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Pearl Jam foi a inspiração para Jeff estar no Simple Plan

Recentemente a Alternative Press liberou em seu canal do Youtube o vídeo do novo episódio do Six String Stories com a participação de Jeff Stinco, onde ele contou um pouco sobre a sua história com a guitarra: quando começou a tocar – como era a sua primeira guitarra, qual foi o primeiro riff que aprendeu, de onde realmente apareceu a vontade de querer tocar, quem foi a sua maior inspiração para querer entrar em uma banda e muito mais. Assista no player abaixo e confira tradução feita pela nossa equipe:

Oi, tudo bem? Eu sou o Jeff, da banda Simple Plan, e essa é a minha Six String Story.

Eu comecei a tocar guitarra depois de ter tocado piano por muitos anos, mesmo sem gostar. Eu tinha uma professora que batia na minha mão com uma régua e gritava comigo enquanto eu estava tocando… era horrível. Eu vi um monte de clipes de bandas legais na televisão, e eu disse pra minha mãe: “eu quero muito uma guitarra como meu presente de 12 anos”. E ela é a melhor mãe do mundo, então, como meu aniversário é em agosto, ela me deu uma guitarra no final do ano escolar (em Junho) – eu tirei boas notas, então ela estava feliz, e, para me parabenizar, ela me deu uma guitarra vermelha muito legal. Ela era meio pontuda, o que não era necessariamente o que eu queria, mas ao mesmo tempo é provavelmente a guitarra que eu mais toquei na minha vida.

Eu pratiquei muito naquele verão. Eu aprendi os acordes normais, só ouvindo um monte de música… eu tinha vários vizinhos e eles todos tocavam guitarra. Tinham caras mais velhos, que tocavam músicas dos Beatles, e eu pegava dicas com eles. Também pegava umas dicas com os metaleiros, que ficavam no fim da minha rua. Eu ouvia tudo que eu conseguisse ouvir.

O primeiro riff que eu aprendi foi da música One do Metallica. Um dos meus vizinhos sabia tocar guitarra muito bem e ele tinha um monte de vinis e CDs. Ele me mostrou uma capa de uma banda que os integrantes estavam usando chapéus de cowboy e casacos estranhos e eu achei que era uma banda country. Aí ele colocou a primeira música para tocar, a que ele achava que era a mais legal do álbum, e era One, do Metallica. E aí eu pude aprender o riff, ele me mostrou como tocar e eu basicamente copiei o que ele estava fazendo… foi horrível, mas era um riff acessível para mim, um que eu conseguia tocar. Eventualmente, evoluí para Smells Like Teen Spirit e aprendi vários acordes poderosos com algumas músicas do Green Day.

A vontade de tocar guitarra apareceu depois de ver o [Jimi] Hendrix queimar uma guitarra. Eu achei que aquilo era a coisa mais legal e o gesto mais poderoso de todos… E eu, na verdade, sou péssimo em destruir instrumentos musicais. Eu já tentei acabar com uma guitarra e, por algum motivo, não quebrava de jeito nenhum! O mais perto que eu já cheguei de destruir foi um violão… A gente recentemente gravou um clipe para Singing in the Rain e eu destruí um violão, mas… É mais difícil do que parece! Eu não tenho a personalidade que leva a queimar ou quebrar coisas, então é legal olhar outras pessoas fazendo. Eu lembro de quando vi o The Who fazer, achei que foi o máximo… E o Hendrix, sério, ele é incrível. E eu nem me lembro que música ele estava tocando quando eu vi ele queimar a guitarra pela primeira vez. Pelo que eu me lembro, a guitarra era vermelha, e foi por isso que eu pedi uma guitarra vermelha para a minha mãe. Eu achei que aquilo era muito poderoso… é algo muito interessante.

Mas o que me fez querer fazer parte de uma banda foi assistir aos vídeos do Pearl Jam. Quando eu vi o Eddie Vedder pendurado na parede, pulando na platéia, e surfando na multidão… eu achei que aquilo era a coisa mais legal do mundo. Então, para mim, não era só sobre tocar guitarra, era sobre estar em uma banda. Isso que me deixava muito interessado… eu queria escrever músicas e o instrumento me fascinava, eu era muito interessado.

