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O site Nação da Música publicou um review sobre o novo álbum do Simple Plan lançado no último dia 19 de fevereiro, o Taking One For The Team. Nos primeiros reviews que tivemos de sites estrangeiros, todos eles ressaltaram que o Simple Plan diversificou, mas não perdeu suas origens, que trouxe a sua essência também nesse quinto álbum, surpreendendo à todos. Com esse review não poderia ser diferente, mas a nota final foi um pouco abaixo do esperado. Confira o review completo:
Depois de muita espera e suspense, o Simple Plan finalmente divulgou seu novo álbum em fevereiro deste ano. De “#SPalbum5”, o nome do disco foi para “Taking One For The Team” e sucede “Get Your Heart On” de 2011 – com uma diferença de 5 anos entre ambos. Essa longa pausa serviu para a banda tentar se (re)encontrar e voltar as origens. E foi assim que nasceu o álbum, com um pouco de “No Pads, No Helmets… Just Balls” (2002), “Still No Getting Any” (2004) e “Simple Plan” (2008).
Fica difícil definir a sonoridade de todo o trabalho, porém mais de 15 anos de estrada trouxeram maior confiança e liberdade criativa ao grupo, que passeia por variados estilos com tranquilidade, seja pop, punk, rock e até reggae – sem perder aquele toque característico da banda. O resultado é um álbum pop, divertido, rebelde, adolescente e maduro ao mesmo tempo, dando voz a nova geração de fãs e agradando em cheio seus antigos e fiéis seguidores.
A rebeldia começa com “Opinion Overload”, sendo inevitável não ter aquele sentimento de nostalgia com lembranças do início dos anos 2000, que tinha músicas como “Addicted” e “Shut Up” como trilha sonora. O vocal de Pierre Bouvier soa extremamente familiar, com um grande pancada de evolução e confiança. A letra não podia ser mais Simple Plan, gritando por liberdade em trechos como “Estou fazendo as coisas exatamente como quero”. A mesma sensação continua em “Boom!”, divulgada em 2015. A bateria e a guitarra embalam uma canção romântica com letra chiclete que te faz sair cantando por aí. Uma de minhas favoritas do disco.
“Kiss Me Like Nobody’s Watching” tem uma vibe puramente divertida e romântica, diminuindo a agressividade (se posso chamar assim) das primeiras faixas. A primeira colaboração acontecer em “Farewell”, com os vocais de Jordan Pundik (New Found Glory). O fato de convidar bandas do gênero para participar do disco é bastante interessante e me agradou muito (mesmo soando mais pop). As vozes se encaixaram bem, com um instrumental ótimo e uma música bem trabalhada. Totalmente oposta, o Simple Plan arrisca em “Singing In The Rain” com o R. City (diferença gritante com o convidado da anterior), seguindo uma vibe reggae, com assovios e influências jamaicanas, inclusive no sotaque quase forçado de Bouvier.
Trabalhando com extremos, “Everything Sucks” não se parece nada com a parceria do R. City, mas merece destaque pelo instrumental que usa elementos eletrônicos sutís combinados com os tradicionais. Já “I Refuse” funciona como um grito de rebeldia e apelo, se revoltando com todos os esteriótipos e controle que as pessoas querem exercer em sua vida, incentivando os fãs a fazerem o mesmo e serem apenas eles mesmos.
“I Don’t Wanna Go To Bed” é mais uma das experimentações da banda, mergulhando de cabeça em um som próximo ao R&B e pop, que mesmo sendo totalmente diferente do habitual, o resultado é favorável. A faixa ainda conta a desnecessária participação de Nelly. Na sequência, “Nostalgic” faz jus ao nome e começa com uma acelerada guitarra e bateria agressiva, enquanto o vocalista tenta superar o fim de um grande relacionamento – uma das melhores do álbum.
A esse ponto, já estava sentindo falta das famosas baladas do quinteto, então “Perfectly Perfect” veio em um momento ideal, porém deixou um pouco a desejar. A música basicamente segue uma formula bastante usada por boybands e cantores adolescentes, dizendo ver beleza em uma garota que não segue os padrões estabelecidos pela sociedade. “I Don’t Wanna Be Sad” é até irônica de se ouvir, onde a banda brinca com sua fama de músicas tristes, afirmando estar agora em uma outra fase de sua vida com um instrumental exageradamente feliz.
“P.S. I Hate You” volta a rebeldia fazendo referência a ex-namoradas dos membros – adotando o nome Sophia na música. Se “Perfectly Perfect” me decepcionou, tenho que dizer o contrário de “Problem Child”, que remete diretamente aqueles caras cantando “Perfect” em um telhado. Um violão acústico embala o primeiro refrão, onde Pierre tem uma conversa pessoal com seus pais. “I Dream About You” finalmente coroa o disco, me surpreendendo com sua maturidade e instrumental bastante diferente do que estamos acostumados. Juliet Simms deu seu toque feminino e até sombrio a música, mas acaba assumindo o vocal principal, que poderia ser melhor preenchido por Pierre.
Nota: 7,5
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