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É do conhecimento de todos que o irmão de Pierre Bouvier, Jay Bouvier, enfrentou uma batalha contra o câncer nos anos de 2005 e 2006. No dia 15 de setembro, a página oficial do programa Breakfast Television Montreal no Facebook publicou um vídeo no qual Jay concede uma entrevista falando sobre suas batalhas e sua jornada contra a doença.
Confira abaixo o vídeo da publicação e um resumo da entrevista a seguir:
Jay Bouvier, irmão do vocalista do Simple Plan Pierre Bouvier, discute a jornada dele com o linfoma. Jay é o paciente homenageado no segundo evento de meditação e yoga da fundação Lymphoma Canada.
Repórter (falando sobre “Save You”):Jay, quero começar falando que essa música é linda. Mais do que só ouví-la, o que eu mais gosto são os depoimentos e comentários dos sobreviventes e dos membros da família das pessoas que passaram pela doença vindo à tona. Eu gostaria de falar sobre a sua jornada. Fale sobre o seu diagnóstico.
Jay: Meu diagnóstico foi dado em 2005, eu tinha 27 anos. Eu era um cara saudável, tinha um emprego bom e até jogava futebol no time da empresa que eu trabalhava. Eu estava me sentindo super bem, mas aí tive uma vertigem ao correr e pensei: “O que há de errado comigo?” Descansei por alguns dias, parei de jogar por algumas semanas, mas a dor continuava, então marquei consulta em um médico. Ele disse que não tinha nada de errado e que era pra eu voltar em três semanas, que ia melhorar. Aconteceu que isso evoluiu para um dianósgtico de linfoma e, como todos os médicos dizem, essa é uma parte boa do câncer porque é fácil de curar. O prognóstico foi algumas sessões de quimioterapia e logo eu poderia voltar à rotina de antes. Minha jornada acabou sendo mais longa do que “algumas sessões”. Eu tentava ficar sempre otimista, com o pensamento de “em seis meses eu estarei curado”, mas meu caso acabou levando um ano e meio.
Repórter:Por que tanto tempo assim, Jay?
Jay: Eu fui diagnosticado com câncer estágio 4 e ninguém sabe como realmente a quimio reage no corpo das pessoas, então acabou que a minha individualidade acabou tomando o caminho mais longo: seis meses de quimioterapia e várias tomografias depois ainda me mostravam doente, então mais quatro mesess de quimio, mais tomografias e ainda doente; mais seis meses, tratamento intensivo, quimio mais forte… Tive que passar 30 dias internado. As pessoas vinham me visitar com máscaras e vestindo jalecos de proteção, porque não queriam que eu pudesse ter algum risco de infecção, pois poderia haver risco de morte. Depois desses 30 dias, saí do quarto e rezava para estar curado. Depois de 3 meses, fiz uma nova tomografia e os resultados foram positivos, o câncer havia saído do meu corpo.
Repórter: E o intrigante é que um médico poderia pensar: “Você tem 27 anos, você provavelmente gostaria de ser pai um dia”. Parece chocante tudo ter se resolvido no último minuto, deve ter sido um despertar imenso pra você.
Jay: Foi incrível. Meu médico foi até minha sala no primeiro dia em que fui começar a quimio e disse: “Jay, você terá filhos um dia”. Eu respondi: “Sim, quero considerar essa opção”. Aí ela disse que a quimio pode deixar pessoas inférteis, então procure um banco de esperma e agora tenho gêmeos.
Repórter: Estão completando 5 anos, não é?
Jay: Sim, completarão cinco anos em algumas semanas.
A médica fala sobre seu trabalho e sobre a importância da presença de Jay para arrecadar fundos para a causa, prestando depoimento sobre sua vida, sobre os índices de câncer em canadenses, sobre conferências de apoio e suporte para saberem que os diagnosticados não estão sozinhos, têm atendimento com pessoas preparadas para sanar dúvidas sobre o assunto.
Jay completa a fala que a associação promove conhecimento para os diagnosticados que se vêem sem saída quando recebem a notícia da doença, para que possam saber pelo que vão passar.