O que eu procuro em uma guitarra é: eu preciso de algo que fique afinado, que não seja muito pesada, porque a gente pula muito, e que fique equilibrada também, sabe? E eu estou procurando por algo afiado… eu quero que o som seja limpo e bom. Eu mudo muito entre tons “limpos” e “sujos”, e eu também quero um pouco de raiva no som… Tem que ser bem definido, precisa aparecer. O Sebastien, o outro guitarrista da nossa banda, faz um som muito grande e cheio e aí, se eu quiser competir com ele, não no mal sentido, mas, se eu quiser caber na música, eu preciso de uma guitarra que tenha um som bem definido, que consiga aparecer, mesmo com o som que ele faz. A guitarra também precisa “cantar”, precisa conseguir se sustentar, mas também precisa ser notada.

A Enrie Ball me mandou essa guitarra recentemente e é uma guitarra offset muito legal. Eu sou fã de guitarras novas e eu sempre gostei das pessoas que tocavam as guitarras do tipo jazzmasters, mustang e todas as guitarras offset que eram estranhas na época… E essa meio que me lembrou disso. Eu fiz algumas modificações, agora ela está mais simples, tem menos botões, eu coloquei os meus pick-ups, os pick-ups que eu coloco em todas as minhas guitarras, e ela tem aquelas qualidades que eu disse antes. Ela é super afinada, o braço é muito confortável, as escalas têm o comprimento que eu gosto, ela “canta”, é afiada e meio que tem a sua própria voz, o que é legal. Estou muito feliz de ter essa guitarra e tenho tocado bastante.

Meu estilo é uma mistura de um monte de coisa. Eu vim de um mundo do metal, onde a velocidade é importante, você precisa saber as escalas… então tem muito disso no meu estilo, mas, com o passar dos anos, comecei a usar um jeito híbrido de tocar. É uma mistura de dedos e pegadas, o que possibilita que eu toque mais de uma nota ao mesmo tempo. Isso é uma coisa que não é típica do som pop-punk que geralmente escutamos. Então, meu estilo é uma mistura de tudo que eu peguei como referência, como o The Edge (U2), o Billie Joe (Green Day) e os The BluesBerries. Também tem muito shred no meu jeito de tocar, principalmente em shows, mas também nos solos de algumas músicas, como em Promise, do nosso segundo CD… tem umas coisas bem doidas ali. Para mim, é uma mistura de todas essas influências. Meu estilo precisa ser intenso e precisa ser rápido, mas, ao mesmo tempo, eu gosto da beleza dos sons mais limpos e das pontes que fazemos nas músicas. É uma mistura de tudo isso, os arpejos legais do The Police e do U2, com um som mais agressivo que seria tipicamente associado com o Green Day e Blink-182.

Eu diria para tentar pegar as coisas de ouvido, para evitar cifras. As cifras meio que fazem as pessoas esquecerem que é preciso ouvir, então eu acho que é importante desenvolver o seu ouvido. Minha dica seria tocar junto com as músicas, acho que isso é muito importante, e quanto mais rápido você começar a escrever suas próprias músicas, mais rápido você vai entender as mecânicas… existe uma lógica no fato de tocar, escrever e apresentar músicas. Então, quanto mais você escrever, quanto mais você ouvir músicas, mais você vai conseguir saber os sons que você prefere e aí uma hora você vai achar a sua própria voz… E eu acho que isso é importante. Acho importante os músicos lembrarem que o objetivo de tocar música é se expressar, então, se você só tocar cifras, você basicamente está tocando matemática, seguindo números no papel. É uma ferramenta, pode ser usada, mas eu acho que desenvolver seu próprio som é importante também… qualquer coisa que venha de ouvir os álbuns que você ama, meio que focando exatamente no que você ama nessas músicas, tentando fazer virar algo seu, e aí, depois, partindo para outros álbuns e meio que construindo o seu som com essas ferramentas, um pouquinho de cada coisa que você ama.

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