Em entrevista para a AltWire, Sebastien conversou sobre os shows que irão compor a turnê, que eles irão começar pela Europa essa semana. Além disso, comentou sobre o processo de produção do novo álbum, em quanto o Simple Plan se empenhou e no fato deles terem se pressionado a fazer o melhor de si. Lefebvre também ressaltou que o lado pop do CD está bem pop, enquanto o lado rock acompanhou a mesma intensidade.

A entrevista foi feita antes do lançamento do CD, mas só foi divulgada no último sábado. Confira a tradução completa feita por nossa equipe:

[AltWire] Na metade de fevereiro, o Simple Plan estará em turnê por diversos países, começando no Canadá e terminando na França. Quem irá acompanhá-los nessa turnê? O que vocês mais esperam dessa turnê?

Seb: Nós temos o Ghost Town começando com a gente parte da turnê pela Europa e o The Bottom Line também. Honestamente, está na hora de sair em turnê. Nós temos trabalhado nesse álbum por alguns anos. Estivemos compondo, gravando e ansiosos pra lançá-lo e tocar as novas músicas para as pessoas.

[AW] Você acha que vão incluir os EUA na turnê em um futuro próximo?

Seb: Vamos. Eu acho que agora estamos em um furacão gigante lançando o álbum, por isso nos certificamos e tivemos certeza de que a primeira turnê estava acontecendo e o álbum estava realmente saindo. Acho que em algumas semanas tudo começa a acontecer, como datas para turnê pelo resto do verão e o resto do ano. Nós queremos ir para os EUA, nós também temos a América do Sul, Ásia e Austrália, e nós temos um ano pra fazer tudo isso, então tudo acontecerá junto. Assim que soubermos, nós postaremos no site, então, assim que soubermos, todo mundo saberá também.

[AW] Você disse que Ghost Town acompanhará vocês em parte da turnê. O Simple Plan já trabalhou com eles antes?

Seb: Não, na verdade. Nós somos fãs e acho que eles são fãs também, então quando perguntamos se eles queriam fazer a turnê com a gente, eles disseram sim e nós ficamos empolgados. É interessante, as pessoas ainda adoram ir a shows enquanto tem um monte de outras coisas pra fazer. Elas podem ir ao cinema, podem comprar videogames todos os dias, mas sempre tem algumas bandas que as pessoas querem ver. Então se uma banda está com outra banda, talvez as pessoas não cansem de ir aos shows. Se você está em turnê com uma banda nova e legal é diferente, mas funciona. Alguns dos fãs serão os mesmos e veremos os nossos, veremos os deles, e quando estiver todo mundo junto vai ser ótimo.

[AW] O Simple Plan está lançando seu quinto álbum de estúdio “Taking One For The Team”. Teve alguma coisa diferente no processo de gravação ou composição desse álbum que talvez não tenha acontecido nos quatro anteriores?

Seb: Sim, acho que cada álbum é um pouco diferente do anterior. Esse será bem pessoal, mas nós sempre quisemos que esse fosse o melhor álbum que já fizemos. O que significa que pode ser diferente de pessoa pra pessoa. Algumas pessoas sempre vão amar o “Still Not Getting Any”, porque era 2004 e elas estavam na escola, e esse era o álbum que elas estavam ouvindo e nada nunca vai substituir isso. Para nós, como compositores e músicos, nós sempre queremos um álbum o melhor possível. Nós colocamos muita pressão em nós mesmos, mas ao mesmo tempo nos damos um tempo pra ter certeza de que vamos fazer isso. Nós escrevemos por um ano, escrevemos cerca de 70 ou 80 músicas e isso parece muito, mas só porque na verdade finalizamos as coisas. Nós terminarmos as músicas e então nós escolhemos elas e gravamos.

Eu acho que o que foi diferente dessa vez é que tínhamos muitas músicas e estávamos no estúdio. Simple Plan é o tipo de banda com raízes profundas, amamos música pop, amamos ver o que o Simple Plan será no futuro e continuar evoluindo como uma banda. Nós sempre tentamos encontrar um equilíbrio entre nos importarmos com nós mesmos e nossos shows e com os fãs. Nós queremos a “típica música do Simple Plan”, mas também queremos músicas que talvez tragam mais fãs, que vão para as rádios, coisas como essas, então continuaremos a fazer shows. É muito difícil equilibrar e, na metade do processo de gravação, nós continuamos escrevendo e mais 3 novas músicas saíram. Podíamos ter terminado o álbum, mas nós tínhamos essas novas músicas e nós gostávamos e, se você quer saber, essas músicas novas realmente ajudaram o álbum a ficar completo. Então, nós voltamos ao estúdio e gravamos mais músicas e adicionamos elas em dezembro. Fizemos isso para ter certeza de que o álbum tinha uma unidade.

[AW] Você diz que vocês gostam de pop e com esse álbum eu definitivamente ainda escuto o clássico lado do Simple Plan, mas também escuto um pouco mais de pop.

Seb: É uma coisa muito interessante para nós. Acho que alguma coisa na escolha aconteceu por si só com esse álbum e as músicas pop estão mais pop do que nunca, mas as músicas rock estão mais rock do que nunca.

[AW] O Simple Plan incluiu o Nelly na música “I Don’t Wanna Go to Bed”. Como tiveram a ideia de incluir o Nelly na música?

