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Pierre diz que precisaram ficar bravos com fãs para escrever música boa

O Simple Plan já está em Madri, na Espanha, para o início da turnê de divulgação do novo álbum: Taking One For The Team, e Pierre Bouvier foi ao site Mariskal Rock para conversar sobre o esse novo trabalho, a demanda dos fãs, as divergências com eles e muito mais. Veja a entrevista abaixo e a tradução completa de tudo que eles falaram:

No começo da entrevista, Pierre entende quando o locutor lhe dá boas-vindas à Espanha, em Espanhol. “Eu falo francês e inglês, então espanhol é um pouco próximo para mim”, explica ele.

Ele diz que a Espanha é um bom lugar para começar a turnê, porque existem muitos fãs e a relação com eles é sempre muito boa. A primeira vez deles na Espanha foi em 2003, com o primeiro álbum. “Eu acho que a gente já veio pra cá quase quinze ventes. Madri é uma ótima cidade pro rock. Temos fãs fiéis nos seguindo há treze, catorze anos”. Um deles é o próprio locutor.

Sobre o show de Paris, Pierre conta que tocaram apenas “I Don’t Wanna Go To Bed” do novo álbum, porque ele ainda não tinha saído. “Foi em janeiro, e nós não queríamos dedurar muito o que estaria por vir no CD. Agora vamos tentar tocar o máximo possível de músicas novas, mas sabemos também que as pessoas querem ouvir as antigas. Serão 7 ou 8 do no novo álbum”.

Entre elas, ele diz que “I Refuse” é uma música muito especial para ele. “Estando em uma banda, tem muita gente querendo dizer o que você deveria fazer. Tem opinião demais por aí. Ou até mesmo na vida. Às vezes é difícil de se lembrar de é ok simplesmente ser você. Essa música representa isso”.

Para o apresentador, uma das coisas mais incríveis é que eles ainda são todos os integrantes da formação original. Pierre explica: “Começamos com quatro integrantes, em 1999, e eu tocava baixo, mas não era bom o suficiente. Trouxemos o David antes de lançar o primeiro álbum, então somos os mesmos cinco caras desde 2000”.

“E nunca brigam?”, pergunta o apresentador. “Oh sim, muitas brigas. Mas acho que somos como uma família, resolver as diferenças é importante para nós. O mais legal é que, quando começamos, a gente discutia demais, mas agora parece que a gente passou por tanta coisa juntos, a gente sabe que nada vai mudar. Agora que passamos por alto e baixos por dezessete anos, acho que nada pode separar a gente”.

Sobre o álbum, ele diz que “todo álbum que já fizemos representa o estilo de onde vieram, pop-punk, cheio de energia, mas também tem um outro lado. É importante para nós fazer um pouco de coisas fora do comum e cada um dos álbuns tem isso, um sabor diferente. Eu acho que é isso o que nos mantém vivos: fazer o que esperam de nós, mas também experimentar”.

Com relação a isso, ele comenta sobre o posicionamento dos fãs com relação ao Nelly. “Existem os dois tipos de fãs. Antes do álbum sair, muitos fãs estavam preocupados que estávamos mudando muito, que todo o álbum seria assim. Às vezes chateamos algumas pessoas, mas, depois de ouvirem o álbum, eu acho que eles entenderam que não. E isso é legal para nós, porque ficamos com medo de testar as coisas que chatearão os fãs, mas se fizermos só o que as pessoas querem, fica entediante. Você tem que se arriscar, às vezes é um bom risco”.

Sobre a pressão dos fãs, Pierre continua: “Teve uma reação meio brava, queriam mais pop-punk. Mas ouvir isso dos fãs fez a gente colocar um pouco mais. Mas às vezes algumas reações fizeram a gente perceber que algumas pessoas realmente sentem que são donas da banda, isso te machuca. Porque é ‘hey, eu quero fazer o que eu quero fazer’. Às vezes você quer mandar à merda, sabe? Não é sua decisão. Mas isso fez com que a gente escrevesse músicas que acabaram soando exatamente como eles queriam que soassem. É engraçado como a vida é irônica. O álbum ficou melhor, mas a gente precisou ficar bravo com uma coisa pra escrever uma música boa. A reação deles gerou essas músicas”.

