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Pierre e Sébastien conversaram com a revista inglesa My Rock. Na entrevista, eles comentam sobre a dificuldade de tocar música nova, quando o público não a conhece. Eles falam também sobre o processo de composição do álbum e como foi o baixo do David que encontrou o caminho que precisavam para “I Don’t Wanna Go To Bed”.
As imagens da revista são da fã Laura Méry, e a tradução é da nossa equipe. Leia!
A máquina de hits Simple Plan está de volta com “Taking One For The Team”, um quinto disco que cumpre todas as suas promessas. O grupo esteve de passagem na França em metade de janeiro e nós pudemos nos entreter brevemente com o cantor Pierre Bouvier e o guitarrista Sébastien Lefebvre.
Nós estamos hoje no palco do Taratata, e amanhã vocês vão dar um show fechado nas instalações da gravadora de vocês, a Warner. Este show era para acontecer em novembro, mas foi adiado após os ataques. Como vocês sentiram esses eventos?
Pierre Bouvier (vocais): Isso é completamente louco. Eu não entendo como alguém pode fazer isso. Foi absolutamente horrível, e é um evento que afeta a todos. É um ataque contra o público, pessoas como você e eu, que se divertiam… Nós não somos políticos, mas têm inocentes que não têm nada a ver com os conflitos que acontecem hoje em dia ao redor do mundo. E, obviamente que, como músicos, que já tocaram no Bataclan, ficamos muito chocados. Assim que nós soubemos o que tinha acontecido, nós ligamos para o pessoal da gravadora para dizer que, se eles quisessem, nós viríamos para mostrar o nosso apoio para a França. Mas era sabido que, neste contexto, era bastante complicado, casas de shows foram fechadas e nós fomos forçados a reagendar…
Sébastien Lefebvre (guitarra): É muito importante para nós mostrar como o seu país é importante pra nós, é por isso que nós estamos aqui hoje. Existe uma aproximação muito especial entre o Simple Plan e a França.
P: O essencial é mostrar que nós somos mais fortes que o medo e tentar avançar.
Depois de adiar por muitas vezes o lançamento do quinto álbum “Taking One For The Team”, enfim saiu em 19 de fevereiro. Nós imaginamos o alívio.
P: É claro que eu estava ansioso para lançar. Nós passamos bastante tempo na composição, na produção e na finalização e queríamos apenas uma coisa: que nossos fãs que esperaram quatro anos pudessem escutar e pudessem nos dar suas impressões sobre o disco.
S: Nós vamos enfim poder aproveitar esse disco, porque desde o começo do processo, nós trabalhamos muito, nós fizemos muitos esforços de análise, nós nos estressamos, nós tocamos e retocamos, mas nós não tivemos tempo de apreciar. Agora que ele está terminado, nós podemos relaxar um pouco mais, encontrar o público e falar com a imprensa.
Vocês vão tocar músicas novas no palco amanhã?
S: Sim! Nós tocaremos “Boom” e “I Don’t Wanna Go To Bed” pela segunda vez. É engraçado esses momentos, porque na verdade às vezes as coisas não dão muito certo… As pessoas não conhecem muito bem (as músicas) então elas reagem menos e pode ser um pouco desestabilizante. Você está no palco, você dá o seu melhor, mas na sua frente não há muita resposta. É por isso que nós queremos também ter algumas surpresas para nossos próximos shows na França em março.
P: A gente prefere que os fãs descubram as novas músicas no disco. Nós passamos seis meses para fazer o som, não para que o público escute pela primeira vez em um vídeo no Youtube de má qualidade.
Vocês têm o costume de levar muito tempo entre um disco e outro. Como aconteceu o retorno de vocês para compor o “Taking One For The Team?”
S: Há um ano e meio eu tive uma ideia. Eu falei para os caras: “O que vocês acham se a gente começasse a escrever para o próximo álbum?” E na verdade todos eles concordaram… (risos)
P: Todas as vezes são um pouco parecidas, precisamos de um certo tempo para que se desenrole, depois de um longo tempo sem compor. Em geral, isso se passa entre nosso baterista Chuck e eu, nós nos reunimos para fazer alguns testes e desenvolver nossas ideias. Isso leva um tempo.
S: Digamos que é necessário escrever músicas ruins antes de compor as boas.
P: É exatamente isso.
Tem alguma música que foi o pontapé da composição?
S: Pra mim foi “Boom” e sobretudo “I Don’t Wanna Go to Bed” porque é algo bem diferente do que nós estamos acostumados a fazer, mas que nós queríamos a qualquer custo guardar. Quanto mais o tempo passava, mais nós gostamos. Nós nos apropriamos totalmente no momento da gravação.
É interessante que vocês falem de ““I Don’t Wanna Go to Bed”, um single muito distante do que nós conhecemos de Simple Plan. Como vocês chegaram nesta música?
P: É uma música que o refrão veio muito rápido. Em alguns minutos. Eu fui para o piano e a melodia de voz veio imediatamente. Depois nós deixamos de lado, mas eu retornava, pois eu dizia que poderia resultar em alguma coisa. No momento da gravação, nós tentamos colocar um pouco mais de rock, com guitarras pesadas, mas nós não ficamos satisfeitos, porque a melodia necessitava de arranjos ultra-pop. Nós passamos dois dias a esmiuçar e foi com o baixo do David, um pouco funk, que nós finalmente encontramos o caminho.
Não foi muito difícil de criar uma sequência de um disco como “Get Your Heart On!” que contém “Summer Paradise”, o grande sucesso, mas também uma música mais pop que vocês nunca haviam escrito?
P: Na verdade não, porque nós reparamos que com “Get Your Heart On!”, nós realmente encontramos o que nós gostamos de fazer. O que nós gostamos é de compor músicas típicas, que nossos fãs amem, mas também de nos colocar um desafio que apresente outra coisa inesperada. Isso vem do fato que nós gostamos da música acessível e que nós escutamos na rádio. Eu estou convencido que “Taking One For The Team” é o nosso disco mais punk-rock porque é também o disco onde nós nos arriscamos mais. Eu penso as músicas bem pops como “Perfectly Perfect”ou “I Dream About You”.
A foto é um pouco engraçada, mas escutando vocês, nós podemos imaginar que uma pessoa possa fazer um espacate sem ter dor no meio das pernas! (riso geral)
S: Isso é verdade
No nosso último encontro, em setembro passado, o baterista Chuck nos disse que vocês ainda não tinham encontrado o caminho do álbum. Podemos deduzir que “Opinion Overload” foi composta recentemente?
S: Exatamente, nós fizemos esta música no começo de dezembro. Depois da turnê europeia de outono, faltavam três músicas para gravar e nós retornamos ao estúdio sabendo que a gente queria a energia do “punk na sua cara”. (risos)
Um show bem fechado
Foi no espaço da Warner Music France, nos arredores de Paris, que Simple Plan deu um show fechado em 13 de janeiro. Quatrocentos privilegiados puderam ver os cinco quebequenses de perto durante uma boa hora de música.
Com bastante bom humor, o grupo mostra extrema cumplicidade com o público. No que se refere ao setlist – do disco novo – somente “Boom”e “I Don’t Wanna Go To Bed” foram tocadas no show. Se trata sobretudo de uma coleção dos maiores sucessos de Simple Plan. E são muitos! “Jet Lag”, “Jump”, “Welcome to My Life, “Shut up”, ou ainda “Summer Paradise” que provocaram gritos antes que o quintento terminasse como de seu costume com “Perfect”e “I’d Do Anything”. Um simpático aperitivo antes da agenda francesa em março.
As imagens: