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Pierre fala sobre empurra-empurra entre a banda e produtores do TOFTT

O Simple Plan é capa da Stencil Magazine, uma revista do Reino Unido. Antes de embarcar em turnê, Pierre Bouvier bateu um papo com a revista e, em entrevista de seis páginas, ele comenta sobre as discussões, os problemas e o empurra-empurra de ideia entre a banda e a equipe de Howard Benson. Veja a tradução do bate-papo que está na página 126.

“Nesta entrevista você descobrirá como o título do quinto álbum, “Taking One For The Team”, é o jeito perfeito de descrever a atitude desses caras desde a formação do Simple Plan. Eles criaram cinco álbuns sem uma única mudança nos integrantes, e é evidente que o equilíbrio e a química entre eles são coisas em que muitas bandas não conseguem se igualar. Com uma base forte de fãs, que só continua crescendo em escala global, e um novo lançamento que novamente mostra o amadurecimento impressionante do som da banda, qual melhor hora para conversar com o Simple Plan? Além de tudo isso, eles estarão de volta ao Reino Unido em breve, então lembre-se de ficar de olho!”

Então, como vocês chegaram ao título do álbum, “Taking One For The Team”, e o que ele significa pra vocês?
É sempre muito difícil descrever tanto trabalho e tanto esforço em um título curto, assim como o que ele representa exatamente, o que significa ou que representa para nós, e isso é sempre a última coisa que fazemos quando criamos um disco. Eu acho que esse título se encaixa bem com a banda. Enquanto “Taking One For The Team” obviamente pode ser interpretado de um jeito cômico, para ser honesto, eu acho que para estar em uma banda você tem que “levar uma pelo time” pra caramba.
Seja por você estar em minoria em uma decisão que todos precisam tomar, ou se você não está afim de sair e fazer um show, mas existem outros quatro caras que estão lá e seus fãs, então basicamente você tem uma causa maior para apoiar, você tem que “levar uma pelo time”. Nós somos uma banda há quase 17 anos e eu acho que o motivo de ainda estarmos aqui, de ainda sermos fortes e de ainda termos uma boa base de fãs, é a atitude dos cinco caras da banda. Nós todos estamos preparados para “levar uma pelo time”, lutar pelo bem maior e essas coisas. É um ótimo jeito de descrever nossas atitudes com relação à banda.

Vocês têm os mesmos integrantes desde sua formação, o que nos dias de hoje é incrível. Então, qual é o segredo para ficarem juntos por tanto tempo?
Estar em uma banda é bastante comparável a estar casado ou em um relacionamento, exceto porque você faz isso com outras quatro pessoas e não tem sexo… Quando tem uma briga, você não tem o sexo de reconciliação, a menos que você esteja em uma banda homossexual, o que talvez fosse muito mais fácil ou difícil, não tenho certeza! O motivo de ainda estarmos aqui é termos sido capazes de enxergar a obra completa e, muitas vezes, de colocar nossos egos de lado. Muitas bandas às vezes metem os pés pelas mãos, mas, para nós, estar em uma banda significa que você precisa fazer sacrifícios e colocar, como eu disse, seu ego no fundo da prateleira. Alguns caras não estão preparados para fazer isso e algumas pessoas se sentem tipo “espere aí, eu tenho algo a dizer” e “eu sinto que esses caras estão me atrasando”, mas, no nosso caso, nós sempre vimos a banda como a parte mais forte de nós. Nós somos mais fortes como uma unidade e nós não vamos nos deixar acabar nisso e naqueles pensamentos de “hey, e se eu pudesse fazer o que eu quiser?”.
Sempre vai ter alguém para quem você precisa se reportar, seja uma gravadora ou sua base de fãs, mas nós conseguimos manter nossos olhos à frente e perceber o quanto somos sortudos de ter o que temos. Nós também somos muito bons em nos comunicar, já que coisas vão acontecendo e problemas vão existir, haverá momentos escorregadios em que vamos aborrecer uns aos outros na banda. Existe um jeito de lidar com isso, que seria se desligar, dar as costas uns para os outros e pedir por camarins separados ou hotéis separados e todo esse lixo, mas, para nós, nós preferimos nos encontrar e dizer “hey, qual é o problema?” e “vamos resolver isso”. Essa tem sido a filosofia da banda desde o início.
Desde os primórdios da banda, quando praticávamos no porão dos pais do Chuck, nós tínhamos brigas massivas, nós passávamos horas e horas discutindo, mas não esquecíamos até termos resolvido. Esse é meio que o nosso jeito de fazer as coisas pelos últimos dezessete anos e, por termos ficado tão bons em lidar com nossos problemas, agora na verdade existem menos deles. Todos nós temos a mesma visão de aonde queremos ir como uma banda, e isso torna tudo mais fácil.

