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Um dos guitarristas do Simple Plan, Sébastien Lefebvre, concedeu uma entrevista ao site australiano May The Rock Be With You, publicada na última segunda-feira (9). Na conversa, o músico fala que a banda espera lançar novidades até o final de 2018 e que o amigo e colega de banda, David Desrosiers, ainda precisa de algum tempo em casa, a fim de se recuperar de uma depressão.
Na entrevista, Sébastien falou sobre saúde mental, assunto que foi destaque no perfil da fã Tinah Souto no Facebook. Em uma publicação recente, a fã enfatiza a importância da discussão da saúde mental, bem como da empatia e do respeito àqueles que enfrentam transtornos emocionais, doenças essas que são tão incapacitantes quanto as patologias físicas.
Confira abaixo a entrevista de Sébastien, completa e traduzida pela nossa equipe:
“Eu espero que o fato de as músicas serem boas tenha algo a ver com isso, além do que eu já notei ao longo dos anos, é que por mais que sejamos muito pessoais em relação a uma música, é exatamente por isso que as pessoas se identificam.“
Do lançamento: a banda de pop-punk Canadense, SIMPLE PLAN, que já vendeu mais de dois milhões de cópias, trará a turnê de 15 anos de lançamento do álbum No Pads, No Helmets… Just Balls para a Austrália em abril para uma leva de shows especiais na Costa Leste. Com alguns prêmios por mais de 10 milhões de cópias vendidas mundialmente, os shows serão OBRIGATÓRIOS para qualquer fã do SIMPLE PLAN. A revista Rolling Stone recentemente colocou o álbum No Pads, No Helmets… Just Balls no seu TOP 50 de melhores álbuns de todos os tempos.
Nosso velho companheiro, Seb, nos ligou há algum tempo, direto de sua casa, em Montreal, para falar sobre a volta do Simple Plan para a Austrália para a turnê de comemoração dos 15 anos de lançamento do álbum No Pads, falando sobre lembranças do primeiro álbum da banda, sobre o porquê de as pessoas serem tão ligadas a ele e também sobre o porquê de eles serem os caras mais legais que você pode encontrar e muito mais.
Já tem algum tempo desde a última vez que conversamos no backstage da Warped aqui em Sidney, então vamos colocar o papo em dia. Como têm sido os últimos 4 anos para você?
Eles têm sido ótimos! Eu acho que viemos para a Austrália mais de uma vez desde que lançamos o nosso último álbum, Taking One For The Team, em 2016, e temos nos mantido ocupados desde então. Em 2016, fizemos a turnê deste álbum e depois, em 2017, a gente basicamente se manteve ocupado fazendo a turnê de aniversário do nosso primeiro álbum. Então, eu estou muito feliz que a gente conseguiu trazer esta turnê até vocês.
Vocês estão voltando aqui para a turnê comemorativa dos 15 anos de lançamento do álbum No Pads, No Helmets… Just Balls. Então, nos diga, como serão estes shows?
Eles basicamente serão como o álbum. Vamos subir ao palco, tocaremos todas as músicas, vamos nos divertir e haverá alguns momentos onde iremos enlouquecer com o público, e também tocaremos algumas outras músicas e as pessoas terão lembranças incríveis, mas o mais esperado será a nostalgia, que, para mim, é ótimo, é uma sensação incrível poder sentir isso nos shows. Se você for um fã do Simple Plan e já tiver nos visto antes, você sabe que tocamos duas ou três músicas do nosso primeiro álbum em turnês dos nossos álbuns posteriores, mas agora, vocês poderão ouvir todas elas, então será uma ótima experiência para todo mundo.
Quando vocês analisam o primeiro álbum por completo, como é tocar músicas que vocês não tocam há muito tempo?Surpreendentemente, foi até fácil porque há algo de especial em relação àquele álbum. Quando costumávamos fazer shows naquela época, tínhamos que tocar todas as músicas, então foi questão de minutos para que conseguíssemos lembrar a memória musical, pois já havíamos tocado estas músicas antes, então foi algo que lembramos muito rapidamente. Acredito que reservamos uma semana para os ensaios e, em dois dias, estávamos “Ok, está ótimo” *risos*. O que vamos fazer o resto da semana? Então começamos a tocar ao vivo e foi muito divertido. Foi ótimo e, ao mesmo tempo, você realmente lembra os tempos antigos enquanto você toca as músicas e você também consegue lembrar o que aconteceu nos shows de 15 anos atrás, quando você estava tocando aquela música. Então, são muitas emoções quando você está fazendo esta turnê.
Vamos voltar um pouco no tempo; qual é a lembrança mais marcante quando vocês lançaram este álbum, em 2002?
