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Jeff fala sobre No Pads, TOFTT e suas paixões em entrevista

Depois de Chuck Comeau ceder uma entrevista sobre o Aerodrome Festival, onde o Simple Plan irá se apresentar em junho na República Checa, agora foi a vez de Jeff Stinco contar um pouquinho do que acha de tocar com bandas como Linkin Park, Enter Shikari e Royal Republic para a Novinky.cz. Jeff não deixou de mencionar Dominika – dona do fansite SPCZ.

Mas além disso, o guitarrista falou principalmente sobre o primeiro álbum lançado intitulado No Pads, No Helmets… Just Balls e todas as lembranças que a turnê nova trouxe à ele. Stinco também contou as mudanças que os caras fizeram no terceiro álbum Simple Plan e depois, o que tiveram que enfrentar na gravação do Taking One For The Team.

Confira a tradução feita pela nossa equipe abaixo:

Que lembranças o 15º aniversário de seu álbum de estréia traz de volta para você?

Há um monte de lembranças, começando com os primórdios da banda. Éramos apenas cinco rapazes, praticando no porão do baterista. Costumávamos viajar para os nossos concertos numa antiga van de ambulância. Gravamos o primeiro disco em Toronto, que estava bem longe de casa. Trabalhamos por quase um ano. Vivíamos juntos em uma pequena sala sem janelas. Naquela época, não tínhamos ideia de como a banda iria fazer e que por causa disso nossas vidas viraria completamente. Nossa história é um conto de fadas de cinco amigos, que decidiram viver seu sonho, e criar e viajar juntos. E o fato de que tudo tem funcionado é algo incrível e estamos muito felizes que ainda são os mesmos cinco membros originais.

De volta a Toronto – foi a primeira vez que você não estava em casa por um período tão longo?

Nosso baterista Chuck e vocalista Pierre tiveram alguma experiência com sua banda Reset e estavam acostumados a viajar. Para mim foi uma nova experiência. Eu já sei como é estar sozinho em meu próprio apartamento mas foi a primeira vez que deixei Montreal para trabalho. Foi muito intenso. Agora, quando tocamos essas músicas antigas, isso me lembra toda a paixão que tivemos quando começamos. Foi muito louco. Queríamos fazer cada pequeno detalhe perfeito para o nosso primeiro álbum.

Seu álbum de estréia trouxe à você fama rápida?

De modo nenhum. Quando saiu, foi um pouco de desilusão no início. Levou um tempo até que as pessoas começassem a perceber. Lembro-me que lançamos o disco em 19 de março de 2002. Lembro-me de esperar para vê-lo em toda parte e que nossos cartazes estariam pendurados em todos os lugares porque nossa gravadora deveria estar nos apoiando. Mas a verdade era que não era assim. Demorou muito tempo até o álbum começar a aparecer em lojas de discos. Tenho a sensação de que tudo aconteceu quase dois anos depois. Até então, temos viajado tanto que nem sequer tivemos tempo para fazer qualquer outra coisa. A vantagem foi que fomos capazes de fazer nossas performances muito melhor antes de que algo importante começasse a acontecer.

Quais foram os maiores obstáculos que você teve que enfrentar?

Eles vieram após o The Offspring e Green Day. As pessoas naquela época tinham a sensação de que esse tipo de som já tinha desaparecido antes de começarem a prestar atenção na gente. Os críticos não foram muito bons para nós. Nossas músicas não eram hip o bastante. Os amantes da música estavam procurando algo mais. Eles estavam interessados em uma música muito mais dark.

Alguma vez você já tentou ser mais na moda e fazer os críticos gostarem de você?