Olhando desse jeito, qual foi a parte mais difícil de fazer esse álbum?
Na verdade, foi bastante fácil desta vez. A parte mais difícil de fazer esse álbum foi fazer com que nossas ideias fossem concluídas. Nós fomos até o Howard Benson para fazer esse álbum, já que ele era quem melhor se encaixava para o trabalho naquele momento. Enquanto fazíamos o álbum, discordamos muito e tivemos muitas expectativas que talvez não tenham se realizado tão facilmente quanto pensávamos que iriam. Nós tocamos juntos por muito tempo, e até mesmo individualmente por muito tempo, e nós somos bem realizados como compositores, produtores, e sabemos como completar um álbum e como levar uma ideia o mais longe que pudermos.
Então muitas vezes, fazendo o álbum com o Howard e a equipe dele, discordamos muito sobre onde estávamos indo ou quanto mais de trabalho era necessário, todos esses tipos de detalhes. E essa foi a parte difícil, chegar ao ponto de “certo, está terminado e nós chegamos aonde queríamos chegar”.
Nós tivemos que nos esforçar muito e tivemos que realmente contar com nós mesmos para fazer aquelas ideias fluírem e serem concluídas, para então ficarmos realmente satisfeitos dentro das nossas próprias cabeças. Muitas bandas vão para o estúdio e meio que tocam suas partes individualmente, não se importam com o todo, com como vai soar ou o que vai representar, e nossa banda é bem o oposto disso.
Todo mundo está super envolvido e se importa mais do que qualquer produtor já se importou com a gente, mais do que qualquer gravadora ou empresário. Nós somos quem está guiando essa tropa e nós somos quem têm as ideias e as visões do que queremos ter. Nós somos realmente sólidos, eu acho que isso foi meio que uma atitude nossa contra o produtor e os técnicos e tudo isso, tentando ter certeza de que nossa visão e nossa direção fosse feita na direção que queríamos que fosse.

Você mencionou trabalhar com Howard Benson, como isso aconteceu? Existe outro trabalho que ele produziu que fez vocês pensarem “é, eu gosto disso, isso soa bom para os próximos passos”?
Com certeza foi uma decisão difícil para nós. No mundo da música hoje em dia, você olha para o topo das paradas e olha para onde a música está indo e onde todo mundo parece estar. A produção está tomando um formato diferente, você olha para os Max Martins do mundo e você olha para os Dr Lukes e outros tipos de estilo de pop que você conhece, e as pessoas estão procurando produtores diferentes para músicas diferentes, e não é igual os álbuns eram feitos quando começamos, ou mesmo antes de começarmos, o que foi basicamente nossa inspiração.
Então, quando nós procuramos um produtor, nós precisamos encontrar alguém que vai empurrar a banda para algo que seja, talvez, além do limite, ou algo que seja um pouco mais atual, mas ao mesmo tempo nós realmente precisamos encontrar alguém que entenda o que é gravar uma banda, que possa fazer uma bateria soar bem, que possa fazer guitarras soarem bem e possa captar aquela energia que não seja apenas um som pop enlatado, que seja limpo.
Depois de procurar por muita gente e ver quem estava disponível e quem estava afim do desafio, Howard nos pareceu ser o melhor cara porque ele tem uma boa equipe, ele tem alguns programadores que estão fazendo coisas legais, mas ao mesmo tempo ele tem um ótimo estúdio, ele tem alguns engenheiros que gravaram ótimos tons e que produziram alguns álbuns ótimos.
O primeiro álbum do My Chemical Romance é um ótimo exemplo de um tipo de energia crua, não deixar tão limpo, e meio que seguir a vibe. Existem outros como o “Move Along” do The All-American Rejects, que foi um hit massivo e tem qualidades sonoras incríveis, que parecem simplesmente aquele tipo de mistura entre algo que poderia ser um grande hit pop, enquanto ao mesmo tempo tem a energia de uma banda de rock.
Nós fomos com ele e a experiência, eu não acho que foi exatamente o que esperávamos. Eu sinto que nesse álbum a banda realmente teve que dar um passo à frente e meio que forçar a nossa própria visão. Howard gosta de capturar a energia do momento e meio que seguir em frente enquanto estamos um pouco presos ao detalhe. Então, tinha um pouco de empurra-empurra e meio que um monte de discussões, mas no fim aquele tipo de energia e toda a discussão/tensão provavelmente acrescentou aquele tipo de abordagem crua ao álbum. Então acabou sendo muito bom.

