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O melhor artista é o que duvida disso, diz Pierre à CJAD 800

Antes do lançamento do “Taking One For The Team”, Pierre e Jeff deram uma entrevista para Andrew Carter, da rádio CJAD 800 AM, em Toronto. Entre outros assuntos, eles falam sobre duvidarem deles mesmos, sobre o motivo do sucesso do “Still Not Getting Any…” e falta de confiança. Veja a tradução na íntegra!

Vocês devem estar muito satisfeitos.

Jeff: É um momento empolgante. Faz cinco anos desde que lançamento música nova, então estamos um pouco cansados de tocar as músicas antigas ao vivo. É hora de mudar um pouco.

Em qual direção vocês querem levar esse álbum? Quando vocês estão compondo, vocês pensam quem têm os hits certos?

Pierre: Nós sempre tentamos. Eu quero criar coisas que sejam empolgantes para as pessoas ouvirem, nós ouvirmos. Eu sempre fui fã de músicas pops e envolventes. Quando eu escuto um álbum, minhas músicas preferidas sempre se tornaram singles. Principalmente nos materiais antigos. Eu amo o Tom Petty, eu ainda ano os grandes hits dele. Mas, com esse álbum, nós queríamos reafirmar que ainda amamos tocar o estilo que começamos fazendo, o que as pessoas chamam de pop-punk. O álbum é bem pesado, cheio de energia. É o nosso álbum mais rock e, ao mesmo tempo, temos a música mais pop que já escrevemos, “I Don’t Wanna Go To Bed”. É uma mistura boa disso, mas eu diria que, mais que tudo, é um bom álbum de rock.

Vocês começam uma turnê agora, certo?

Jeff: Vamos para a Europa. A coisa toda é que fazemos turnês para viver. Fazer um álbum é quase uma desculpa para voltar para a estrada, então gravamos músicas que vão soar bem ao vivo. Você pensa no seu show, você pensa no que tá faltando nele. Você precisa de uma música para as pessoas pularem. Você precisa de uma introdução pro show, então escrevemos a introdução que precisávamos para esse show. Escrevemos a música que, com sorte, gostaríamos de ouvir no rádio. Então, como o Pierre estava dizendo, há expectativa sobre o Simple Plan. As pessoas esperam que tenhamos guitarras pesadas, rápidas, bateria. Mas, ao mesmo tempo, desde 2008, tentamos muitas coisas. Tem uma música chamada “Summer Paradise”, que foi a maior da nossa carreira e soava muito diferente. Então agora é um álbum que engloba tudo.

Vocês sentem que têm o mesmo nível de confiança agora do que quando eram jovens inocentes? Agora vocês são músicos melhores, conhecem os negócios. Vocês perdem a confiança?

Jeff: Em 2002, gravamos as 11 músicas que tínhamos. Não tínhamos nada mais do que isso, era aquilo, entende? Agora escolhemos entre 50, 60 músicas. Isso é falta de confiança? Eu não sei.

Não, eu só me pergunto se é assim que a vida funciona. Quanto mais você trabalha, mais você sabe. E quanto mais você sabe, mais você pensa duas vezes.

Pierre: Eu diria que com certeza. No segundo álbum, principalmente, era uma época em que a gente sabia exatamente o que devia fazer. Tínhamos todas as respostas e não precisávamos perguntar a ninguém sobre qual direção devíamos tomar. E o álbum fez muito sucesso porque tínhamos essa confiança no som. Agora eu acho que existem muitas coisas. Nossa banda está ficando mais velha, a indústria da música está mudando, tem muito mais coisa acontecendo, todos estão quebrando barreiras por todos os lados. É definitivamente difícil, que é porque passamos dois anos fazendo um álbum, nos certificando de que acreditamos em cada nota que escrevemos. Mas ignorância é felicidade, seria ótimo não se importar, tá aqui e acabou.

O motivo pelo que perguntei é porque tentei escrever um livro, uma vez. Eu gostava, e aí eu peguei um clássico e percebi que o que eu tinha escrito era muito ruim. Eu me pergunto se, quando vocês ouvem uma música clássica, muito bem estruturada, você ficam “ah meu Deus”.

Jeff: Eu me pergunto se a primeira música que o Tom Petty escreveu era boa. Você precisa quebrar o gelo, em algum momento. Pierre, você escreve muito, então…

Pierre: Eu acho que os melhores artistas por aí são os que sempre odeiam o que fazem e sempre se questionam. É assim que você melhora. Eu sou o meu pior crítico. Eu olho minhas coisas, as coisas da banda, e eu fico “hey, nunca é tão bom quanto eu esperava que ficasse”, e é por isso que continuo fazendo. Se você ficar tipo “hey, consegui, eu escrevi a melhor música do mundo!”, o que aconteceria é que você pararia. É por isso que sempre estamos atrás de uma música melhor.

Quem escreveu “Opinion Overload”?

Pierre: Fomos eu e o Chuck. É uma música sobre estar em uma banda, uma música sobre meio que ultrapassar as chances. Nesse meio, estamos expostos a muitas críticas. Muitos fãs nos acompanham há muitos anos e, quando eles te acompanham por muitos anos, eles sentem que são donos da banda. Ficam tipo “vocês deviam estar fazendo assim” e é tipo… Me deixa em paz? Eu tô fazendo meu trabalho.

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