Não, porque sempre soubemos exatamente o que queríamos – que queríamos fazer música semelhante à que nos moldou e que amamos. Mas é claro que também tentamos crescer. Por exemplo, no nosso terceiro álbum queríamos tentar coisas novas, a cena musical estava mudando muito naquela época, então nós queríamos experimentar alguns novos elementos. Não porque quisemos que os críticos gostassem da gente, mas por nossa causa. Mas eu tenho a sensação que nós exageramos um pouco. Adicionamos muitos sons eletrônicos à nossa música e não era bom para quem éramos e o tipo de música que tocamos. Mas é normal procurar quem você é. Hoje sabemos qual é o nosso legado e em que consiste o DNA do nosso som.

De qualquer maneira, você ainda teve alguns problemas terminando seu último álbum Taking One For The Team. O que aconteceu?

Era a nossa pressão interior para fazer o melhor álbum possível. Tentamos muitas coisas, mas nem todas foram boas o suficiente. Desta vez tínhamos muito material. Nós gastamos muito tempo no estúdio e nós nos esquecemos que nós não tivemos que mudar tudo aqui e lá e nos reinventarmos. Eventualmente nós percebemos que nós só queríamos nos concentrar nas coisas em que somos bons. E então gravamos a maior parte do álbum em um tempo muito curto. Então nós demoramos algum tempo para ver melhor o álbum de uma outra maneira. E então percebemos que não soava o suficiente como o Simple Plan. Então voltamos para o estúdio para consertá-lo.

Você mencionou que desde o começo sempre foram os mesmos 5 membros. Isso não é muito comum na indústria da música. Tem sido difícil manter a banda juntos ao longo dos anos?

É sempre um desafio. Portanto, é importante encontrar formas de corrigir as fissuras. Mesmo que nós somos melhores amigos, é natural que às vezes temos ideias diferentes sobre onde devemos estar indo. Às vezes é um pouco difícil, então é importante se comunicar bem. Demorou um tempo para ficarmos maduros o suficiente e ouvirmos uns aos outros. A princípio, costumávamos brigar por causa de coisas completamente bobas.

Hoje a maioria dos membros da banda tem filhos. Como isso influencia a banda?

Eu tive meus filhos primeiro, então estou feliz por ver que o resto dos rapazes agora entende o que eu tinha que passar. Nós tentamos montar a turnê juntos de uma maneira que possamos passar mais tempo com a nossa família. Nós somos mais eficazes agora e escolhemos mais cuidadosamente quando e para onde vamos. Fico feliz por poder passar mais tempo com minhas filhas. Somente o nosso baixista David ainda está solteiro, então ele gostaria de fazer mais turnês. Ele tem a vantagem de poder fazer qualquer coisa e viver em qualquer lugar. Mas ele respeita a nossa situação.

Em Praga você estará se apresentando no Aerodrome Festival ao lado de Linkin Park, Enter Shikari, Royal Republic ou Mallory Knox. Qual das bandas está mais perto de você?

Nós crescemos ouvindo Linkin Park. Eu não ousaria chamá-los de meus amigos mas nós conhecemos cada um e eu sempre fico feliz em vê-los. Nós nos respeitamos muito. Eu também tenho que mencionar que estou muito animado para voltar a Praga, temos incríveis fãs na República Checa. Eu acho que nós devemos principalmente a uma menina chamada Dominika que tem um fansite sobre nossa banda muito bom e que eu mesmo vou e acesso quando eu necessito saber o que está acontecendo com a banda. Dominika sabe mais sobre o Simple Plan do que eu. Eu realmente acho que ela é muito responsável pelo quão bem estamos fazendo na República Checa. Ela é uma fã de música muito apaixonada e eu acredito na paixão.

Outra paixão sua é a comida, não é?

Sim, e não apenas isso. Acho que sou uma pessoa muito apaixonada. Eu adoro esquiar. Eu amo comida. Eu sempre quis ter o meu próprio restaurante. E há cinco anos eu abri uma pequena pizzaria em Montreal, que é muito bem sucedida. É sempre cheio de pessoas, e estou muito feliz. Eu também adoro tocar música clássica na guitarra. Mas o Simple Plan é a coisa mais importante para mim. Além da família. Isso é ainda mais importante.

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