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Percebemos que não há nada de errado em ter uma marca, diz Chuck

Jeff e Chuck conversaram com o fã-site Simple Plan Spain. No vídeo, eles falam sobre a transição entre “I Don’t Wanna Go To Bed” e “Opinion Overload”, sobre o poder da música, o relacionamento de amor e ódio com a imprensa e mais. Assista ao vídeo e confira a tradução.

Depois de escutar o novo álbum, percebemos que ele soa como os primeiros álbuns do Simple Plan, apesar de terem colocado mais estilos. Era a intenção, ou aconteceu durante o processo?
Chuck: Acho que uma mistura dos dois. A grande meta nesse álbum foi tentar descobrir como o Simple Plan deveria soar em 2016. Estamos aí há muito tempo, é nosso quinto álbum. Nós sempre tentamos coisas diferentes neles, nunca tivemos medo de nos arriscar e tentar algo diferente. Mas ao mesmo tempo ainda amamos nosso som antigo, que as pessoas chamam de antigo. Foi com ele que nos lançamos em 2002 com o No Pads, e isso ainda é parte do que somos, está no nosso DNA, foi assim que crescemos, é o tipo de música que amávamos quando éramos crianças e eu ainda amo. Muitas bandas não fazem mais esse estilo de música. Para nós, começamos a escrever o álbum e percebemos que estava faltando o som clássico do Simple Plan. De certa forma, como uma banda, você pensa que talvez você já tenha feito isso, mas o que descobrimos com esse álbum é que não tem nada de errado em ter um som que seja sua marca. Na verdade, isso é uma coisa boa e você não deveria ter medo de abraçá-la. Eu acho que os fãs gostaram do que fizemos, eles amam o fato de que esse álbum soa um pouco como o som que eles cresceram ouvindo. E nós amamos também. Nós adoramos como as músicas são rápidas e jogam coisas na sua cara, e eu acho que até agora os fãs gostam também.
Jeff: O jeito que eu vejo isso é que essa banda fala muitas línguas diferentes. Ela fala pop, rock e também pop-punk, e essa é provavelmente a nossa língua mãe. E é claro que quando voltamos em dezembro para gravar algumas músicas e terminar o álbum, pareceu tão natural. Pareceu fácil, e as palavras certas apareciam, as expressões certas. Foi bom, e eu estou feliz que os fã amem tanto. Eu acho que esse álbum é um bom equilíbrio entre aquele som antigo, que costumávamos fazer, e cruzar os limites. Porque isso é importante para uma banda, tentar coisas novas e trazer sua banda para o presente e para o futuro. É um álbum bem equilibrado nesse sentido.

Chuck disse no Instagram que o TOFTT não foi fácil de fazer. Quais dificuldades encontraram enquanto faziam esse álbum?
C: Acho que é exatamente o que estávamos dizendo. Acho que estávamos tentando descobrir o que deveríamos fazer, que tipo de música queríamos escrever, que tipo de direção queríamos tomar. E, depois de decidir isso, sentar e escrever as músicas que você tinha em mente. É muito fácil dizer “vamos escrever a música de estilo antigo pop-punk mais incrível”, mas sentar e escrever algo que soe novo, empolgante, que não soe como algo que fizemos dez anos atrás, é difícil de fazer. Eu acho que queríamos nos certificar de encontrar nossa direção e de compor músicas boas. Para nós, infelizmente de certa forma, mas é assim que funciona, escrever músicas que amamos e que sentimos que são boas não acontece em cinco minutos. Precisamos escrever muitas músicas para poder escolher. Quando escrevemos uma música, continuamos trabalhando nela, continuamos lapidando o tempo todo, e isso leva tempo. No estúdio, queremos ter certeza de que tudo soe especial, se temos bons tons, se tocamos bem. E isso leva tempo. Então foi desafiador fazer tudo isso, foi desafiador ter levado tanto tempo, foi um pouco frustrante, mas finalmente saiu. Eu não me arrependendo de ter levado todo esse tempo, porque no fim temos algo do que nos orgulhamos muito.

Depois de tanto tempo, esperavam uma reação tão boa tanto dos fãs quanto da imprensa?
J: Você espera o melhor quando está em estúdio, e, se tem uma coisa que essa banda é, é perfeccionista. Nós não queremos decepcionar nossos fãs. Demos o nosso melhor para não fazer isso e demos o nosso melhor para lançar o melhor álbum possível. Mas até você entregá-lo para o mundo, você não sabe qual vai ser a reação. E nós nos sentimos bem, nós ficamos orgulhosos e felizes, mas de jeito nenhum esperávamos que os fãs reagissem tão fortemente, e a imprensa tem sido muito boa também. Nossa banda tem levado um relacionamento de amor e ódio com a imprensa, durante os anos. Quando começamos, nosso primeiro álbum foi criticado por algumas coisas. Ao longo dos anos, tivemos críticas muito boas, algumas não tão boas. Mas desta vez eu acho que as pessoas entenderam o que estamos tentando fazer, a crítica gostou desse equilíbrio que fizemos. Como o Chuck disse, essas músicas que meio que relacionamos com os primeiros álbuns, elas não soam como cópias do primeiro álbum, soam como se pegassem a essência e ao mesmo tempo brilham no presente. Então eu acho que gostamos disso e os fãs também.

