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Mais uma entrevista foi publicada agora pelo jornal Times Colonist falando sobre como surgiram as ideias para a composição do novo álbum. Confira:
Quando você tiver feito mais revistas Bop e tiver mais características Tiger Beat que seu músico de rock de Montreal, é hora de encarar os fatos: Você tem uma audiência fatal. Esse tem sido o caso da banda pop-punk Simple Plan desde seu primeiro álbum, de 2002 No Pads, No Helmets… Just Balls, que traçou quatro hits e foi premiado com dupla platina nos Estados Unidos.
Quase 10 anos depois, e com seu quarto álbum (Get Your Heart On, lançado terça-feira), o baterista Chuck Comeau sabe que os fãs ainda os admiram.
“Obviamente, é de conhecimento de todos, tipo, meninas, vocês sabem, de 12 a 16. E eu não vou negar que há um monte de fãs jovens. É incrível”, diz ele. (A capa do álbum novo é uma cena de um quarto de uma jovem cheia de pôsteres do Simple Plan ao seu redor, e ainda tem o mesmo fenômeno humorístico).
Mas Comeau sabe que existem fãs de SP que não são mais crianças, que cresceram com a banda, e “ainda estão na primeira fila e ainda amam o rock”. E então você tem o que Comeau chama de “fãs surpresos.”
“Nós tocamos na Alemanha, e estávamos tocando junto com bandas heavy metal, como o Slipknot entre outras. Estávamos pensando, ‘OK, nós vamos ser mortos no palco. Eles vão atirar pedras em nós ‘. E então você vai sobe no palco e eles adoram.”
“É engraçado, é tão difícil de definir um tipo de fã”, diz o baterista. Mas desde que formaram a banda no final dos anos 90 com os velhos amigos Pierre Bouvier (vocais), Sebastien Lefebvre (guitarra), David Desrosiers (baixo) e Jeff Stinco (guitarra), Comeau disse que começou a reconhecer um elemento simples que trouxe junto sua base de fãs – algo que foi um pouco mais intenso do que uma apreciação comum de ganchos de pop punk.
“Muitas das vezes, o que as pessoas do lado de fora não entendem é que, em cada álbum, temos estas músicas mais profundas, mais emotivas”, diz Comeau, que geralmente nomeia as faixas, incluindo temas que falavam sobre a angústia adolescente como Welcome To My Life em 2004 e em 2008, o single Save You (que o vocalista Bouvier compôs sobre a batalha de seu irmão com câncer).
“Sempre ouvimos, desde que começamos, seja através de cartas ou encontro com os fãs em shows, histórias sobre como as nossas músicas têm sido importantes (para os fãs), que ajudamo-las a passar por momentos difíceis”, disse Comeau. “Quando você é novo no ramo, você meio que ouve isso e pensa: ‘OK, isso é legal.” Mas talvez você não acredita completamente, por qualquer motivo.”
“Mas quando você começa a ouvir isso de pessoas do Brasil, de pessoas da Austrália, da República Checa, Rússia e França, você começa a pensar: ‘Talvez isso é realmente real e nossa música realmente tem um impacto.”
Comeau disse que a banda manteve os fãs em mente ao fazer o novo álbum – um fato que transcende mera inspiração, enquanto eles estavam escrevendo a faixa que encerra o disco, This Song Saved My Life, há um ano. Opinião do público, ao que parece, pode ser um método eficaz de escrever letras de rock.
Comeau disse que queria escrever uma música sobre como a música – “não apenas a música deles mesmos” – pode afetar a vida de uma pessoa. “Nós estávamos no estúdio tentando compor as letras e nós ficamos tipo, ‘Olha, se queremos que ela seja real, temos de perguntar diretamente aos fãs.”
Eles então perguntaram no Twitter (a banda tem mais de 131 mil seguidores), um tweet questionando sobre como a música da banda fez sentir os seus fãs, e esperaram pela resposta. “Começamos a receber, literalmente, milhares de tweets”, disse Comeau, “as mensagens que a banda procurou tanto através de espaços, em busca de linhas escritas, nos motivaram tanto para que pudéssemos escrever uma melodia.” Prestes a ser gravada, lançaram um convite aos fãs para que se juntassem a eles em estúdio para gravar um coral de fundo. Vinte e cinco pessoas da Alemanha, Japão, Chicago e Montreal chegaram a um estúdio de gravação em Vancouver. “No início, estávamos um pouco preocupados. Quero dizer, eu espero que eles possam cantar”, brinca Comeau. “Mas eles acertaram em cheio“, diz ele. “Dá-me arrepios.”
Get Your Heart On, gravado entre Vancouver e Montreal, com o produtor Brian Howe (Hedley, Daughtry), soa como se fosse feito com os fãs em mente – embora num sentido diferente do que a criação da história de This Song Saved My Life.
Enquanto o seu último álbum, Simple Plan 2008, descobriu a banda mais próxima de pop do que punk (nomeadamente, que se uniu com Top 40 hitmakers, incluindo Max Martin e Danjahandz), Get Your Heart On envolve um infinito de coisas, sons de guitarra tradicionais mais em relação aos tempos anteriores da banda.
“Eu acho que esse, para nós, era para voltarmos às nossas raízes, à experiência do primeiro e do segundo discos” disse Comeau, explicando que, depois de alguns anos de turnê do último álbum – que contou com um material numa linha “mais obscura, mais introspectiva” – a banda resolveu tocar algo “mais rápido e parecido com uma festa”
“Você sabe, muitas vezes as crianças vão dizer: ‘Eu gosto do som do primeiro ou do segundo álbuns. Eu quero uma música como aquela“, disse Comeau.
Mas não é por isso que Get On Your Heart cai em retrocesso. A banda ama seus fãs, mas essas opiniões tem seus limites. “Você tem que escrever para si mesmo”, diz ele, “algo que é sincero e que te deixa feliz, e espera que eles também gostem.”
Get On Your Heart será lançado em 21 de junho.