Assim como todo fã, a Sarah compartilhou com outras pessoas a sua felicidade de ter visto o Simple Plan no Rio de Janeiro, na última quarta-feira 30 de maio. Mas o que ninguém esperava, é que ela também conseguiu realizar o sonho da mãe dela de conhecer os caras!

Por conta da idade e limitações de saúde, a Sarah não poderia levar a mãe ao show porém, entrou em contato imediatamente com o SP Crew explicando a situação, e eles deram autorização para levá-la na Soundcheck da banda.

A equipe Simple Plan Brasil entrou em contato com a Sarah após saber desta história e abaixo, você pode ler a entrevista que fizemos com a mãe dela. Uma senhora de 70 anos, muito simpática e apaixonada pelas bochechas rosadas do Bouvier (segundo ela mesmo), contou um pouco pra gente como foi poder realizar este sonho:

1. Desde quando você começou acompanhar o Simple Plan?

Eu tenho agora 70 anos, e minha filha fará 27, tudo começou com ela por volta de seus 14 anos. Eles passavam em canais de músicas e ela ficava pulando na sala assistindo, pra mim era só barulho no começo, mas com o passar dos anos acabei acompanhando, comprava CDs pra ela, revistas com pôsteres que cobrem até hoje o quarto dela e ingressos para os shows. Pode-se dizer que comecei a admirar eles de verdade há 10 anos.

2. O que mais te cativou neles?

Quem mais me chamava a atenção era o Pierre com aquelas bochechas rosadas, não vou negar, mas mesmo sem nunca ter pensado em vê-los pessoalmente, a imagem que me passavam eram de pessoas humildes, eu até poderia estar enganada, mas a humildade e a simpatia deles que me cativou.

3. Qual é a sua música favorita, e por que?

Eu sou da terceira idade, sou de épocas em que as músicas eram bastante diferentes das que ouvimos hoje em dia, então minha preferência é pelas músicas mais calmas, lentas, que mesmo sem entender o idioma nos passam uma sensação boa, tocam nosso coração. Gosto das baladinhas mais famosas como Perfect e Welcome To My Life, mas Save You sempre me emociona muito. Com as agitadas eu me balanço também, mesmo sem saber cantar em inglês.

4. Como surgiu essa vontade de querer conhecê-los?

Novamente devo isso a minha filha, ela sempre foi fissurada e sonhava em conhecer eles. Apesar de ter ido a todos os shows que eles realizaram no RJ, a oportunidade de conhecer eles só veio em 2016, ela sabia o aeroporto e o voo por onde chegariam e disse que tentaria encontrar com eles. Sempre quis ver o show deles mas eu tenho limitações de saúde pois a alguns anos atrás tive um AVC e isso me limitou, não posso sofrer empurrões ou possíveis quedas e nem permanecer em lugar com excesso de som e barulho por muito tempo. Então eu tive vontade de ir ao aeroporto conhecer eles, mas infelizmente no dia de chegada deles, eu me senti muito mal e como moramos muito distante do aeroporto não pude ir. Quando minha filha me mostrou as fotos que tirou com eles, eu me vi em lágrimas alisando a tela do celular, acho que foi ali que percebi que depois de velha, eu tinha necessidade de conhecer um iídolo, pedi a Deus que me permitisse ter saúde pra que isso acontecesse.

5. Como foi finalmente realizar esse sonho?

Para mim foi uma agradável e linda surpresa. Esperava que fosse tentar vê-los no aeroporto ou no hotel em que ficariam hospedados, mas minha esperança começou a ser drenada devido a greve dos caminhoneiros, não sabia se isso interferiria na chegada deles ou mesmo na minha chegada ao local onde eles estariam. Na véspera do show recebi uma ligação da minha filha que estava no trabalho dizendo que não iríamos mais ao aeroporto e nem ao hotel, que seria muito arriscado e não tinha garantia, fiquei bem triste por alguns momentos, quando ela continuou a explicar que não iríamos pois ela havia conseguido uma cortesia junto ao fã clube para que eu pudesse participar com ela da passagem de som e que logo após eu poderia conhecer eles. Meu marido ficou espantado com o grito que eu dei na hora que recebi a notícia. Passei toda a noite pensando em qual roupa usaria e até sonhei durante a noite. O momento foi inesquecível, todos eles foram tão atenciosos comigo, e eu pude beijar o rostinho de todos eles e abraçar também. Eu não falo nem entendo inglês, então minha filha precisou traduzir pra eles o que eu dizia e vice versa. Não imaginava que seria tão belo como foi, e como todo bom instinto de mãe, não estava enganada quando anos atrás julguei que eles fossem humildes. São humildes, carinhosos e muito atenciosos. Se minha saúde permitir, espero repetir a dose um dia.

6. Tem alguma mensagem que você gostaria de mandar pra quem ainda não os conheceu e sonha com isso?

Não desistam. Olhem pra mim, 70 anos de idade, sempre achei isso de fã besteira e aqui estou eu contando como foi maravilhoso ter esse momento com os meninos. Sozinha eu jamais conseguiria, agradeço por esse presente atrasado que ganhei (fiz aniversário em 10 de maio) que jamais esquecerei. Busquem meios de realizar seus sonhos, por mais difíceis que pareçam, e corram para o abraço deles, pois eles são uns anjos.