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TNC: “SP – uma mentalidade adolescente”

Como publicamos aqui, o Simple Plan esteve ontem, 23 de Março, na cidade de Manchester, Reino Unido para outro show da #TeamSPTour e, o blog The Northern Chords fez uma review bem bacana sobre a noite, onde inclusive, Pierre Bouvier revela o motivo pelo qual a banda continua firme depois de quinze anos.

Confira abaixo a tradução completa feita pela nossa equipe:

“Vocês estão prontos para a diversão?”, o vocalista Pierre Bouvier do Simple Plan grita para a multidão espremida no Manchester O2 Ritz. Público consistente principalmente de mulheres de 20 anos com cabelos laranja-cor-de-fogo e azul neon, respondendo gritando de forma incoerente à pergunta do franco-canadense. Ele sorri e faz uma nova pergunta na sequência: “Vocês estão prontos para pular?”, ele pergunta, antes de a banda atrás dele saltar para o enganosamente grito efervescente de ‘Jump’, uma canção que vai tão longe que relaciona o título de uma canção de Van Halen, que abrange exatamente da mesma maneira esse mesmo assunto.

Na mosca, definitivamente, mas o Simple Plan nunca foi conhecido exatamente por sua sutileza musical ou lírica. Em sua linha de trabalho, a abordagem do coração partido é a configuração padrão; grandes e robustos riffs de guitarra giram em torno de uma composição de quatro acordes e histórias que sondam a mentalidade adolescente geral; corações partidos, o individualismo, status de outsider, a injustiça da vida, de perdedores e insanos. É um formato experimentado e testado, agregado a um rock clichê antes da cena punk com canções que grudam na cabeça tomá-lo como um modelo. Veteranos da cena, eles estão em Manchester em turnê para divulgar o seu quinto álbum “Taking One For The Team”. Em um palco decorado com banners senior-prom e amplificadores brancos, eles parecem estar confortavelmente em casa, nessa pegada de fantasia de adolescente americano que estranhamente lhes convém e o show de 85 minutos do conjunto power-pop-emo simplesmente vai se conduzindo.

Superficialmente, tudo é um pouco familiar até demais. Batidas de bateria handclap, versos mais macios, coros que parecem hinos, tudo em um palco saliente; eles passeiam pelo código do pop punk numa velocidade incrível. Soltam até uma piada sobre as pessoas mais velhas presentes. Bouvier introduz metade das músicas, dizendo os seus nomes em anúncios rápidos. O baixista David Desrosiers e o guitarrista Sebastien Lefebvre até trocam instrumentos durante uma canção. Tamboriladas banais no palco? Certamente. Mas o que eleva o Simple Plan acima de seus rivais contemporâneos no desempenho é o fato de que eles são uma força viva bastante alegre bem no fundo.

Sua abertura do emergente pop-rock em ‘Jet Lag’, a já mencionada acima ‘Jump’ e a lembrança dos tempos de colegial em ‘I’d Do Anything’ são uma explosão cinética que definem o tom e o ritmo para o resto da noite, todas as três construídas pelo baterista Chuck Comeau com sua dinâmica de velocidade e preenchimentos certos. O hino emo-pop ‘Welcome To My Life’ deixa Desrosiers lentamente diminuir o ritmo do seu baixo, produzindo uma melodia grudenta parecida com às de John McVie. Um breve cover da música de Mark Ronson, ‘Uptown Funk’, permite que o guitarrista Jeff Stinco surja do nada para a seção rítmica de forma impressionante. O auge é alcançado com o calypso de ‘Summer Paradise’, a canção mais distante de seu típico som, mesclando tons do Havaí e ganchos de reggae afiados juntando tudo com bolas de praia infláveis que passeiam pela multidão. Liricamente é mais do mesmo, mas independentemente disso, ela soa fortemente. A banda passa por temas universais e nunca se desvia para o território tópico pueril. O Simple Plan entende e simpatiza, e consegue envolvê-la em três minutos de pop rock exuberante . É uma catarse em sua forma base divertida e altamente eficaz.

Bouvier carrega algumas músicas para o show com facilidade, e é vocalmente excelente desde o início. Ele desafiadoramente incentiva uma rebelião com a melodia brincalhona de ‘The Rest of Us’ e a cura com ‘Crazy’ com uma intensidade emocional que causa arrepios. Fica ainda melhor na sequência, solicitando que acendam isqueiros para a balada ‘This Song Saved My Life’ e se aproxima mais da plateia com ‘Perfect’ tocada acústica em um violão. “Há apenas um motivo para que uma banda como a nossa ainda possa estar firme depois desses quinze anos”, ele fala com sinceridade perto do fim. “Esse motivo é vocês”. Pode ser um gesto bem pensado de se fazer, mas ao fazê-lo, Bouvier consegue ficar ainda mais perto de seus fãs que reconhecem suas lutas cotidianas.

Essa é talvez a chave para o Simple Plan. Os críticos podem apontá-los e ridicularizá-los, e o pop punk também, como um modismo musical fora de época que se comercializa por um clichê quatro acordes e trivialidades líricas – mas eles não são isso, obviamente, pois conseguem manter contato com seu lado mais jovem e atingem o ponto certo. O Simple Plan fala com gerações de adolescentes de uma forma atemporal, totalmente acessíveis; eles se conectam com os “perdedores” e “anormais” e os compreende, enquanto se divertem. Não há perdedores aqui; por um momento, todo mundo é um vencedor, e isso é algo para se comemorar.

Abaixo, veja as fotos do show em nossa galeria:

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