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Em entrevista ao site alemão All Schools, Sebastien Lefebvre falou sobre como os integrantes da banda são responsáveis por não deixar que os outros desistam de seus projetos paralelos, como é difícil o trabalho de Pierre para cuidar da voz, as críticas ruins sobre o álbum e mais. Confira a tradução completa feita pela nossa equipe:
Vocês recentemente lançaram seu novo e 5º álbum “Taking One For The Team”, quase cinco anos após o último. A pergunta óbvia é: por que demoraram tanto tempo?
Sim, sim, sim, existem várias razões. A primeira é que ficamos em turnê com “Get Your Heart On” por muito tempo. “Summer Paradise” foi uma das últimas músicas que nós liberamos e justamente ela foi muito boa. Isso estendeu a turnê para quase dois anos e meio. Então fizemos uma pequena pausa, porque é bom fazer uma pausa antes de sair para trabalhar novamente. Então nós começamos a escrever. E a escrita nos toma um grande tempo, porque queremos escrever um monte de músicas, ter certeza de que podemos descobrir em que direção o álbum vai e, assim, amarmos todas as músicas no fim. Nós não somos o tipo de banda que iria lançar um álbum muito rapidamente, para que possamos entrar em turnê novamente. Queríamos que o álbum fosse muito bom. Se isso não acontecer, ninguém vai aos shows. Então, sim, nós levamos o tempo necessário para escrever, isso é verdade. Somos lentos, mas é porque somos perfeccionistas e queremos que o álbum no final fique do jeito que gostamos. Nós também queremos que nossos fãs adorem. As gravações foram surpreendentemente demoradas também. Nós começamos a gravar em março, há um ano. Fizemos um álbum realmente bom, nós amamos. Mas fomos percebendo que estava faltando alguma coisa. Em seguida, algumas saíram e vimos as reações dos fãs. Alguns foram muito positivos, outros pediam por um som mais tradicional do Simple Plan. Aí percebemos que não tinha o suficiente disso no álbum e demos razão aos fãs. Então nós voltamos ao estúdio, escrevemos mais e acrescentamos três músicas de rock ao álbum. Aí achamos que estava completo. Assim surgiu o lançamento final. Acredite, nós queríamos que tivesse saído mais cedo. Nós queríamos lançar um novo álbum e sair em turnê. Mas agora ele está aí e estamos muito felizes. As reações dos fãs foram ótimas e os shows foram ótimos.Vocês já não moram todos no Canadá. Como isso muda a dinâmica do grupo? A criação do novo álbum foi mais difícil por causa disso?
Na verdade, nem um pouco. Nós nos encontramos, de qualquer forma, toda vez que tem algo da banda para fazer, não importa onde você more. Desta vez, foi em março e no último inverno. As coisas estavam muito ruins no Canadá, extremamente frio. Então ficamos entre nos juntarmos em Montreal e fazer o álbum, ou ir para a Califórnia. Foi uma decisão fácil, então foi assim que aconteceu. E agora estamos todos juntos porque estamos em turnê, não importa onde você mora quando está em turnê.Howard Benson produziu “Taking One For The Team”. Como foi trabalhar com ele?
Foi interessante. Eu acho que ele já produziu grandes álbuns, como do My Chemical Romance, The All-American Rejects e Papa Roach, e por isso queríamos trabalhar com ele. Ele sempre pensa no todo. Ele vai com a vibe geral da canção. Ou seja, se ela parece certa, ele está feliz com ela. Mas nós somos o tipo de banda que presta muita atenção aos detalhes. Essa foi uma mistura muito interessante. Às vezes a gente queria fazer tudo de um jeito diferente dele. Por exemplo, nós queríamos mudar algumas partes novamente e ele dizia que estava bom. Mas nós não estávamos felizes e queríamos continuar a mexer. Então às vezes tínhamos abordagens diferentes. Mas, obviamente, saiu um ótimo álbum e estamos muito felizes com o resultado final. Ele tem uma grande equipe. Todo mundo que estava envolvido no álbum foi muito legal. Então sempre teve boas vibrações.Vocês já estão todos nos seus trinta anos.
O quê? Não, que absurdo!Mas seu público é principalmente adolescente, especialmente feminino. Sendo assim, quão livre vocês são com relação à música que escrevem? Vocês consideram o que elas gostariam de ouvir ou ainda escrevem sobre experiência pessoais e coisas com que vocês se identificam?