Mas, ele acrescenta: “Eu queria ressaltar também que temos muitos fãs maravilhosos, que nos deixaram fazer o que queríamos. E, mesmo quando eu digo que algumas músicas foram inspiradas nessa frustração, não é como se a gente quisesse realmente mandar os fãs à merda. Mas essa emoção nos guiou. Existem fãs muito legais, estamos felizes de estar aqui por eles, mas eu acho que essa geração da internet, às vezes as pessoas dizem coisas muito rápidas, reagem rápido demais. E às vezes, só porque elas estão atrás do computador ou do celular, elas esquecem que certas coisas são rudes. E elas acham que não vemos, mas nos vemos e ficamos tipo ‘ouch, isso dói’. E, mesmo esses fãs, nós sabemos que eles amam a banda e que eles só querem amar a música, e não tem nada de errado nisso”.

Os apresentadores perguntaram também sobre a distância entre um álbum e outro. “O mais difícil para nós foi descobrir o que queríamos fazer. Quando você começa, tudo é novo, é aberto, você não fez nada. Agora a gente já disse tanta coisa e existe muita expectativa. Fica mais difícil de decidir. Não foi preguiça, trabalhamos mais duro do que nunca”.

Para escolher as músicas do álbum entre tantas que escreveram, Pierre diz que “tinham muitas que eram muito ruins, então não foi um problema. Ir de 85 para 25 foi fácil, eram músicas ruins que nunca verão a luz do dia. Mas daí pra 14 ficaram muitas músicas boas no caminho. No último álbum lançamos um EP antes de gravarmos, com 7 músicas. Algumas delas ainda podem ser lançadas, mas não cabiam ainda no álbum”.

Segundo Pierre, a banda tem um público diversificado. “Temos fãs que nos seguem desde os doze, catorze anos, e agora têm quase trinta ou mais de trinta. E temos fãs novos, que nos descobriram no último álbum ou hoje. Isso é legal em tocar shows, ver que temos dos dois tipos de fãs, mais novos e mais velhos”.

E eles também mudaram, porque agora são pais. “Quatro dos cinco caras da banda têm filhos, agora. Temos sete* crianças na banda. Minhas emoções pelo menos ficam muito mais profundas por ser um pai. É frustrante também ser um pai, tem tanta situação difícil com que você tem que lidar. Tudo isso me inspira e me faz querer trabalhar. Eu quero que minhas filhas me vejam no palco. Não quero ser um pai que diz que tinha uma banda. Quero que elas achem que o papai é legal”.

Sobre os filhos dos fãs, ele diz que “se eles têm filhos, são filhos ainda muito pequenos. Mas eu acho que vai acontecer, um dia, de levarem os filhos para verem os shows. O que a gente viu e ainda vê muito são crianças de doze, catorze anos que escutam a gente em casa o tempo todo, os pais viram fãs. Várias vezes vemos os fãs com os pais, eles nos dizem que amam a banda e os pais dizem que amam também. Se ainda tocarmos daqui a dez anos, talvez a próxima geração também possa gostar da gente. Seria legal. É bom ver que nossa música toca tantas gerações”.

Pierre falou ainda sobre o que acha de Blink-182 estar novamente no estúdio. “Eu acho empolgante. Claro que uma parte de mim está triste por não ser a formação original, mas acho que seria triste se eles não fizessem mais música”.

Ele disse também que chegaram a Madri um dia antes porque “estamos nos preparando e tem sempre aquela dificuldade de mudar de fuso-horário. Hoje devia ser um dia livre, mas me pediram para vir falar com vocês, aí eu disse ok”, brinca ele. “Mas estávamos no Canadá divulgando o CD, e eu só queria chegar mais cedo e me preparar. Vai ser uma turnê grande e eu quero estar pronto para o show”.

Por último, Pierre fala sobre a parceria com Jordan Pundik. “O legal é que ele é da Flórida e eu do Canadá, mas agora moramos perto, os dois em San Diego. Eu estava em casa, liguei para ele, ele foi até minha casa, gravamos no meu estúdio do quintal. Foi bem relaxante, estávamos os dois em casa, ele veio, tomamos uma taça de vinho, gravamos. Ele fez um ótimo trabalho, eu sempre gostei da banda dele, amo a voz dele. Foi ótimo tê-lo no álbum”.

E, falando em vinho, ele termina contando que pediu um vinho espanhol em um restaurante de lá, para experimentar.

*Nota da equipe: Sete, Pierre? Será que algum dos membros da banda está encomendando mais um bebê?!

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