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Pierre vai contra Billie Joe, do Green Day, sobre o pop-punk

Em entrevista ao site espanhol The Backstage Music Webzine, Pierre contou que ficou bastante tempo sem ouvir música durante o processo de criação do TOFTT e foi contra a opinião de Billie Joe, do Green Day, com relação ao termo “pop-punk”. Veja a tradução:

Vocês tiveram bons anos de descanso entre os álbuns de estúdio. Vocês se sentem revigorados de novo, com esse novo trabalho?
Apesar de parecer que faz muito tempo desde nosso último disco, na verdade não é tanto tempo. Só faz dois anos que lançamos um EP e começamos a trabalhar em músicas novas. Suponho que somos muito lentos para trabalhar nelas. Fizemos mais de 80 músicas para esse álbum e levamos quase dois anos para fazê-lo. Queríamos estar certos de que seria nosso melhor material até agora e, às vezes, isso requer mais tempo do que gostaríamos, até gostarmos dele. Somos perfeccionistas nesse sentido.

O que quiseram dizer com “Taking One For The Team”? De onde surgiu o nome do álbum?
Significa que você precisa se sacrificar pelo bem da equipe, deixar de lado seu ego, fazer o que for melhor para o grupo. Realmente descreve perfeitamente nossa banda. Estamos juntos há 17 anos e continuamos sendo os 5 mesmos integrantes. Isso requer muita comunicação e paciência, porque às vezes precisamos pensar em grupo.

Muitas bandas pop-punk, quando viram mais adultas, procuram outro tipo de fãs. Vocês, sem dúvida, mantêm a mesma base. Como vocês se enxergam dentro dessa cena? Ainda assim, é difícil ter esse fandom jovem?
Acho que o pop-punk mantém uma relação muito forte com os jovens, porque é como um estado de espírito, e você os coloca para escutar cada palavra. Não é um estilo que te coloca a fundo em um assunto, mas que significa muito mais para os que escutam. Eu gosto das duas coisas, mas prefiro um estilo em que eu possa falar das minhas emoções e que me faça sentir algo, e acho que nossa música passa isso.
É genial quando as pessoas dizem que o pop-punk vai desaparecer, enquanto tantas bandas novas continuam aparecendo. Existe muito energia nele, música melódica, pegadas com guitarras fortes, baixo e bateria. Nunca vai sair de moda. Estou orgulhoso de fazer parte dessa cena, depois de todos esses anos. Não me importa se os fãs são meninas, meninos, crianças ou avôs, contanto que alguém se importe e escute com paixão. Isso é o que importa.

Você falou que são uma banda há 17 anos, em um estilo que bandas costumam desaparecer muito rápido, mas vocês não. Como conseguiram?
É fácil continuar fazendo o que estamos fazemos. É parte do nosso DNA. No entanto, o diferente é que temos muitos fãs que se preocupam com a banda. Isso é realmente o que nos sustentou e permitiu seguir adiante. Seria muito mais difícil se ninguém viesse aos nossos shows, nem gostasse da nossa música.

“Taking One For The Team” é seu primeiro álbum com Howard Benson, um produtor bem metaleiro, em minha opinião. Como vocês o conheceram?
Nós o conhecemos quando estávamos prestes a fazer nosso álbum homônimo. Acabamos não trabalhando juntos nele, mas sempre mantivemos a ideia de fazer algo no futuro. Sempre procuramos um produtor que possa trazer algo especial para o nosso som, e Howard tem muita experiência ao fazer grandes discos.
Apesar de termos nos voltado para o lado pop do pop-punk, somos uma banda de rock na essência, e por isso era importante para nós encontrar um produtor que pudesse capturar a energia que temos como banda nos shows. Ele produziu um monte de discos que gostamos, como “Three Cheers For Sweet Revenge” do My Chemical Romance, do The All-American Rejects, o “The Reason” do Hoobastank, etc. Com uma história assim, sabíamos que ele poderia fazer um grande trabalho, e acho que o Howard tem uma ótima equipe e um ótimo estúdio ao lado dele, e acredito que fizemos um grande álbum.

