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Sebastien Lefebvre deu uma entrevista ao Portal Žmonės, do site 15min, da Lituânia durante a visita da banda à cidade de Vilnius. Na entrevista o músico falou sobre o apoio da banda aos fãs, o retorno deles e também citou o Brasil e seus fãs. Confira a tradução completa abaixo:
Vocês já ouviram falar sobre o país? O que sabem sobre a Lituânia?
A coisa principal que sabemos sobre a Lituânia é que vocês são muito bons no basquete. Vocês têm ótimos jogadora e, inclusive, um deles joga no Canadá.
Na verdade, sabemos muito pouco e isso nos deixa ainda mais ansiosos para chegar a Vilnius. Afinal, nunca fomos até aí e nunca conhecemos nossos fãs daí. Eu nunca imaginei que faríamos um show na Lituânia. É bom poder crescer e chegar a lugares que nunca fomos antes.
O jogador que você mencionou é John Valanciunas. Ele joga para os Toronto Raptors.
Sim! Parece que ele o é o melhor do time, embora eu tenha que ser honesto: basquete não é a minha praia. O popular no Canadá é o hóquei, e Toronto tem só um time de basquete.
Vocês vão ficar em Vilnius, na Lituânia, pela primeira vez. Vocês têm planos para além do show? Talvez possam ver e visitar alguns lugares.
Espero que a gente tenha tempo para pelo menos uma volta ao redor da cidade. Chegaremos na véspera no show. Por isso, quero acordar bem cedo para conseguir ter pelo menos algum tempo livre.
Nós temos encontros com os fãs antes e depois dos shows. É a eles que dedicamos nosso tempo, para nós é muito importante.
Vocês sempre dão tanta atenção aos fãs?
Sim. Se você é membro do nosso fã-clube, você pode chegar mais cedo e ver a passagem de som, além de falar com a gente depois dela. E, depois dos shows, os fãs fiéis são sempre bem-vindos na nossa festa, que vai acontecer aqui também. Nós tiramos fotos e conversamos enquanto comemos pizza. Sempre queremos nos comunicar com os fãs e manter uma relação próxima.
Muitas celebridades evitam a interação com fãs – cansados de atenção e, às vezes, até mesmo de perseguição. Vocês se cansam da popularidade?
Eu acho que entendemos que os fãs são o motivo pelo qual estamos onde estamos. Afinal, se não tivéssemos fãs na Lituânia, não iríamos até lá. Conversar e nos encontrar com os fãs é uma forma de agradecermos pela atenção. Se sabemos que os fãs querem, damos um jeito de encontrar tempo. Não somos aquele tipo que contrata um monte de seguranças para nos ajudar a fugir dos fãs. Somos gratos a eles. Por isso gostamos de sair e aproveitar com eles.
Vocês viajam muito. Os fãs são diferentes de país para país?
Em cada país, os fãs são mesmo um pouco diferente. Por exemplo, no Brasil, no México e na Itália, os fãs são completamente doidos e empolgados. Eles estão em todos os shows, cantam junto e se divertem.
Na Noruega, por exemplo, que visitamos recentemente, as pessoas são muito mais tranquilas. Elas pareciam se divertir muito no show, mas era tudo muito mais calmo. Eles não cantam junto com as músicas que gostam para nos ouvir. É igual no Japão – eles se divertem, mas se acalmam entre as músicas para esperar educadamente pelo que temos a dizer.
Depois de tanto tempo nos palcos, vocês já devem ter visto muitos fãs doidos. Você se lembra de alguma situação?
Talvez quando a gente viu nossos rostos no peito de uma menina. Existem fãs que fazem tatuagens em tributo a nós, mas normalmente são letras de músicas que tenham significado ou sentido para eles. É muito bonito. Mas aquela garota… Fiquei chocado.
Até hoje?
Sim, e como! Queria que todos os fãs tatuassem meu rosto. Faria a vida deles ainda mais bonita.
O Simple Plan existe há mais de 20 anos. Como vocês conseguiram se manter até hoje?
Não sei. Realmente não tenho ideia. Talvez porque sejamos caras muito legais? Temos um bom relacionamento, amamos o que fazemos e somos amigos. Às vezes nos damos tempo livre. Talvez não tenhamos parado porque o grupo é mais importante que tudo. O grupo importa nas decisões pessoais. E espero que seja também porque a gente faça música boa. Eu quero acreditar que sim. Mas também é por causa dos fãs. Eles são muito leia e se preocupam com a gente. Sem eles, talvez hoje fosse diferente.
Falando em música boa, onde encontram inspiração? Mais uma vez, já faz muito anos que estão fazendo música.
Às vezes, compor é realmente um desafio. Para criar o novo álbum, sentamos e discutimos: o que vai ser? Mas sempre sai algo da conversa. Naturalmente, a maioria de nós quis falar sobre temas sensíveis. Mesmo quando tudo ao redor está bom, ainda existem momentos que inspiram falar sobre, por exemplo, relacionamentos e corações quebrados. Eles te inspiram e podem acontecer com nós ou com quem está ao nosso redor.
E o que vocês escutam?
É uma boa mistura. Ouvimos reggae, country, pop-punk, tudo o que toca na rádio, em filmes. Escutamos coisas que nos inspiram. Somos abertos a tudo.
As pessoas acham que os roqueiros são maus. Simple Plan não encaixa nesse estereótipo. Vocês têm um fundo de apoio para adolescentes sofrendo de pobreza e drogas. Como surgiu a ideia?
Provavelmente a ideia também nasceu graças aos fãs. Depois de cada show, nos encontrávamos com eles e ouvíamos suas histórias, víamos como nossa música os ajudou a enfrentar seus problemas, como, por exemplo, se aproximar novamente dos pais. Eles se identificam com a gente e com a nossa música.
É especial para nós, e por isso quisemos ir mais longe. Criamos essa fundação que, há mais de dez anos, levanta fundos para caridade, organiza eventos especiais e convida você a doar.
Os fãs também estão inclusos – cada dólar ou euro dos nossos ingressos vendidos é destinado à fundação. Acho que, este ano, acumulamos mais de 2 milhões de dólares. Queremos fazer algo bom para a comunidade.
E por que decidiram incluir os fãs?
Eles são os que mais procuram, e é ótimo. Nos inspira ver como o jovem quer contribuir. Além disso, existem fãs mais velhos que organizam eventos, levantam fundos e depois repassam para o nosso. Estamos lentamente tentando mudar o mundo, e muitas pessoas apoiam. É muito mais fácil e divertido.
Já tentaram calcular o número de adolescentes que vocês ajudaram?
Ah, não mesmo. Seria impossível contar. Mas é muito gratificante e nos sensibiliza ouvir cada história sobre como ajudamos.