Eu acho que foi quando toda a vez que a gente fazia algo, era a primeira vez que a gente fazia, sabe? O primeiro álbum é marcante, nossas primeiras turnês, nossas primeiras viagens para lugares diferentes, nossas primeiras conversas de madrugada sobre os shows. Tudo era tão novo que eu lembro que a gente fazia pequenas reuniões sobre coisas que não sabíamos. Então, a gente sentava com o nosso produtor ou com o Chuck, porque o Chuck basicamente é o produtor da nossa banda, e ele falava: “Ok! Isso será feito na Austrália, isso será feito na Ásia” e também “Pessoal, a gente tem que ser feliz, falar sobre coisas que deixam vocês felizes e isso vai ser ótimo” *risos*. Então, “Eu estou feliz. Muito obrigada”.
O que você acha que tem de especial em relação às músicas deste álbum que faz com que as pessoas se identifiquem tanto?
Esta é uma pergunta muito boa: eu espero que o fato de as músicas serem boas tenha algo a ver com, além do que eu já notei ao longo dos anos, é que por mais que sejamos muito pessoais em relação a uma música, é exatamente por isso que as pessoas se identificam. Por exemplo, Perfect é absolutamente sobre uma banda falando aos pais o que eles querem ser como banda e abandonando a escola, então, se tornou aquela música que as pessoas se identificam e é uma das nossas músicas mais importantes, porque todos conseguem se ver nesta situação, na qual você discorda e, ao mesmo tempo, não. Mas fortemente fala que os nossos pais estão desapontados e, sabe, isso se conecta em relação às emoções e “É triste. Estou te desapontando e blah, blah” e é com isso que as pessoas se identificam. Então eu acho que, honestamente, tanto naquela época como agora, músicas com melodias como essa, bem como as músicas dos anos 2000, também eram muito fortes para estes tipos de músicas, eles também se identificam.
Você falou sobre resgatar a memória de uma música, mas você é bom com rostos? Vocês têm visto pessoas que vocês podem ter visto quinze anos atrás voltarem agora?
Às vezes, sim; às vezes, não. Acontece algumas vezes de você olhar para alguém na multidão e ficar tipo “Eu conheço você.” Mas, então, na maior parte do tempo eu estou enganado e digo “Ei! Já nos conhecemos antes” e eles ficam “Não”. “Bom, certo. esta é a primeira vez em que nos conhecemos então” * risos*.
Durante todo esse tempo, é fácil dizer o que mudou dentro da banda, mas o que você diria que permanece o mesmo em seu tempo juntos?
Muitas coisas ficaram as mesmas; eu acho que o jeito que nós somos uns com os outros e o jeito com o qual nós nos apresentamos no palco é o mesmo. Obviamente, eu acho que nós tocamos melhor agora. Estamos há quinze anos juntos no palco, então, eu acho que nessa parte estamos melhor, mas também o jeito que somos e o jeito com o qual zoamos uns aos outros e como nos entendemos com apenas um olhar e apenas como nós somos quando estamos uns com os outros, viajando em um avião ou em uma van ou nos divertindo antes dos shows. Eu acho que, a esse ponto de quase quinze anos, eu não acho que algo irá mudar. É desse jeito que somos.
Eu também acho que vocês são os caras mais legais com os quais eu já tenha falado e a banda mais legal por aí. Então, isso é algo bom a ser mantido.
Ah! Muito obrigado. Obviamente, temos que agradecer aos nossos pais por isso. E outras pessoas falam sobre outras bandas: “Ah, esse cara virou um m*rda quando ele se juntou a essa banda.” Provavelmente, não. Talvez ele sempre foi um m*rda e agora você apenas percebe mais isso. Eu sinto que nós apenas nos mantemos verificando, uns aos outros, se estamos bem, assim como se alguém nos trata com exigências de estrelas do rock, todos nós o repreenderemos muito e, assim, é difícil que eles se desviem da ideia de fazer uma turnê simples. Eu acho que isso sempre vai ficar com a gente, aquela coisa DIY – faça você mesmo -, onde estamos meio que em carga. Nós fazemos nossas próprias coisas, nós não exageramos em algo. Estamos apenas com baixíssima energia e tentamos e procuramos a mais baixa manutenção possível e, obviamente, tentamos ser agradáveis para nosso fãs. Eles são, basicamente, a razão por que estamos aqui ainda e por que nós podemos fazer essa turnê de quinze anos mais tarde. Assim, temos sempre tentamos ser acessíveis. Nós sempre queremos nos reunir com eles, ouvir suas histórias e tudo o que as envolve.
