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Novamente o Le Journal de Montréal publicou uma matéria sobre a depressão onde David Desrosiers foi citado porém desta vez, o site diz que o baixista do Simple Plan mostrou grande coragem ao anunciar publicamente o que está passando. Além disso, a matéria também conta que ninguém está a salvo de sofrer da doença, sendo uma celebridade ou não.
Confira abaixo a tradução feita pela nossa equipe:
Simple Plan e a dor de viver
Esta semana ouvi um apresentador de rádio que reagiu à notícia sobre o baixista do Simple Plan que está sofrendo de uma grande depressão. Basicamente, ele disse: “Isso é louco né, esse cara toca em uma banda super popular, seus fãs os amam, eles fazem shows em todo o mundo, é difícil acreditar que ele está deprimido”. Como se ser rico, adorado e apreciado nos colocasse contra uma doença que tira a vontade de viver!
Isso mostra como ainda há, em 2017, toneladas de equívocos sobre a doença. Imagine uma emissora de rádio, dizendo: “Esse cara é muito popular, todos o amam, como é que ele tem diabetes?”
A grande depressão
Ao fazer a sua aparição pública para anunciar que ele está sofrendo de uma grande depressão e ele não pode seguir os outros membros do Simple Plan em sua turnê européia, David Desrosiers mostrou grande coragem. E, ao mesmo tempo, ele fez um grande serviço para aqueles que têm de viver diariamente com uma doença ‘entre as orelhas’.
Refiro-me, em particular, a mensagem que David Desrosiers enviou para os muitos jovens fãs de Simple Plan. Quando você é jovem, você acha que é invencível, imortal como uma rocha sólida, longe de tudo. Confiando que ele, que enche grandes arenas ao redor do mundo, é tão frágil como uma pipa cuja a linha pode se partir no vento, apenas mostra que todos nós temos fraquezas. Ninguém está imune a uma má reviravolta do destino, ninguém está a salvo de pensamentos sombrios.
Nas palavras de Leonard Cohen em sua fabulosa música hino: “Há uma rachadura em tudo, que é por onde entre a luz.” Espero que David Desrosiers tome todo o tempo necessário que levar para se curar, para cuidar dele e emergir desta doença. Mas eu espero que ele saiba o quanto o seu gesto público foi importante.
Nem todos iguais
Quando o excêntrico e amável anfitrião Varda lançou seu livro “Maldita Loucura”, ele falou abertamente de sua maniaca-depressão. Quando Florence K lançou seu livro “Buena Vida”, foi descoberto suas tentativas de suicídio e sua internação por cinco semanas em psiquiatria. Diante delas, houve o testemunho público de Normand Brathwaite, Guy Latraverse ou Stefie Shock.
Toda vez, todos os testemunhos destroem tabus, desmascaram os mitos, a gente se informa, a gente se educa, aprende a tolerância, a compaixão, benevolência. Sempre que uma figura pública faz o seu coming out e narra os altos e baixos de sua saúde mental, incentiva uma maior aceitação.
Mas cada vez, eu me pergunto: se esses artistas fossem uma garçonete em um café, um vendedor de carros usados ou um freelancer entre contratos, será que as pessoas a sua volta também estariam dispostos a incentivar? Será que todas as empresas, todos os empregadores são tão compreensíveis quando um de seus funcionários tem depressão? Muitas vezes, e ainda hoje em dia, o D da depressão é uma marca em um arquivo.
Não esqueça da campanha em apoio ao David, #HereForDavid, que criamos. Clique aqui e saiba mais.