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Jeff conta em entrevista sobre a primeira vez que SP tocou na Warped Tour e mais

Durante a passagem do Simple Plan pela Warped Tour 2018, mais especificamente na cidade de Wantagh, Nova York, Jeff Stinco aproveitou para ceder uma entrevista ao The Young Folks onde falou principalmente sobre o festival: a primeira vez que a banda se apresentou nele e como é um ótimo jeito de promover os artistas.

Além disso, o guitarrista também contou que ele e os outros caras já trabalharam com o produtor musical Bob Rock – que já havia trabalhado com a banda Metallica. Não perca mais tempo e leia abaixo a tradução feita pela nossa equipe do bate papo com Stinco:

TYF: Quantas vezes vocês tocaram na Warped Tour?

Jeff: Esta é a 12ª vez na verdade. Esta é a terceira vez que tocamos uma Warped Tour completa, antes nós tocávamos duas semanas aqui e ali. Faz parte da nossa cultura. Os primeiros shows que tocamos em nossa carreira foram na Warped Tour em Toronto, Buffalo e Montreal. Nós crescemos naquele palco, nós na verdade éramos espectadores na Warped Tour e isso nos deu o vôo para fazermos isso sozinhos. É uma turnê importante porque preenche a lacuna entre punk, pop, metal e todos os subgêneros que cercam tudo por lá. Então, é um evento cultural importante e, quando soubemos que seria o último, ficamos tipo: “Sim, não perderemos isso”.

TYF: Quando foi a primeira vez que vocês ouviram sobre a Warped Tour, não só tocaram, mas ouviram falar sobre isso?

Jeff: Na verdade, estávamos gravando uma música chamada I’d Do Anything em nosso primeiro disco e o Blink-182 estava tocando em Toronto. Eu tinha ouvido falar sobre a Warped Tour antes, mas foi a primeira vez que eu realmente prestei atenção nela. Meu baterista foi para Toronto, se encontrou com os caras do Blink-182, tocou a música para eles e eles ficaram entusiasmados com isso. Eles amaram a música, Mark [Hoppus, baixista do Blink-182] na verdade foi tudo e nos deu seu selo de aprovação. Acabou sendo a música que ele cantou e é por causa dessa reunião na Warped Tour. Então essa foi a primeira vez que eu estava realmente prestando atenção nisso, embora eu já estivesse ciente disso antes.

TYF: Como sempre foi a Warped Tour por de trás da sua mente e passando isso enquanto conversavam sobre?

Jeff: Bem, eu sou de Montreal e o festival aconteceu algumas vezes, foi um festival importante. Para ser justo, eu fazia parte de outro ambiente naquela época. Eu estava estudando música clássica e não estava realmente prestando atenção ao que estava acontecendo no mundo do rock. Minha primeira conexão real com a Warped Tour foi quando o Blink-182 tocou em Toronto.

TYF: Então, a coisa da música clássica, é por isso que há um arranjo de cordas em Untitled ou isso é algo não relacionado?

Jeff: Você faz sua lição de casa. Não, nós estávamos trabalhando com Bob Rock na época, que gravou alguns discos do Metallica, e no The Black Album havia alguns arranjos de cordas incríveis que melhoraram as músicas. Nós éramos como crianças em uma loja de doces, nós poderíamos ter qualquer coisa que quiséssemos, então estávamos indo muito bem. Dissemos a Bob: “Podemos arranjar uma orquestra sinfônica naquela música”, e ele disse: “Não, não uma orquestra sinfônica, mas vocês podem ter um arranjo de cordas lá”. Sempre quisemos forçar os limites dessa banda sobretudo em experimentar coisas novas dentro dos limites em que o Simple Plan é conhecido.

TYF: Me conta sobre a primeira vez que vocês tocaram na Warped Tour. Como foi isso?

Jeff: Não tenho certeza se a Warped Tour em Montreal foi a primeira vez ou se foi Warped Tour Toronto. Eu lembro que estávamos tocando no palco do Ernie Ball em Toronto e era um palco pequeno, era meio da tarde e se tornou puro caos. Nós tínhamos gravado o álbum em Toronto, um DJ de rádio muito famoso tinha decidido começar a tocar as músicas no rádio sozinho sem a ajuda de um programador, ele meio que assumiu a responsabilidade de promover a banda e isso explodiu. Em Ontário, isso realmente criou quase uma grande agitação. Então, quando nós tocamos nesse show, e eu acredito que o pessoal da Warped Tour nem soube quem diabos era o Simple Plan, foi radical. Foi realmente caótico, foi uma loucura e era muito pequeno para nós tocarmos naquela época. Que ótima experiência, foi muito bom para o nosso ego também.

TYF: Por que foi bom para o ego de vocês?

Jeff: No começo da banda, você tem muitos fracassos: está sendo dito como não sendo o suficiente pra isso, sendo rejeitado por gravadoras, às vezes funciona, às vezes não. Então, é bom ter um selo de aprovação em um mercado específico como Toronto, uma cidade da música, e foi legal ter fãs aparecendo e ver que você pode começar um chama de alguma forma com sua música.

TYF: Como foi naquela época com o show em Toronto em comparação com o que você viu ao longo dos anos?

