Jeff Stinco abriu as portas da sua casa para a equipe do Journal de Montreal recentemente, e enquanto preparava algum prato delicioso em sua cozinha, o guitarrista cedeu uma entrevista contando as suas experiências culinárias: qual foi a mais engraçada, a que sente mais orgulho de ter feito, a pior e a melhor da vida inteira.

Stinco também mencionou que sua filha mais velha (Maya) adora cozinhar e juntos, eles fazem comidas muito boas. Além disso, contou alguns pequenos detalhes como: seu restaurante favorito, receita favorita, vinho favorito e muito mais!

Confira em nossa galeria as fotos, e abaixo a tradução feita pela nossa equipe:

Conta pra gente o seu item favorito na cozinha e o porquê dessa escolha.

Eu poderia mostrar muita coisa porque eu sou bem equipado, porque eu cozinho muito e eu também sei que pra fazer sucesso, você tem que ter o equipamento certo. Aqui está uma luva que um fã me deu. É uma jovem coreana que veio para ver o nosso concerto no Japão e ela trouxe um presente para cada um dos membros do grupo. Ela sabia que eu adorava cozinhar.

Você tem outros acessórios que tornam sua vida mais fácil na cozinha?

O Vitamix, um grande processador de alimentos. Minha namorada usa ele o tempo todo. Tem também a minha máquina de café que eu ganhei de aniversário. Impossível ficar sem isso.

Precisamente, você tem alguns pequenos rituais juntos na cozinha?

Nós amamos cozinhar, então cada um de nós tem seu faqueiro, nossos objetos queridos… Cozinhar com quatro mãos é agradável. Quando minhas filhas se envolvem, também acaba se tornando uma grande atividade de grupo.

Para você, uma refeição e uma noite perfeita englobam o que?

Desde que eu amo a ação na cozinha, eu gosto de envolver meus convidados nas realizações culinárias da refeição. Eles ficam às vezes um pouco surpresos que eu peço a eles fazer as coisas, mas logo o bom humor estabelece-se e relaxamento é sábio. Tudo é feito de forma descontraída, com humor, sem estresse, alegria e um bom copo de vinho. Passe uma noite agradável, é o mais importante.

Dê-nos uma ideia do que você faria com seus convidados?

Antes, eu tinha a tendência de fazer coisas simples, como moluscos com um molho asiático, um grande peixe grelhado. Agora eu admito que gosto de improvisar e fazer coisas mais ousadas. Eu uso técnicas mais elaboradas, como cozinhar a vácuo para preparações de baixa temperatura. Eu costumo cozinhar com minha filha Maya, ela adora cozinhar. Ela tem um senso crítico de precisão, então nós dois gostamos de fazer boa comida.

Conte-nos uma realização culinária de que você sente orgulho.

Eu adoro fazer massas recheadas. Ultimamente, eu fui ter aulas de culinária com Helena Faita, com seu curso de massa italiana. Ela nos mostrou como fazer pratos simples e deliciosos que eu não conhecia, como queijo tuna, queijo feito com leite de ovelha. Hoje, eu amo fazer massas para os meus convidados, graças a ela.

Conta pra gente que você também já serviu um prato ruim…

Uau, sim! Uma vez eu convidei algumas pessoas para comer uma carne assada, mas estava borrachuda que nem uma sola de bota. Meus amigos disseram: “Humm, isso é bom!” Em suma, bons amigos. (Risos) Não é a toa que hoje em dia só estou preparado para fazer carne que derrete na boca.

Você tem alguma experiência engraçada para contar?

Um dia eu decidi fazer camarão na fritadeira com farinha de rosca… A cozinha era uma nuvem de fumaça. Bombeiros foram até a minha casa porque tinha risco de atingir o poste de energia. Foi só risos com os convidados naquela noite.

Qual é a sua melhor experiência culinária da vida inteira?

A carne na Argentina. Mas foi devido à escassez de alimentos que eles tiveram de casar os pratos com vinho, para fazer arranjos perfeitos de sabores.