Por que escolheram “I Don’t Wanna Go To Bed” como primeiro single, quando ela é a música mais diferente de todo o álbum? A reação dos fãs preocupava vocês?
C: Pensamos que seria legal tentar algo novo, algo diferente. Tínhamos essa música que não se encaixava exatamente no som tradicional do Simple Plan, soava muito diferente, e com certeza tivemos um pouco de medo. “Devemos lançar mesmo isso? Soa como nós? Eu não sei”, mas ao que continuamos com o processo de escrita, voltamos para essa música. Achamos muito contagiante, tinha algo diferente, mas ao mesmo tempo era legal, ficamos voltando nela. E acabamos decidindo dar uma chance, tentar algo novo e diferente e ver o que acontecia. Alguns fãs não gostaram, alguns fãs gostaram. Foi uma música que polarizou muito, o que às vezes é muito bom, é um bom sinal, porque ela divide muito as opiniões. É bem melhor ter uma música que as pessoas se importem ou odeiam do que uma música com a qual ninguém se importa, da qual ninguém fala. Pensamos em dar uma chance, mas sabíamos que o álbum era muito diferente dessa música. Quando ele saísse, muitos fãs que não estavam felizes com essa música e essa direção pensariam “ok, é só uma música e a essência da banda não mudou. Simple Plan ainda é Simple Plan, ainda faz o que faziam e não fizeram 12 músicas de um álbum pop”. Que não é o que queríamos fazer, nem o que tínhamos em mente.

“Opinion Overload” é seu segundo single e o vídeo nos lembrou do passado com “I’d Do Anything”. Era a direção que queriam tomar?
J: Acho que é mais uma pergunta pro Chuck, mas tem essa sensação de que somos nós, é o que fazemos de melhor. Essa banda realmente vive e faz sentido quando você nos vê ao vivo. Eu acho que é isso, é uma boa apresentação da banda, em um lugar pequeno, com fãs de Montreal, nossa cidade natal. Foi ótimo ver rostos conhecidos indo para a gravação, assim como ver gente nova. Parece com “I’d Do Anything”, mas pega a essência dele e faz parecer mais moderno.
C: Eu acho que a ideia foi ter vindo depois de “I Don’t Wanna Go To Bed” e aquele vídeo foi muito mais elaborado. Foi conceitual, engraçado e não nos levando muito a sério. A ideia foi regredir disso e voltar para o básico, para o que faz dessa banda o que ela é. Que é o que o Jeff estava dizendo: tocar ao vivo, a energia, subir no palco e suar, dar tudo o que temos. Queríamos ter isso em vídeo e lembrar as pessoas que é daí que viemos e que ainda somos assim. Por isso quisemos fazer um vídeo de volta ao básico, e eu acho que ficou ótimo. Você sente a banda e a música. Eu acho que é uma das minhas preferidas e ficou incrível.

Como vocês se sentem sabendo que alguns dos seus fãs te seguem há tanto tempo? Como se sentem ao saber que, de certa forma, vocês mudaram as vidas das pessoas?
J: Às vezes é fácil esquecer o poder da música quando você é um músico. Mas eu estava tentando me lembrar de quando eu era adolescente e todos aqueles álbuns que mudaram minha vida foram lançados. Claro que era uma época diferente, com Pearl Jam e Nirvana, Alice in Chains, mas Chuck me apresentou a Face To Face, depois Strung Out e até Green Day. Eu não gostava deles antes, mas eu acabei curtindo mais tarde, no começo dos anos 2000. E eu me lembro de ir para os shows, ficar impressionado. Tem algo muito forte nessa experiência ao vivo, dividir seu amor pela banda e pela música com outras pessoas que também amam aquela banda. É como se você dissesse que compartilha parte daquela identidade, isso é uma coisa muito forte e eu entendo por que as pessoas criam laços durante os shows. Caras conhecem garotas, eles começam a namorar. Amizades começam, e isso é ótimo. Então é legal se lembrar disso, às vezes, como você disse. É ótimo, e vemos isso o tempo todo. Eu tento voltar àquela era, o primeiro show que eu vi me fez querer tocar guitarra e estar em uma banda. E isso é muito poderoso, então eu espero que as pessoas continuem dividindo isso nos shows, na internet e tudo. Porque não tem nada comparável a isso, você tem que experimentar para saber.
C: Eu acho incrível que os fãs estejam com a gente há tanto tempo. Eu acho que é uma prova de como é especial a relação que temos com os nossos fãs. Tem gente que é nosso fã há quinze anos, gostaram do primeiro álbum e estão aqui até hoje. Isso é ótimo, e é provavelmente o melhor elogio que você pode dar a uma banda: segui-la e se manter fã, gostar da música depois de tantos anos. É a melhor coisa que você pode ouvir como banda, as pessoas chegarem e dizerem: “vocês foram a minha infância, eu ainda tô aqui e ainda amo vocês. Quando ouço sua música, ela me traz tantas lembranças boas, e as músicas novas me fazem sentir como se eu fosse um adolescente de novo”. Para mim, isso é muito especial e significa muito. Eu sou agradecido que, por causa dos fãs, porque eles ainda estão aqui, nós ainda possamos fazer o que amamos. Quando você começa, você espera que seu primeiro álbum seja um grande sucesso. Ficamos felizes por isso.

Querem mandar uma mensagem para seus fãs espanhóis?
C: Claro, quero dizer obrigado a todos os fãs que estão com a gente por tanto tempo. Eu acho que é muito especial para nós que vocês sejam tão leais, tão incríveis e tão pacientes, porque levou muito tempo para fazer esse álbum. Então eu queria dizer muito obrigado por todo o apoio, por virem aos shows, por esperarem lá fora, por vestirem nossas camisetas, por se importarem com o que fazemos, com essa banda, e eu espero ver vocês nos shows.
J: Obrigado por serem uma ótima comunidade, obrigado, meninas, por apoiarem a comunidade. Eu amo paella, amo música espanhola, estou muito feliz de estar aqui. Muito obrigado, nos vemos nos shows.

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