Em “I Don’t Wanna Go To Bed” vocês trabalharam com Nelly, o que para alguns pode parecer uma opção estranha para o Simple Plan, então vocês podem nos falar como essa ideia surgiu?
A filosofia de cada álbum que fazemos é dar aos fãs duas coisas. Dar a eles o que eles querem e dar a eles o que nós gostamos, e eu gosto de música pop-punk e gosto da energia que ela me dá quando eu estou tocando nos shows. Gosto de enfiá-la nos meus ouvidos quando estou frustrado ou sei lá, e conseguir escapar quando escuto esse tipo de música, mas ao mesmo tempo nós também queremos surpreender as pessoas. Nós estamos tocando por um longo tempo e eu realmente não quero fazer a mesma música de novo e de novo. Eu quero sim fazer coisas parecidas de certa forma, mas por outro lado também quero me desafiar, surpreender as pessoas e ir atrás de algo que seja um pouco mais desafiador.
Alguém pode achar que isso não é a coisa mais inteligente a fazer porque talvez alguns fãs fiquem aborrecidos com o fato de estarmos fazendo algo que seja tão afastado do cerne de uma banda como nós, mas eu acho que esse é um risco que nós estamos dispostos a correr e isso mantém as coisas interessantes para nós. Se a música se dá bem, ótimo, e se os fãs reagem bem a ela isso é um bônus incrível. Se eles não reagem bem, sabe, é só música e, como eu disse, o álbum inteiro tem muito a oferecer para qualquer fã do Simple Plan que nos acompanha por bastante tempo.
O engraçado é que isso me leva ao motivo pelo qual a música surgiu. Quando nos reunimos para compor e nos sentamos em uma sala no meu quintal, eu tenho um estúdio nos fundos, ou vamos para a casa do Chuck, ele tem outro lugar lá, nós não sabemos necessariamente qual vai ser o resultado. Às vezes você se inspira com uma ideia e ela parece certa de um jeito e você não sabe realmente por que essa ideia seguiu naquela direção. Isso foi o que aconteceu com “I Don’t Wanna Go To Bed”, nós pensamos nesse refrão em poucos minutos e foi tipo “wow, esse é um som diferente e interessante para nós”, e nós meio que o deixamos de lado por um bom tempo. Nós gravamos uma demo rápida dela, e então não falamos mais sobre essa música por um mês e meio ou dois. Um dia nós estávamos em outra sessão de composição e voltamos para aquela ideia porque nós tocamos a demo para todo mundo e todo mundo ficou dizendo tipo, “cara, isso soa como um hit para mim, parece que tem potencial para ser uma música que vai fazer as pessoas falarem”. Então, por causa disso nós continuamos voltando nela, ela nunca foi jogada no lixo.
Depois de um tempo nós estávamos tipo “hey, por que essa música ainda é objeto de conversa, por que nós ainda estamos falando sobre essa música, por que nós ficamos voltando nela?”. E a partir dessas conversas, nós pensamos por que deveríamos nos impedir de lançar uma música só porque ela não soa exatamente como as pessoas esperariam, e de certa forma eu acho que essa é a atitude desafiadora que sempre tivemos. Nós só queremos fazer o que sentimos vontade de fazer e não nos importamos se isso vai deixar alguém chateado. Se nós temos uma intuição e sentimento que tipo “hey, isso é meio legal” por qualquer motivo, talvez estejamos errados, talvez estejamos certos, mas o tempo vai dizer, sabe? E se a música for um sucesso ou não, ou se os fãs gostarem ou não, tudo isso é só temporário. Você tem que seguir sua intuição quando faz algo como música, e é isso que estamos fazendo.

