Seja bem-vindo ao Simple Plan Brasil! Nós somos um site brasileiro sobre o Simple Plan com objetivo de difundir notícias, vídeos e conteúdos da banda. Este site é feito de fãs para fãs e temos apoio da Warner Music Brasil [+++]
Durante a passagem do Simple Plan por Paris, França, Pierre Bouvier e Jeff Stinco concederam uma entrevista ao rockurlife.net. Nela, eles contaram sobre o acidente que aconteceu com o ônibus da banda – Jeff falou sobre isso no Twitter e, sobre o novo álbum – eles explicaram os motivos pelos quais mudaram a data de lançamento para 2016.
Confira abaixo a entrevista completa traduzida pela nossa equipe e algumas excelentes fotos de Bouvier e Stinco:
Nós soubemos que vocês foram vítimas de um acidente na estrada há alguns dias. Está tudo bem com vocês?
P: Tudo está bem, sim. Há um rumor que o motorista estava bêbado.
J: Na verdade, quando o acidente aconteceu, eu postei um tweet “o motorista adormeceu ao volante… talvez bêbado”. Mas, na verdade não estava. O motorista estava viajando de Mônaco à Paris e eu acho que foi um pouco demais para ele. Existem mais danos em seu carro do que em nosso ônibus. Felizmente, nosso transporte não era um Fiat, caso contrário, teria sido outra história. (risos)Por mais de 15 anos vocês fazem música juntos como Simple Plan. Há quatro anos foi lançado “Get Your Heart On!”, o último álbum até agora. O que aconteceu desde este lançamento?
P: Muitas turnês. Teve também o período de composição necessário para o nosso próximo álbum. Mas eu entendo a sua pergunta: as pessoas pensam que fizemos uma longa pausa por quatro anos, que saimos de férias. Mas, na realidade, quando um disco sai, ainda há pelo menos dois anos de trabalho e promoção. Por exemplo, “Summer Paradise”, foi lançado um ano após o lançamento, o que provocou uma nova onda de sucesso e novas turnês. É só depois disso que nós tivemos algum meses fora com nossa família, antes de retomar a criação de um álbum que hoje está levando mais tempo do que pensávamos. Especialmente para uma banda como nós, que chegou no seu quinto álbum. É importante ter um disco em que podemos acreditar, que nós amamos realmente. E também, leva tempo para escrever canções. Nós escrevemos de setenta a oitenta canções antes de escolher uma dezena. Mas também, os fãs têm muita expectativa com a nossa música: eles não querem que a gente mude, mas eles também não querem que a gente fique igual. Portanto, este é o nosso desafio descobrir o som certo e de capturar identidade.
J: Além disso, não devemos esquecer também que o nosso modo de turnê é especial. Alguns grupos fazem shows em estádios, fazem turnês mundiais durante um ano e visita só as grandes cidades. Nós, vamos um pouco além dos circuitos típicos de turnês, o que necessariamente leva mais tempo. Principalmente quando você não faz mais do que dois shows por semana, mas quatro ou cinco. Mas os nossos fãs estão começando a aceitar o tempo que leva para o Simple Plan lançar um álbum.Para este famoso #SPAlbum5, vocês trabalharam com Howard Benson no West Valley Studios, onde também trabalharam com o 5 Seconds of Summer, My Chemical Romance ou ainda P.O.D. Como vocês explicam estas escolhas e o que fez vocês quererem trabalhar com esse produtor?
P: Eu acho que alguns discos nos empurraram para esta direção, tais como My Chemical Romance ou “Move Along” de The All-American Rejects, que é um dos meus álbuns favoritos. Mas é difícil escolher a pessoa certa quando você quer ser moderno em termos de som, mas você precisa do equipamento necessário para gravação e guitarra, bateria, baixo, etc. Os produtores mais novos não sabem como gravar tudo isso. Por isso escolhemos Howard Benson, que é um cara que faz discos que a gente gosta e conhece a música rock razoavelmente bem, além de ter uma grande equipe. Ele trabalhou recentemente com Hunter Hunted e o resultado é legal e moderno.
J: Cada trabalho com um produtor requer compromisso e que é o grupo para abordar as fraquezas do diretor. Cada diretor oferece a sua experiência na gravação. Mas é verdade que, ano após ano, estamos também cada vez mais envolvidos na processo e, no final, somos cinco à se olhar nos olhos e escolher a direção que fará o álbum, fazendo com que o produtor se torne um tipo de apoio, forçando para estruturar o grupo no estúdio. Com isso, nós conseguimos fazer o que temos vontade de fazer.Para este álbum, vocês tiveram Lenny Castro, um grande percussionista porto-riquenho. Como surgiu esta colaboração e devemos esperar outras colaborações neste disco?