Jeff: Foi muito parecido, na verdade. Se tem alguma coisa é essa beleza da Warped Tour. É o fato de que ficou praticamente o mesmo ao longo dos anos. Sempre teve bandas que estavam prestes a quebrar, e as bandas mais novas que criariam um pouco de alvoroço, e tem super artistas prestes a quebrar. Tínhamos Kid Rock, Katy Perry, eu acredito que o Black Eyed Peas também tocou. Tínhamos todas essas bandas que estavam prestes a quebrar, artistas malucos e você tinha novas bandas que ninguém tinha ouvido falar e é exatamente o que está acontecendo desta vez. Então eu acho que nós somos a banda mais estabelecida nessa turnê agora, mas você tem o Falling In Reverse que está prestes estourar, eles são realmente uma ótima banda. E você tem os clássicos, como Reel Big Fish e todas aquelas bandas antigas e há novas bandas que eu nem conheço. Don Broco, por exemplo: uma banda que é enorme no Reino Unido, praticamente desconhecida no momento. Eles vão fazer uma pausa, por isso essa turnê é importante para eles e eles levam isso com muita seriedade, exatamente como eles deveriam estar fazendo.

TYF: Qual é a qualidade mais marcante da Warped Tour?

Jeff: Eu acho que a qualidade mais marcante é ter feito algo com certa peculiaridade. O fato de, por exemplo, as pessoas não saberem o horário de quem vai tocar antes das 11h. A programação rotativa é importante para a Warped Tour. Basicamente você tem que aparecer cedo porque você pode perder sua banda favorita, então essa é uma das razões. O fato de existirem tantas bandas, muitas bandas de muitos gêneros que podem atrair muitas pessoas e culturas diferentes. Eu acho que é uma ótima marca, ao longo dos anos, tem que haver algo para uma marca durar tanto tempo. Torna-se um clássico e pessoas de todos os tipos de conhecem a Warped Tour. Eles ouviram falar, conhecem alguém que participou, é uma grande marca e uma marca clássica.

TYF: É estranho chamar a Warped Tour de uma marca?

Jeff: Não para mim, isso é exatamente o que é. Quero dizer, o que é uma marca? É um nome reconhecível, um produto. Isso é exatamente o que essa turnê é, se é anti-punk dizer isso, ainda é o que é. Os Sex Pistols são provavelmente a maior marca do punk. Eles estavam empurrando uma marca de roupas e isso se tornou uma coisa cultural e pessoas associadas a uma banda ante consagrada, mas eles eram provavelmente o oposto disso. E eu não estou dizendo nada sobre a qualidade de suas músicas, eu amo a música deles, mas ainda é o que era. Quando começou, era basicamente uma banda modelada e montada para impulsionar um produto. Warped Tour foi uma turnê e tornou-se maior do que isso, tornou-se uma marca e acabou se tornando um evento cultural onde os desajustados poderiam encontrar um lugar para se estar, pessoas com quem eles possam realmente se relacionar. Não vejo problema em chamá-lo de marca.

TYF: O que você diria que será o destaque do seu set hoje à noite?

Jeff: Para nós, tentamos abordar todo show da mesma forma: como se fosse o nosso último. Então, se há 200 pessoas à nossa frente ou 20.000 pessoas à nossa frente, nós fazemos o mesmo show. Nos doamos e se tivermos uma grande multidão, essa energia voltará. Pode estar gesticulando, mas quando você tem uma grande multidão, você injeta energia e recebe mais. A área de Nova York sempre foi incrível para nós, tocamos em dois shows no centro de Nova York recentemente e estava incrível, e tenho a sensação de que esse não será diferente.

TYF: Nós estamos na última Warped Tour, há um sentimento que vocês têm enquanto estão nessa turnê?

Jeff: Como mencionei anteriormente, para nós era importante fazer parte disso. Você tem que entender como tudo isso aconteceu: Nós fomos convidados a participar desta Warped Tour meses antes do tempo e muitas pessoas ficaram tipo: “Isso vai dar certo ou não?” Nos últimos anos, Warped Tour não tem feito necessariamente tão bem quanto este ano. Então nós ficamos tipo: “Sabe de uma coisa? Nós vamos apostar, achamos que é importante e não apenas isso, nós sentimos que as pessoas vão querer fazer parte dessa última edição”. E nós estávamos certos nesse sentido, porque muitas bandas recusaram essa turnê por causa de acontecimentos que eles ouviram sobre os últimos anos. Então pegamos a aposta e acho que valeu a pena. Mais alguma coisa também, há um ressurgimento desta banda. Esta banda está melhor do que nunca nos EUA, acho melhor do que em 2004 no nosso auge. Estamos em turnê e estamos tocando em locais realmente grandes, estamos indo muito bem e estamos muito gratos por isso, porque nem sempre foi o caso. Houve um tempo em nossa carreira em que tivemos que parar de tocar nos EUA e ir para o exterior. Desenvolvemos um público muito forte no exterior, o que é incrível, mas sempre ficamos muito preocupados com o fato de termos dificuldade em vender ingressos nos Estados Unidos. Agora estamos voltando e de fato estamos indo melhor do que nunca. Se tem algo é que eu provavelmente estou abordando de forma egoísta aqui, mas a Warped Tour também é uma ferramenta. É uma ferramenta poderosa para promover sua banda e as bandas sabem disso, e nós não somos exceção. Queremos que o maior número possível de pessoas que ouçam sobre nossa banda, queremos que as pessoas ouçam as músicas e se divirtam vendo o Simple Plan. Tentamos ser ótimos no palco e esperamos que o maior número possível de pessoas esteja à nossa frente para nos ver.

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