A primeira música da nova era foi “Saturday”, mas não está no álbum.
Não estávamos certos de que a incluiríamos no álbum, porque era um sample de uma música antiga, “Saturday Night”. Mas a gravadora achou que era uma boa música para começar a nova etapa. E para dizer a verdade, não esperávamos aquela reação. Muita gente gostou, mas para muita gente pareceu um rock bobo. Nos sentimos estranhos e decidimos deixá-la fora do disco. Você ainda pode escutar e comprar, mas depois disso pareceu que não se encaixava muito bem com o que queríamos para o álbum novo.

Nisso, o primeiro single foi “I Don’t Wanna Go To Bed”. Por que a escolheram?
Eu senti que “I Dont Wanna Go To Bed” podia ser uma música de sucesso. Ela tem o que é necessário para ser um single. Precisa chamar atenção, e acho que conseguimos. Claro que é um som diferente para o Simple Plan, mas depois de pensar por meses sobre isso, achamos que ela teria o maior potencial para atrair boas reações. Ela é muito cativante e mostra que somos mais do que uma banda de um só estilo. E para nós é divertido fazer algo diferente.

Você acha que ela representa o resto do álbum?
É muito diferente do que o som do resto do álbum. “Taking One For The Team” é na verdade um álbum pesado e de rock. “I Don’t Wanna Go To Bed” é nossa música mais pop jamais feita. Suponho que queríamos confundir as pessoas (risos).

Eu ia dizer isso, porque “Boom” tem um som muito clássico.
Sim, queríamos fazer uma música com muita energia. Algo que fosse divertido de tocar em shows e chegasse a todos os cantos o lugar. É muito cativante e te convida a cantar depois do primeiro refrão. A inspiração vem de querer escrever algo para lembrar a uma pessoa de que você está apaixonado por ela e que você ainda sente borboletas no estômago, depois de tanto tempo.

O vídeo é muito legal, gosto que tenha tantos rostos conhecidos. New Found Glory, All Time Low, PVRIS, Silverstein, Pierce The Veil, etc. Estar em turnê com vocês deve ser muito divertido. Como juntaram todos?
A gravação do clipe foi impressionante. Fizemos durante a premiação da Alternative Press. Foi uma loucura todos poderem aparecer e fazer uma pausa entre seus shows, nós aproveitamos esses momentos. Alex do All Time Low foi muito legal, por sinal. Ele era o apresentador de gala da AP, e mesmo assim encontrou tempo suficiente para aparecer no vídeo, foi genial e muito espontâneo. As pessoas vinham, nós tocávamos a música uma vez e depois gravávamos com eles cantando.

Falamos antes sobre vocês terem ficado anos sem lançar um novo álbum. Eu gostaria de voltar a esse assunto e pergunta sobre o que mudou na cena durante esses cinco anos. Quais bandas você me recomendaria?
Sinceramente, não tenho certeza se mudou. Existem bandas que são incríveis, mas sinceramente acredito que PVRIS está a ponto de estourar ainda mais do que já estourou.  Gosto de Neck Deep e State Champs, mas não tenho certeza do todo, não escutei muita música ultimamente, com os preparativos do nosso álbum. O silêncio era muito relaxante naquela época (risas).

Faz umas semanas que o Billie Joe do Green Day twittou que queria acabar com o termo pop-punk para sempre. Mas o Simple Plan soa muito assim e parece que as pessoas continuam gostando do pop-punk. Vocês ficam incomodados de serem associados a esse movimento do mesmo jeito que o Billie fica?
Acho que não importa o nome que dão. Fazemos música e tocamos na frente das pessoas, importa como chama? Isso nunca me preocupou. Eu só chamo de pop-punk porque as pessoas chamam de pop-punk e é um jeito de entender do que estamos falando. É só música, chame do que quiser ou não chame. Eu gosto de músicas de rock acelerado e com guitarras oscilantes, baixo e bateria com rifes novos, músicas cativantes e letras com significado. Eu não me importo com essa mentalidade elitista, ela não é revigorante e eu não dou a mínima.

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