P: Uma das coisas que Howard Benson nos sugeriu é colocar um pouco mais de percussão em algumas das nossas músicas. Normalmente, nós mesmos fazemos o som, de shakers, a partir de uma base simples. Mas Benson queria algo mais profissional e humano na produção, o que levou Lenny Castro para fazer um pouco de percussão. E é verdade que, para algumas músicas, ele adiciona um pouco mais de vida.
J: Isso é o tipo de coisa que podemos nos permitir depois vários álbuns: trabalhar com grandes pessoas. E não dá pra mentir: é um verdadeiro luxo, porque não realmente necessário, mas acrescenta algo especial. Em relação a outras colaborações: Sim, terá. O fato de ter empurrado o lançamento do album nos permite de tomarmos nosso tempo para melhor coordenar e para se ajustar o calendário de outros artistas. Uma verdadeira logística que vai até o mês de Janeiro.Será que vamos ter a oportunidade de ouvir Pierre tocar gaita neste disco?
P: (risos) Eu realmente tentei, mas os caras não aceitaram.
J: (risos) Não era nem questão. Sem Neil Young no grupo!Falando sobre a data de lançamento do álbum, esta não é a primeira vez que vocês empurram o lançamento do quinto álbum, sendo que foi a base para a expectativa de meados de 2015. Nenhuma data além desta foi conhecida até agora.
P: Demorou mais tempo do que o esperado. Há outras razões que nos obrigou a mudar este disco, mas o mais importante, queremos que saia no momento certo. Há também um aspecto puramente de marketing, porque hoje o que nós também queremos é que as pessoas tenham a oportunidade de ouvir o disco. Na era da Internet, tem tantas músicas saindo todas as semanas que você precisa saber preparar com a gravadora. Devemos escolher bem o single e bom momento para lançá-lo. Alguns fatores que nos fizeram perceber a necessidade de esperar o momento certo em vez de lançar agora para os poucos fãs que se queixam. Quando você trabalha mais de dois anos em um disco, você só quer uma coisa: que ele seja ouvido.
J: Há um paradoxo meio chato. Hoje, poderíamos lançar algumas músicas na Web que terminariam numa USB. Mas por respeito ao trabalho que fazemos, temos que esperar. Falando de gravadora, há uma realidade que não deve ser esquecida: nossos álbuns são lançados internacionalmente, o que requer ainda mais coordenação dos trabalhos e divulgação. Há, por exemplo, alguém na Espanha que acha que seria bom para sair tal dia, enquanto os parisienses e os quebequenses pensam em outra coisa. Empasses estes nos levam ao início de 2016.
P: Não podemos esquecer que a nossa carreira depende do sucesso das nossos discos. Nós amamos a música e nós continuamos a fazer por prazer, mas este é o nosso sustento. Se um disco estiver funcionando, podemos continuar a fazer o que amamos. Se o álbum não está bem por razões X, a nossa vida será complicada, as nossas contas, as nossas famílias, etc. Por isso, é importante escolher o momento certo para o lançamento de um disco.Dois trechos foram revelados até agora, o hino pop rock “Boom” que está acompanhado por um vídeo com artistas a cena alternativa, como Mike Herrera do MxPx, Alex Gaskarth do All Time Low ou ainda Lynn Gunn do PVRIS. Qual foi vontade de vocês por trás dessa abordagem? Uma maneira de você se conectar as raízes?
P: No início de 2000, houve uma espécie de tendência fazer isso, clipes, com participações de outros artistas. Limp Bizkit fez isso. E como fazia muito tempo que nós não viamos alguém fazer, nós dissemos “por que não”. Mas, além disso, este clipe é uma maneira de manter uma ligação entre o nosso cenário que data o final de 90 com os MxPx, New Found Glory, e grupos mais jovens do tipo PVRIS. Esta é a nossa maneira de dizer que fazemos parte deste cenário aqui, embora alguns dos nossos títulos soem pop. Não devemos esquecer que o coração do Simple Plan é pop punk e este estilo ainda é relevante e demandante em 2015. Eu vejo bandas como por exemplo Neck Deep que funcionam muito bem e que se assemelham bastante ao que nós faziamos nos anos 2000. E é reconfortante ver que as pessoas querem, significa que o Simple Plan ainda tem seu lugar hoje em dia.Para terminar, visto que o tempo não joga ao nosso favor, nosso site se chama RockUrLife, então o que balança a vida de vocês?
P: Para mim, é fazer shows e músicas. Fazer demos, modelos, trabalhar em cima disso. Isso me da um bom sentimento.
J: Pessoalmente, é de ver um verdadeiro grupo no palco. Este verão, nós fizemos alguns festivais e eu tive a oportunidade de ver alguns grupos que eu gosto muito não se doarem muito ao vivo comparados à outros como Mumford & Sons que fazem verdadeiros shows. E é isso que balança a minha vida, ver um verdadeiro grupo com verdadeiras músicas que é capaz de trazer alegria à uma multidão. Tudo isso me lembra a minha infância, quando eu comecei na música.
Events / Appearances > 2015 > 03.09 – Pierre and Jeff @ Interview for RockUrLife