Bom, um pouco dos dois. Eu acho que a coisa mais interessante que descobrimos é que muitos dos nossos fãs cresceram com a gente. Nós temos cinco álbuns e isso nos dá 15 anos. As pessoas que nos ouviam quando eram adolescentes têm agora seus vinte anos, ou quase trinta. Alguns outros só nos conheceram agora, com este álbum. Eles são mais jovens e escutaram Simple Plan pela primeira vez com “Boom!”. Tenho a sensação de que essas músicas têm uma ligação especial com o público, as que são mais pessoais e falam sobre nossas experiências. Então eu acho que levamos para os fãs sem visar um público específico. Não vamos pesquisar na Internet quais são os problemas de adolescentes hoje em dia. Não foi assim quando escrevemos uma música como “Perfect”. Ela falava sobre nós, assim como “Welcome To My Life” e até mesmo “Your Love Is A Lie”, que é uma música muito pessoal sobre separação. No caso de “Jet Lag” é evidente que ela é sobre quando viajamos e como nos sentimos sobre as pessoas que deixamos em casa. Mas as pessoas ainda podem se identificar com essas músicas, apesar de serem sobre as nossas experiências. Assim como “Boom!” e “Perfectly Perfect” neste álbum. Há tantas músicas que são feitas para que possamos contar uma história. A música nos dá um meio de nos expressar. “Boom!” atinge um monte de pessoas que sentem que é sobre elas. É uma loucura. A música é ótima nesse sentido.Eu li algumas resenhas do álbum.
O que elas diziam?Bom, algumas eram negativas.
Em que sentido? Claro que eu só leio as resenhas boas.Alguns dizem que vocês não são autênticos, porque vocês estão mais velhos e algumas músicas mudaram muito, como “I Don’t Wanna Go To Bed” e “I Dream About You”, mas ao mesmo tempo vocês ainda tentam ser os adolescentes que eram no começo.
Bem interessante.Eu fico curioso para saber qual a sua resposta para esse tipo de crítica?
Eu acho engraçado como estamos trabalhando há vários anos em alguma coisa e, de repente, alguém vem e nos destrói assim. Quer dizer, esse é o trabalho dos críticos, quando eles não gostam de alguma coisa. Mas essas são provavelmente as mesmas pessoas que nos criticariam, se fizéssemos exatamente o mesmo tipo de álbum toda vez. Eles diriam: “Ah, eles fazem sempre a mesma coisa.” Eu acho que algumas pessoas gostam de Simple Plan, outras não, e tá tudo bem. É a sua opinião. Eu acho que para nós foi sempre importante lembrar quem somos e quem são os nossos fãs. Então eu acho que, neste álbum, as músicas de rock são mais rock do que jamais foram. Eu acho que muitas pessoas pensam que o som do Simple Plan é punk-rock com músicas rápidas. Mas, quando você olha para o nosso primeiro álbum, você vê que “Perfect” era a nossa música mais bem-sucedida. Era uma balada emotiva. Em seguida, teve “Welcome To My Life” e “Untitled” no segundo álbum. O que é o som do Simple Plan realmente? Pode, de fato, ser qualquer coisa. Nós também somos o tipo de banda que quer tentar coisas novas. Tentamos algo totalmente diferente com “Summer Paradise” e tudo deu certo para nós, nossos fãs adoraram a música. Foi ótimo. Então nós quisemos isso de novo ao fazer “Singing In The Rain” e “I Don’t Wanna Go To Bed”. Essa última é provavelmente a canção mais pop que já fizemos. Eu gosto dela. A música é divertida e te faz querer dançar. Tem alguma música que faria as pessoas quererem se jogar do palco para a plateia segurar? Provavelmente não. Mas não importa. “I Dream About You” é totalmente diferente, mas nós gostamos dela. Então temos medo dos poucos críticos que não gostaram do álbum? Claro que não. Nós gostamos das músicas que estão no álbum.Vocês às vezes se sentem velhos demais para ainda serem uma banda de pop-rock ou pop-punk? Ou ainda é tão divertido quanto no começo?