Vocês se sentaram e discutiram quem seria bom nessa música e então surgiu a ideia do Nelly ou foi uma coisa completamente diferente, tipo, talvez uma sugestão do produtor?
Na verdade, foi uma ideia puramente nossa, assim que a música foi tomando forma e nós meio que sentimos que, por soar tão diferente, deveríamos deixar que alguém cantasse esse verso e fazer uma coisa completamente diferente. Com Nelly, nós estávamos falando sobre possivelmente ter um rap ou um som diferente, porque quando você canta uma música inteira e daí alguém vem em outra parte e só continua cantando, fica um pouco redundante e chato.
Nós queríamos ter alguém que fosse um pouco mais do lado do rap ou do urban, que seria capaz de tirar a música do som que ela já tem, para que nós a pegássemos de volta e deixássemos com novos ares para o último refrão. Nós imediatamente pensamos em Nelly simplesmente por causa do som da voz dele e o tipo de coisas que ele fez no passado, ele é muito rítmico, mas ao mesmo tempo ele está cantando, ele canta harmonias e ele é muito melódico e não só cospe palavras, e isso foi importante para nós, porque nós crescemos nesse tipo de música como a do Nelly. Nelly era um grande hit quando nós começamos a aparecer como uma banda e ele ainda é um ícone. Então pensamos que seria legal, desafiador e diferente, e eu acho que a voz dele realmente encaixou na música. Nós só fomos em frente e falamos com ele, e os empresários dele ficaram muito animados com a ideia e amaram a música. O resto é história.

E como foi trabalhar com ele?
Ele foi muito legal, ele veio para o estúdio e escreveu as partes dele na hora, e ele queria ter certeza de que estávamos gostando do que ele estava fazendo. Ele ia para a cabine, surgia com as ideias, as escrevia e dizia “vocês gostaram disso?” e nós ficamos tipo “sim, é bom” e ele realmente nos deixou colaborar com ele.
Ele dizia “vocês querem algo mais rápido no final? Isso ou aquilo? A letra está ok?” e essas coisas. Ele ajudou muito e eu achei que foi realmente legal que ele não quis só aparecer e ser tipo “blah, aqui está, tô caindo fora”. Ele fez parecer que se importava com a música e queria que ele ficasse boa, e isso foi importante. Ele realmente saiu com uma boa vibe e é legal saber que um cara tão famoso ainda pode ser um cara legal e se importar com as outras pessoas.

Isso é incrível, o vídeo para ‘I Don’t Wanna Go To Bed’ é inspirado em S.O.S. Malibu, como aconteceu?
Porque a música é um pouco mais séria, por assim dizer, não tem o mesmo tipo de energia que nós normalmente temos, nós sentimos que nós precisávamos fazer um vídeo meio que cômico porque o Simple Plan surgir com uma música como essa é, de certa forma, um pouco engraçado. Nós queríamos levar essa ideia e fazer um vídeo que fosse claramente feito para ser divertido. E é, ele é feito para ser uma pouco uma piada.
Nós pensamos em alguns conceitos que poderiam conceber esse tipo de comédia que estávamos procurando, e nós somos bons em fazer piada de nós mesmos por pelo menos os últimos quinze anos. Então pensamos “hey, qual é, vamos nos colocar em mini uniformes de salva-vidas e nos fazer de idiotas na praia com algumas mulheres bonitas”.
Nós pensamos na ideia de fazer uma imitação de S.O.S. Malibu e por sorte, quando nós demos a ideia, não sei se você sabe disso, mas quando você faz esse tipo de coisa você precisa ter os direitos porque eles vão te processar por copiar S.O.S. Malibu. Então, nós tivemos que ir até as pessoas do S.O.S. Malibu e pedir para que elas nos deixassem usá-las, e eles foram de muita ajuda porque David Hasselhoff e o agente dele realmente gostaram da música, e eles estavam tipo “isso é legal, nós definitivamente queremos estar envolvidos”. Então eles nos ajudaram a conseguir os direitos e aí era nosso, nós tivemos o conceito de S.O.S. Malibu e o David Hasselhoff nele ajudou a fechar todo o ciclo. Acabou sendo muito bom. Para mim, isso melhora a música, faz com que seja ok uma banda como o Simple Plan fazer uma música que soa tão destoante.

