agradar os fãs…

Chuck: Diferente do Jeff, eu nunca cansei de tocar as músicas. Eu sempre fui contra o Jeff ou os outros que queriam parar de tocar certas músicas. Eu digo: “O que vocês estão falando? As pessoas amam! Nós não vamos esconder isso, nós nunca fomos uma banda adorada ou aclamada pelos críticos. Nós sempre fomos uma banda do povo.” E é algo que os fãs amam. O objetivo era fazer algo que marcasse suas vidas, que seria importante na sua adolescência ou qualquer coisa do tipo. Essas músicas têm um efeito. Mesmo que existam momentos que elas são menos interessantes para tocar, esse fragmento, a reação das pessoas sempre foram recompensadoras para mim.

Vocês continuam tocando nas rádios, inclusive com a versão em francês de I Don’t Wanna Go to Bed. Vocês se sentem confortáveis com a fórmula bilíngue?

Chuck: Nós tivemos um grande sucesso com Jet Lag com a Marie-Mai. Começou a partir daí. Nós nunca tínhamos feito isso antes e ficamos pensando por muito tempo se queríamos fazer isso e se iríamos nos dar bem ao fazer. Era importante não fazer isso no começo da carreira, pois queríamos estabilidade e identidade. Nós temos orgulho do nosso idioma, eu acho que nós falamos bem em francês e não temos vergonha de quem nós somos, mas ao mesmo tempo, nós queríamos ter uma carreira no resto do mundo. Depois de termos uma certa estabilidade, depois de quatro discos, nós pensamos, “Talvez seja hora de fazermos algo diferente e trazermos esse conceito.” E isso fez com que quiséssemos fazer isso novamente e continuar. Mas não é algo fácil para nós. É um desafio… O que eu acho ruim é que isso meio que se tornou algo obrigatório para as bandas, as rádios começaram a impor isso e eu acho que não é algo que deveria ser obrigatório para tocar nas rádios.

Chuck, agora você está metade do tempo em Los Angeles, nos Estados Unidos com sua esposa e seu filho de um ano e meio e metade em Quebec. O clima político faz com que você pense em voltar permanentemente a Quebec?

Chuck: Não da para dizer que em cidades como Nova York, Los Angeles ou Chicago você sinta isso. Ainda é algo bem progressista. Houveram até mais de 3-4 milhões de votos a mais para Clinton do que para o Trump, então é algo bem progressista, bem liberal em relação as causas da sociedade e tudo mais. Mas é claro que é um momento especial na história desse país e claro que agora tenho um filho, então você começa a se fazer algumas perguntas. Nós queremos crescer lá? Para mim, é importante manter as minhas raízes. Eu estou em contato com os avós dele todos os dias, minha esposa fala em inglês com ele, eu falo em francês. Se ficarmos mais tempo, vamos colocar ele em uma escola de francês. Minha esposa concorda 100% com isso. Ela é de origem cubana, ela também fala com ele em espanhol então tentamos dar a maior gama de possibilidades…

Performances sem David Desrosiers

Sem querer fazer trocadilhos, o final do ano de 2016 não foi tão simples para o Simple Plan. Não só Pierre Bouvier teve problemas com sua voz, que fez com que a banda tivesse que adiar alguns shows, mas David Desrosiers esteve ausente bem no final da turnê, então a banda tocou com defasagem. Como Chuck Comeau disse, eles puderam contar com a ajuda do fotógrafo deles que também é musico. Entretanto o baixista irá voltar assim que a banda voltar a fazer shows no dia 10 de Março, em Nova York.

Chuck disse: “Foi um ano bem cansativo com relação a viagens, cansaço. Na América do Sul foi bem intenso… Então David disse, “Pessoal, escutem, isso já é demais, foi um ano longo, eu preciso ficar em casa e descansar.” Nós estamos juntos por 15 anos, somos pais. Quando um dos caras te diz, “Eu preciso de um tempo,” é claro que vamos entender e daremos a chance de ele recuperar o fôlego. Eu estive com ele alguns dias atrás de férias em Los Angeles e ele está ansioso em tocar, ele está 100% pronto, ele está se sentindo fisicamente pronto. Foram sete ou oito shows que tivemos que fazer só nós quatro.”

Créditos

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