Eu acho que a gente se diverte. É difícil porque você envelhece. Mas nós não somos tão velhos. Nós somos apenas um pouco mais velhos. O jet-lag e as viagens de ônibus nos incomodam um pouco mais. Temos famílias, agora, então sentimos falta delas. Isso também é um pouco difícil. Mas nós levamos tudo em consideração, porque fazemos o que amamos. Nós amamos as músicas. Por isso, queríamos que o álbum tivesse muita energia. Porque nós amamos tocar ao vivo e as reações que sentimos do público. É por isso que ainda fazemos isso.E isso vai continuar assim ainda pelos próximos 20 anos?
Isso é difícil de dizer. A nossa maior preocupação é com sempre fazer música honesta e, contanto que as pessoas queiram ouvir, vamos seguir em frente. Eu sei que acha que nós somos lentos agora, que talvez vamos levar muito mais tempo entre os dois álbuns quando ficarmos mais velhos. Mas é bom fazer uma pausa de tempos em tempos. No entanto, nós amamos subir no palco e tocar para as pessoas.Além do Simple Plan, você tem vários outros projetos em andamento, como o programa de rádio Man Of The Hour, e você também produz música. Por que você decidiu se tornar um músico, em vez de outra coisa? E você queria ter mais tempo para seus outros projetos?
Eu posso fazer as duas coisas, o que é bom. Entre dois álbuns, eu passo um pouco mais de tempo no meu estúdio em casa, fazendo o programa de rádio e trabalhando com outros artistas. Isso é divertido. Quando voltamos com a banda, eu sei que vão ser dois ou três anos exclusivamente de Simple Plan. Isso é divertido. Isso é uma coisa ótima na banda. Nós tentamos fazer com que ninguém desista das outras coisas que quer fazer. Mesmo em uma banda, sempre podemos fazer coisas diferentes. Alguns shows são grandes, outros pequenos. Às vezes fazemos entrevistas de rádio, às vezes aparições na televisão, etc. Nós fazemos tudo ser divertido: gravar vídeos, fazer turnê, tirar fotos, fazer shows, mudamos a set list toda noite. Sempre existem coisas diferentes. Nós somos músicos, mas ao mesmo tempo somos artistas.Quando você decidiu se tornar músico? Simplesmente aconteceu?
Mais ou menos. Nós somos sortudos por isso ter acontecido quando éramos jovens. Porque, se fosse quando estivéssemos mais velhos como agora, e víssemos que tentar tocar em uma banda não iria funcionar, nós iríamos parar e fazer outra coisa. Mas, se você tem 20 anos, você pode se dar a chance de fazer isso por alguns anos e, se não tiver dado certo quando você tiver uns 25, você pode voltar para a faculdade. Tudo bem. Então tivemos sorte de que deu certo para nós. Claro que não foi fácil, mas, quando você é jovem, você tem a energia para correr atrás. E quando começamos, nós realmente queríamos. Nós fizemos shows, gravamos demos, fomos atrás de gravadoras. Quando finalmente conseguimos um contrato de gravação, pensamos: “É isso”. Mas então você tem que sair em turnê, você tem que conseguir uma base de fãs, porque você não tem fãs quando acaba de lançar seu primeiro álbum. Ninguém te conhece. Todo esse processo foi muito divertido. Todos queríamos e, e aí simplesmente aconteceu.Vocês estão aí desde 1999. Aquela época era muito diferente. Nenhuma mídia social, sem smartphones e o mundo não era tão globalizado quanto é hoje. Como vocês viveram as mudanças no cenário musical e vocês gostariam de voltar no tempo para a vida naquela época?