Vocês lançaram um novo álbum em 2016. Há planos para novas músicas, mais cedo ou mais tarde?
Temos planos, sim. Agora mesmo, temos dois ou mais lugares para continuar a turnê, mas nós já começamos a ter um pouco de tempo livre agora. Nós não temos qualquer viagem até a turnê australiana. Então, estamos meio que descansando. Já comecei a trabalhar em meu estúdio e eu tenho certeza de que os outros caras também, e sempre tentando surgir com algumas ideias, ver o que serve, ver o que não e vamos trabalhar nisso mais oficialmente nas próximas semanas, ou no próximo mês, ou algo assim.
A banda terá algo nas lojas no resto do ano?
Esperançosamente, esse é o plano. À medida em que o processo de escrever coisas novas estiver dando certo, cada música que nós escrevemos estará boa. Assim, vamos ao estúdio muito rapidamente, porque nós amamos levar um pouco menos de tempo entre álbuns. Porém, todos querem ver essa turnê de aniversário. Então, nós devemos parar um pouco de compor para viajar para ir ver vocês e outros shows neste ano aqui e lá, o que será divertido, porque há sempre shows para tocar aqui e lá. Mas o plano é tentar ter o foco em escrita e na gravação do álbum. Eu acho que esse é o plano para este ano.
Então, o que você ainda gosta sobre estar no Simple Plan?
Eu não sei. Eu meio que estou cheio disso. Não, não. Estou brincando. Nós amamos ficar no palco, somos ainda todos amigos. Amamos estar em turnê juntos e tocar em shows juntos e, obviamente, algumas dessas coisas ficaram um pouco mais difíceis, uma vez que todos temos famílias, mas eu acho que não há maneira de que alguém faça esse trabalho se não estiver se divertindo. Acho que isso pode tomar muito de você, sabendo que, fisicamente, você não tem mais dezoito anos. Então, a jet lag nos castiga um pouco mais *risos*. Estarei em boa forma quando entrarmos no palco no nossos shows na Austrália. Para mim, é tudo sobre ter diversão e fazer algo que você ama e, agora mesmo, este é meu trabalho. Essa é a minha carreira, mas este é também um agradável caminho para que eu possa ter um bom tempo. Então, estou apenas viajando com meus amigos e, basicamente, indo para cidades legais e eu não sei como alguém poderia pensar que isso é horrível * risos*.
Tenho que perguntar: como está o David?
Ele tem lidado com um ano difícil. Então, ele precisa de muito tempo para descansar e ficar em casa. Ele está enfrentando uma depressão muito difícil, então, ele está vagarosamente saindo disso. Ele ainda está na banda, obviamente. Então, não quero iniciar qualquer rumor, mas ele e nós sentimos que era melhor que ficasse em casa descansando, ao invés de ficar em uma turnê agitada, com horários por todo o ano e ficar extremamente ocupado. No momento, ele apenas está querendo ter a certeza de que ficará bem.
O que vocês ainda não fizeram e que gostariam de ter a possibilidade de fazer?
Eu acho que a principal coisa é apenas nos mantermos onde estamos. Continuarmos sendo relevantes, continuarmos sendo uma banda e eu acho que isso é um desafio que vem conosco para cada álbum, mas felizmente, temos sido capazes de seguirmos em frente como uma banda, e se este ano prova algo, é que nós podemos ainda ser um banda e isso é incrível. E eu acho que é uma coisa que nós todos temos em comum. Enquanto pudermos seguir em frente e ter pessoas que se importam em nos ver, vamos continuar indo ver vocês e continuar a fazer álbuns e a fazer shows. Além disso, há alguns lugares nos quais nunca fomos tocar algum show que gostaria de conhecer. Eu iria amar ir para a Islândia, embora talvez eu iria apenas amar ir para lá nas férias e não para tocar shows, * risos*. Mas eu iria amar voltar para a África do Sul. Fomos para lá uma vez e tivemos um bom momento. Eu iria amar voltar para lá. Então, viajar um pouco, mas principalmente, se nós pudermos nos manter escrevendo músicas, termos um grande hit mundial, seria uma conquista incrível, mas para nós, apenas nos mantermos indo em frente está de bom tamanho para esta banda. Então, o que eu peço a todos é que olhem adiante, para o futuro. Essa é a frase final para mim. No fim de 2018, o Simple Plan lançará músicas novas. É isso o que estou esperando. Talvez, não um álbum todo, talvez não qualquer coisa, mas esperançosamente, algo será lançado até o final do ano. É para isso que estou cruzando meus dedos. Não coloque isso na agenda. Não dê uma data para isso. Não vá à loucura nos fã-sites, pois isso é apenas o que eu prevejo.