Quando você era pequeno você se sentia em casa quando estava na cozinha?

Meu pai é italiano, mas nasceu na Tunísia. Então cresci com aromas de especiarias, frutas secas, cominho, açafrão, canela, chá de menta… Eu fazia muitos pratos da culinária italiana, molho de tomate, massas. Em casa, quando eu era pequeno, rolavam muitas festas. Meu pai muitas vezes recebia seus amigos, todos eles pessoas incríveis. Meu pai também fazia um molho de ragu extraordinário. Eu mantive sua receita e faço isso muitas vezes.

Você tem alguma memória especial?

Meu avô adorava espaguete. Então, para agradá-lo, minha avó tinha em seu banco de receitas 365 receitas de molho e preparos de espaguete. Imagine a inventividade que isso exige. Uma mulher santa, minha avó.

Você tem um sonho culinário? Por exemplo, um restaurante onde você queira muito ir, um projeto culinário, um vinho raro para provar…?

Eu teria gostado de descobrir, especialmente, para provar, a cozinha do chef espanhol Ferran Adrià. Há algo de misterioso nele e isso me intriga.

LIVRO DE ENDEREÇOS

Seu restaurante favorito?

Uma das minhas melhores experiências foi no Laurie-Raphael em Quebec City. Ótimo do início ao fim.

Seu restaurante favorito para comer todo o cardápio?

Eu descobri recentemente um pequeno restaurante mexicano, muito agradável, o Caifan, na Beaubien East, em Montreal. Realmente muito bom!

Seu restaurante favorito para um rolê com os amigos?

Mangiafoco, em Montreal. Tenho um laço especial com este restaurante. (Risos) Mas, francamente, é um lugar ideal de convívio e boa cozinha.

Sua loja gourmet favorita?

Sobremesas fascinantes, no Plateau Mont-Royal. Tudo é bom, especialmente os croissants. Caso contrário, Chez Vito, um açougue e loja de salsichas em Montreal.

O seu restaurante favorito fora de Quebec?

Do chefe Jiro Ono. Meu sonho, mas eu não consegui ir até lá ainda. Você tem que reservar com meses de antecedência. Eu prometo fazer isso. Há apenas alguns assentos e ainda fica perto do metrô em Tóquio. Eu também fui para o mercado de peixe de Tóquio, bem cedo de manhã, é fabuloso. Em Chicago, o Trench Bar. Maravilhoso, ambiente e comida saborosa. Também, Bar Isabel em Toronto, muito simpático.

Seus vinhos favoritos?

Gosto de descobrir vinhos de pequenos produtores, vinicultores que fazem coisas diferentes, que respeitam a natureza também.

Seu livro de cabeceira?

Eu gostava de ler o livro de Joe Beef, emocionante em seu conteúdo. Além disso, o livro do Dr. Béliveau, Foods Against Cancer (tradução: Comida para combater o câncer). Ele abriu meus olhos para especiarias.

Seu produto culinário favorito?

Sou apaixonado por ervas finas. Portanto, tenho em casa o tempo todo.

Sua receita favorita?

Estou cercado por vegetarianos em minha vida, em casa e na banda. Portanto, assim que eu tenho a oportunidade, eu como um babador. A felicidade sorri para mim. (Risos)

O que você não pode ficar sem?

Café, em casa de preferência, senão na cafeteria Chez Nevé em Mont-Royal.

Do que se culpa por ser ganancioso?

Pelo sorvete em Vincenzo, em Villeray. Total! Além disso, os croissants de Sébastien Godard, em Paris. Tem também meu molho de tomate que cultivo em casa. Eu faço minhas conservas, é muito bom e eu não me canso disso.

O que você odeia?

Não digo que desteto, mas vamos dizer que Kimchi ou marinadas não são pra mim.

Seu estilo favorito de culinária?

Uma das melhores coisas que eu comi na minha vida foi com o grupo (Simple Plan) na nossa primeira viagem ao Japão… Kobe beef. Por outro lado, eu diria que a cozinha italiana me enche de felicidade.