Já vivemos muitas coisas diferentes. Quando lançamos nosso primeiro álbum, os CDs eram importantes. Em nosso segundo ou terceiro álbum, era então o iTunes. Agora é o Spotify. O mesmo se aplica à tecnologia com o smartphone. Lembro da primeira vez, quando estávamos no Japão. Foi em 2002, eu acho. Os fãs queriam tirar fotos com a gente e pegaram os celulares. Nós dissemos: “O quê? Vocês têm uma câmera nos seus celulares? Você está brincando?”. Foi a coisa mais legal do mundo. Quando começamos a turnê, nós dissemos a nossos amigos e parentes: “Ok, então nos vemos novamente dentro de alguns meses, quando voltarmos para casa.” Você não ligava para casa ou usava o Skype. Eu acho que a mídia social foi ótima para nós, porque nós sempre quisemos estar perto dos nossos fãs. Sempre que tinha um show nós íamos para a tenda de produtos oficiais e tirávamos fotos com fãs que estavam esperando o Simple Plan por não sei quanto tempo. No primeiro álbum, tínhamos os nossos endereços de e-mail no site, para que as pessoas pudessem nos escrever e nós podermos responder. Esse era o nosso Twitter. Eu acho que é ótimo, porque as pessoas querem mais hoje em dia. Só encontrar um artigo sobre alguém em uma revista não é suficiente. Você quer ter informações. Eles querem saber o que você está fazendo todos os dias. Nós podemos mostrar como foram nossos shows e o quanto a gente se diverte na turnê. Por isso, mais pessoas querem nos ver. É uma ferramenta muito interessante. E também foi muito legal. As bandas que eu gostava nos anos 90 não eram conhecidas. Se você visse alguém no show, você não sabia se ele era legal ou não. Se ele era engraçado ou um chato. Você não sabia. É engraçado como hoje todo mundo soa tão familiar. Nossos fãs vêm à nossa passagem de som, ou nos encontramos depois do show, e é mais do que se vocês falassem dentro de em uma relação músico-fã. É mais como se fossem duas pessoas que se conhecem, uma conversa. Eles dizem “Hey, Seb, como você está? Eu vi que você visitou a cidade hoje. Você gostou?”. Às vezes isso quebra o gelo. Eu gosto. É divertido ver o que os fãs dizem e fazem. Francamente, também foi útil. Como eu disse antes, vimos que alguns comentários sobre as novas músicas eram estranhos. Por isso voltamos para o conceito do álbum e decidimos ouvir as pessoas e voltar a trabalhar nele.Tenho a sensação de que vocês querem trazer uma mensagem específica para o mundo com suas músicas. Algo como “faça o que quiser, seja confiante, não deixem os outros mudarem você”.
Essa é exatamente a mensagem do álbum. Isso é verdade.Vocês se sentem obrigados de certa forma a fazer para seus fãs um “guia de vida”? Vocês também criaram a Simple Plan Foundation, onze anos atrás. Isso mostra que seus fãs são importantes para vocês.
Eu não acho que nos sentimos obrigados. Mas nós sabemos que é importante. Nós sempre quisemos fazer músicas pesadas, rápidas, com letras positivas. Sempre fez parte do Simple Plan passar coisas como “vai melhorar” ou dizer “seja forte”. Eu acho que nós continuamos assim porque tem tanta liberdade de expressão na internet. Tem tanto barulho. Ele pode ser esmagador na hora de algumas pessoas tomarem a decisão sobre o que acreditar. Há muito bullying e muitos comentários negativos. Algumas pessoas postam uma foto on-line e ficam tristes pra sempre porque outras pessoas vão dizer algo ruim sobre isso. Pode ser muito difícil. Eu acho que nós só queríamos dizer “não há problema em ser você”. Porque todo mundo é diferente. Você não pode dizer o que é normal e o que não é. Ninguém sabe o que é normal. Eu provavelmente sou estranho. Você provavelmente é curioso. Tudo bem. Não é preciso ser como todo mundo. Sim, é importante perseguir seus sonhos e manter o pensamento positivo e tudo isso. Mas eu acho que é mais importante o que você quer ser e fazer. Se parecer certo, provavelmente é certo. Você só tem que fazer. Não precisa se chatear com as coisas e ficar bravo. Às vezes você só precisa ignorar. Se alguém fala uma coisa ruim, ele simplesmente não existe para mim. Você só precisa seguir em frente. “Farewell” é uma das músicas com esse tipo de conteúdo. Eu acho que, para nós, é importante falar sobre isso, porque isso também acontece com a gente. Temos nossos trinta anos, somos expostos ao público e as pessoas sempre dizem coisas boas ou ruins sobre nós. Por isso foi importante falar sobre isso em uma música, porque faz parte das nossas rotinas.Nesta turnê vocês estão fazendo “Post Game VIP Pizza Parties”. Quem teve essa ideia e por quê?
Eu acho que fizemos isso uma vez no Canadá e nos divertimos. Por isso, decidimos fazer de novo durante a turnê. É ótimo, porque nós sempre vimos os nossos fãs antes do show. Se você é membro do fã-clube, você pode vir para a passagem de som. Nós tocamos algumas músicas e às vezes eles também podem conversar com a gente e tirar algumas fotos. É sempre divertido, mas às vezes estamos com pressa, porque temos entrevistas, temos que fazer sessões de fotos ou é hora de jantar. Então queríamos ter a oportunidade de realmente passar tempo com os nossos fãs. Algumas pessoas podem vir depois do show e ficar com a gente. Isso é ótimo porque podemos falar sobre o show. Você não pode fazer isso antes do show. Algumas pessoas dizem que estão tristes porque não tocamos determinada música. E nós podemos responder. Fazemos selfies, piadas e falamos com todos.Os fãs ficam esperando no caminho do ônibus, por exemplo, para terem a chance de falar com vocês?