Para o vídeo de “Boom”, vocês colocaram um monte de bandas juntas, como isso surgiu?
Nós tivemos sorte em estar na Warped Tour no último verão e tinha o Alternative Press Awards vindo, enquanto nós estávamos fazendo o vídeo para “Boom”, então nós pensamos “hey, essa é a oportunidade perfeita para fazermos isso”. Então muitas pessoas da cena, da cena pop-punk, e da cena da Warped Tour estavam lá ao mesmo tempo e nós pensamos “vamos usar essa oportunidade para pedir, porque no tempo em que estávamos na Warped Tour nós percebemos que muitas dessas bandas meio que eram nossas fãs quando elas estavam crescendo. Algumas delas não eram, mas todos eles meio que sabiam quem nós éramos e eles todos meio que nos respeitavam por estarmos por aí há tanto tempo.
Então pensamos “hey, já que todos eles gostam de sair com a gente e nós todos estamos nos tornarmos amigos, vamos ver se eles querem estar no vídeo”. Então nós só perguntamos a todos os que estavam interessados, a todas as pessoas que nós respeitamos, quem estaria interessado em estar no vídeo e, você sabe, uns 90% deles estavam tipo “é, eu passo lá e faço isso”, então nós fizemos essa pequena cabine de gravação e foi incrível. O que é legal para nossos fãs ou os fãs das outras bandas que são também nossos fãs, e todos meio que dessa cena, é simplesmente legal para eles verem. Tipo, quando eu estava crescendo, se eu visse todas as minhas bandas favoritas em um vídeo eu ficava animado, então essa foi a ideia por trás disso, fazer as pessoas ficarem animadas e falarem sobre o vídeo, e também para nós meio que termos um selo de aprovação de todas essas bandas que são de uma geração mais nova vindo depois de nós.

Vocês estão entrando em turnê e voltando para o Reino Unido, quão animados vocês estão para voltar para as nossas terras?
Super animados, nós tivemos ótimos shows aí e o que nós amamos sobre o Reino Unido é que, por um bom tempo nós não tivemos quase nenhum apoio do rádio e da TV, mas não importava o que acontecesse, sempre tivemos bons shows, nós lotamos o Astoria por duas noites.
Nós criamos uma boa relação com os fãs aí e em toda a área, então é bom voltar e reviver aquela amizade e aquela energia com nossos fãs que estão esperando por tanto tempo. O Reino Unido é um grande apoiador do rock e de bandas que têm muita energia, então nós agradecemos por isso e estamos super empolgados em voltar.

Então você disse que já lotaram o Astoria duas vezes, você pode nos contar alguns outros melhores momentos no Reino Unido ao longo dos anos?
Eu teria que falar sobre a comida indiana, vocês têm uma ótima comida indiana aí! Eu amo sair por aí, sempre tem aquela mesma rua de compras em todas as cidades, uma rua de pedestres em que você pode ir, com várias lojas, e comprar o que você precisa, só caminhar e comprar comida. É isso e o fato de os fãs serem, bem, nós viajamos pelo mundo e muitos lugares para que vamos o inglês não é a primeira língua da base de fãs, você sabe, então é divertido ir pro Reino Unido onde nós podemos nos comunicar com os fãs e realmente conhecê-los mais. Mas é, os melhores momentos eu diria que são a energia das multidões e a comida indiana! Eu vou em frente e vou dizer, é apenas ótimo!

Como vocês acabaram se envolvendo com a música do Scooby-Doo e como foi toda essa experiência para vocês como uma banda?
Na verdade, tudo começou porque quando nosso primeiro álbum estava saindo, eu acho que Scooby-Doo estava procurando por uma banda para tocar o tema para o desenho animado, “O Que Há De Novo, Scooby-Doo?”, o desenho mais novo. Naquele ponto, nossa banda estava na mídia, e nós tivemos uma oportunidade de gravar a música, então fizemos isso, e a partir daí, eu acho que as pessoas que cuidavam da marca Scooby-Doo realmente gostaram do som e pensaram que ela se encaixava com o estilo do desenho, e disso surgiram outras oportunidades.
Nós fizemos músicas em dois dos filmes e fizemos um clipe que foi inspirado no filme do Scooby-Doo, aquele que tinha a Máquina do Mistério, então nós fizemos um monte de coisas com o Scooby-Doo. O mais legal para mim foi fazer a dublagem para o desenho animado em qual eles fizeram um episódio chamado “Simple Plan e o Maluco Invisível”. É legal dizer que você foi transformado em desenho animado, especialmente um clássico como Scooby-Doo.
É ótimo e divertido porque, ainda hoje, quando eu encontro algumas pessoas que nunca ouviram minha banda, e nós saímos e às vezes eles têm crianças mais novas, eu fico tipo “você conhece aquela música do Scooby-Doo? Bem, aquele sou eu cantando” e eles ficam tipo “quê?!”. Eu sei que essa é a melhor coisa para meus vizinhos do outro lado da rua, eles não se importam realmente de eu ser o cara do Simple Plan, eles não se importam, mas eu sou o cara que canta a música do Scooby-Doo, isso é uma grande coisa pra eles, e isso é realmente interessante.