Seb: Era uma música especial. Veio provavelmente na primeira fornada de música que escrevemos para o álbum. Vamos dizer que foram as primeiras 20 e decidimos “wow, essa é uma das realmente boas, nós temos que mantê-la”. Ainda é uma das melhores e nós a amamos! Quando nós gravamos no estúdio, soou diferente. E também parecia que precisava de alguma coisa que fosse diferente para colocar. Nós colocamos o Nelly porque ele não é só um rapper, ele tem melodia no modo como ele canta e ele é muito bom. Além disso, nós viemos juntos no início de 2000 e fizemos alguns programas juntos. Nós estávamos na rádio, ele estava na rádio, nós estávamos no TRL quando ele estava no TRL, então nós meio que estendemos a mão e ele amou a música e quis estar nela.

[AW] Ouvir a música foi como um pequeno pedaço de História e foi ótimo ver dois artistas que eu cresci ouvindo colaborando. Eu garanto que muitos dos seus antigos fãs irão concordar.

Seb: Sim, porque em diferentes músicas eu posso trocar de guitarras sem problemas, mas nós raramente trocamos de cantores. Nós fizemos isso no nosso primeiro disco e levou até o quarto para termos mais disso. É algo realmente divertido, é um sabor diferente aqui e ali.

[AW] Acho que a cereja no bolo para essa música foi ter o David Hasselhoff no final do clipe!

Seb: É muito louco! S.O.S. Malibu foi um programa icônico, e isso foi antes da internet, então se você quisesse ver mulheres de biquíni, você tinha que assistir. Talvez não fosse aceitável agora, mas foi um grande programa, então é meio que uma sátira, mas não realmente porque somos bem sérios. É só uma brincadeira que acontece no vídeo. Basicamente, o Pierre é o Hasselhoff mais novo, e nós queríamos fazer ele topou. Nós na verdade gravamos na casa dele, que é meio que um museu dele. Ele tem vários prêmios e coisas do S.O.S. Malibu. É meio que um tributo a ele mesmo.

[AW] O Simple Plan já lançou alguns singles do novo disco, como “Boom!” e “I Don’t Wanna Go to Bed”. Como tem sido as reações dos fãs até então com as novas músicas?

Seb: Tem sido interessante porque, quando lançamos “Boom”, não querendo soar muito confiante, mas sabíamos que as pessoas iriam gostar porque “Boom” é o tipo de música que geralmente se conecta bem com os nossos fãs quando tocamos ao vivo. Desde que lançamos, tocamos em todos os shows. É uma das músicas que tem o espírito do Simple Plan e que alcança os nossos fãs. Com “I Don’t Wanna Go to Bed” nós sabíamos que seria meio diferente para todo mundo, mas ainda queríamos fazer isso e às vezes eles meio que ficaram “Oh meu Deus, o disco todo vai ser assim?” Não que eles estivessem preocupados, mas eles não sabiam o que esperar. Nós ficamos dizendo a eles “esperem pelo lançamento do álbum, tudo fará sentido”. Nós amamos ter esse tipo de música e, quando elas se destacam, elas acabam tocando nas rádios, o que é muito legal. Então quando você vier ao nosso show, terão 3 ou 4 músicas assim no setlist, então terão outros 15 tipos de música. É divertido misturar. Nós não queremos ser o tipo de banda que cria a mesma coisa o tempo todo. Alguns fãs talvez fiquem um pouco preocupados, mas a maioria deles entende e sabe que ficará feliz com o que ouvir no disco.

[AW] Pessoalmente, eu acho que o álbum é ótimo e para uma banda estar por aí por tanto tempo é importante um pouco de mudança, e eu acho que de uma maneira geral os seus fãs irão gostar do álbum.

Seb: É uma posição interessante para a gente como uma banda com esse disco, pois temos 30 anos e a maioria de nós já tem uma família, nós não temos 20 anos mais e sempre terão músicas pop que o pessoal de 20 anos está lançando e são ótimas. Mas é meio que: onde nós pertencemos agora? Qual é o nosso lugar? Nós sempre tivemos um lugar no mundo da Warped Tour e um pé no mundo em “talvez tocaremos com a JLo na Kiss FM”. Nós sempre estivemos no meio disso e amamos os dois. É como se estivéssemos tentando criar algo que esteja no meio, nós amamos os dois e achamos que as pessoas gostam disso em nós.

[AW] Nós deixamos que alguns dos nossos leitores e seguidores no AltWire soubessem que nós faríamos uma entrevista com você hoje e demos a oportunidade de sugerirem algumas perguntas. Um fã gostaria de saber se você tem algum prazer culposo enquanto está na estrada.

Seb: Eu costumo ir no Instagram e olho o “fotos com você”. Então eu basicamente vou lá e olho todas as fotos que as pessoas tiram de mim e curto elas. Recentemente eu comecei a ler muito, mas não que isso seja necessariamente uma culpa. Algo que eu tenho feito na verdade, que é meio engraçado, é postar algo no Instagram com a minha localização e eu falo “Hey, eu estarei aqui pela próxima meia hora,” mesmo que eu não saiba onde é, mas estou lá, e aí alguém acaba aparecendo, tiramos fotos, conversamos e tudo mais.

[AW] Isso é tudo, você gostaria de acrescentar mais alguma coisa?

Seb: Só que o disco sai no dia 19 de Fevereiro, está incrível, então comprem e nos vemos nos shows!