Sim. No caminho para o ônibus, claro. Se você for um membro do fã-clube, como eu disse, nós encontramos esses fãs durante a passagem de som. Assim nós falamos todos os dias com cerca de 50-100 pessoas. Somos muito acessíveis. Nós andamos entre eles, gravamos vídeos. Somos muito abertos. Nós sempre quisemos ser. Sempre imaginamos como seria se tivéssemos uma banda favorita e como ela deveria ser. Então decidimos ser exatamente assim.Vocês são muito famosos em todo o mundo. Seus shows muitas vezes se esgotam e vocês já tocaram em grandes estádios. Tem mais alguma coisa que vocês queiram conquistar como banda?
Acho que nosso principal objetivo, se você olha para o mundo e o que está acontecendo na indústria da música, é seguir em frente. Isso é um grande feito. Temos muito orgulho de ainda sermos os mesmos cinco caras desde o início. É nosso quinto álbum e sabemos de toda a espera e como todos foram muito pacientes. Agora que saiu e foi tão bem recebido, isso é uma grande vitória para nós. Estamos realmente felizes. Isso significa que podemos sair em turnê novamente e depois fazer um novo álbum. Isso é tudo que queremos continuar a fazer. Seguir em frente é tão bom, nos tornamos mais conhecidos é ótimo, porque isso significa que poderemos visitar mais países e por bastante tempo.Vocês já fizeram muitas turnês na Alemanha. Existem coisas que vocês sempre fazem, quando estão na Alemanha?
Eu acho que agora nós conhecemos muitas cidades na Alemanha. Assim nós sabemos o que fazer. Em Colônia, por exemplo, sabemos as ruas e o que procurar. Em Berlim também. Eu realmente acho que a coisa mais particular da Alemanha são os shows. Sério. Os fãs e as pessoas na Alemanha – acho que por causa da forte cultura de festivais que vocês têm aqui – amam música. Eles amam todos os tipos de música. Eles gostam de participar e ser parte do show. Quando alguém diz “batam palmas”, as pessoas batem. Quando alguém diz “cantem”, elas cantam. Não é assim em todos os lugares. É estranho. Eu não sei por que não é assim em toda parte. Devia ser em qualquer lugar, não só na Alemanha. É por isso que amamos vir. Sabemos, quando subimos ao palco, que as pessoas vão se juntar a nós.Quem tem a tarefa mais difícil na banda?
Eu acho que seriam duas pessoas. Pierre e Chuck têm os trabalhos mais difíceis. Chuck porque ele está envolvido em tudo, até mesmo as menores coisas que afetam a banda. Não importa o que seja: uma gravação de vídeo, sessões de fotos ou decidir o que escrever no Twitter. Chuck sempre está envolvido. Então ele está sempre trabalhando. E Pierre simplesmente porque ele é o vocalista. Se você é um cantor e você canta por uma hora e meia, você não pode ficar doente e precisa dormir bem. Sendo assim, ele sempre cuida da voz. Ele está bem, mas ele precisa se cuidar. Ele bebe chá, não fala muito, não canta muito durante a passagem de som, não fala muito alto depois do show, vai dormir cedo. Um pouco chato. Então, de certa forma, ele também é quem tem o trabalho chato.Vocês ainda fazem bastante turnês este ano. O que vem depois disso? Mais turnês?
Sim, é basicamente isso. Nós esperamos viajar até o verão do próximo ano. Então ficar de folga por uns meses e voltar a compor. Faz quinze anos que fazemos desse jeito. Nós escrevemos, entramos em turnê, depois mais turnê. É por isso que estamos sempre prontos para a próxima etapa, no final. Depois de uma turnê, você pensa: “Eu preciso de uma pausa”. Depois de algumas semanas ou meses, você começa a ter ideias para canções. Então você começa a escrever. Quando você escreveu o suficiente, você mal pode esperar para começar a gravar. E com isso feito, você quer sair em turnê. Não dá para mudar isso. Esse é o plano.