A Simple Plan Foundation parece uma ideia brilhante, para uma causa absolutamente incrível. Vocês ainda estão bastante envolvidos nisso ou esse é o trabalho de outras pessoas agora?
Não, nós continuamos insistindo nela todo ano, nós temos uma fundação que é puramente sem fins lucrativos, nós não temos empregados, nós não temos nada pelo que pagar. Os pais do Chuck, nosso baterista, são basicamente as pessoas principais no barco, que meio que nos ajudam com a gestão, e nós ainda doamos um dólar ou o equivalente de cada ingresso que nós vendemos na estrada para a fundação, e todo ano nós nos criamos um evento para a fundação, e até agora já juntamos e doamos mais de 1.7 milhões de dólares, então tem sido realmente ótimo, e isso é muito satisfatório.
Nós tivemos muitos eventos legais para a fundação, nós conhecemos um monte de gente legal e fizemos a diferença na vida de muitas pessoas, especialmente na região de Montreal, de onde a banda vem. Nós focamos nossa energia nisso, já que não temos dezenas e centenas e milhões de dólares para doar, nós gostamos de focar nisso, que é um pouco mais concreto e no que podemos realmente fazer a diferença. Nós já ajudamos a construir algumas salas de entretenimento em vários hospitais para crianças que estão doentes e isso faz com que os dias no hospital fiquem um pouco mais interessantes.
Eu sei disso porque meu irmão teve câncer e ele viveu em um hospital por um mês, e cada coisinha que você puder ter, seja WiFi ou videogames, ou algo que desligue sua mente do fato de que você está em uma situação ruim é bem-vinda, então nós fizemos isso. Ajudamos a construir algumas escolas em áreas diferentes na África pela organização War Child. Nós ajudamos várias coisas por aqui, como grupos jovens, e coisas a ver com ajudar adolescentes saírem do armário sobre homossexualidade ou vária outras coisas, como vícios.
Então fizemos um monte de coisas legais e projetos legais com pessoas nesses últimos sete ou oito anos, nós ainda fazemos e ainda continuamos fortes. Todo ano nós nos organizamos e geralmente arrecadamos e doamos aproximadamente entre 250 e 350 mil dólares por ano, então é bem incrível. É bom poder fazer algo e retribuir, depois de tudo de bom que foi dado a nós.

Tudo bem, última pergunta, o que mais nós podemos esperar do Simple Plan em 2016?
Muita turnê, nós estivemos meio que confinados e fazendo esse álbum por aproximados dois anos, e está na hora de sair e tocá-lo para o mundo. Nós estivemos fora da estrada por um bom tempo e vários fãs estão esperando por nós. Nós estamos empolgados para sair e tocar algumas das músicas novas e achamos que o novo álbum é excepcionalmente rock e tem especialmente grande energia, então nós estamos ansiosos para tocar todas essas músicas divertidas e fazer a multidão vibrar.
Nós vamos pegar a estrada e fazer a turnê europeia em fevereiro e março, e depois vamos ao Japão. Então nós vamos para a América do Norte e América do Sul, e ainda nós provavelmente faremos tudo isso de novo e voltaremos para a Europa de novo, com sorte para alguns festivais no verão. Nós estamos animados com os novos singles que vão vir e eu só não posso esperar para as pessoas escutarem o álbum. Eu acho que vai ser muito bem recebido, então estou animado.

Vocês têm algum festival no Reino Unido planejado, ou isso tudo fica sob os panos?
Nós não temos nenhum detalhe concreto sobre o qual eu possa falar agora, mas eu tenho certeza de que nós vamos para aí. Existem muitos festivais ótimos que nessa região, então com certeza. Vocês podem definitivamente esperar uma segunda turnê europeia, imagino que talvez no final de 2016 ou no começo de 2017, quando o álbum já tiver completado melhor um ciclo. Nós vamos nos divertir!
 

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