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O site Examiner fez uma entrevista com o baterista do Simple Plan, Chuck Comeau, onde foram tratados assuntos como a composição de This Song Saved My Life, a questão da banda ter escrito mais de 70 músicas para escolher apenas 11 para o GYHO, a possibilidade de lançar um EP ou DVD com músicas inéditas e muito mais. Confira a entrevista completa abaixo:
No ano passado, os membros do Simple Plan, Pierre Bouvier e Chuck Comeau estavam sentados em um estúdio de gravação tentando criar a letra de uma música que eles queriam gravar para o disco “Get Your Heart On!”.
Os roqueiros queriam capturar os sentimentos por trás de diversos trechos de cartas que fãs do Simple Plan ao redor do mundo escrevem e eles recebem todos os meses em Montreal expressando o que as músicas deles significam.
Bouvier explicou, “Essas cartas são bem tocantes e até mesmo humilhantes ao mesmo tempo, então queríamos prestar uma homenagem para esses fãs. Estávamos sentados lá pensando, ‘Não sei, o que você acha disso?’ e o Chuck disse, ‘Por que não perguntamos para eles?'”
O resultado? A faixa que fecha o disco “This Song Saved My Life”, composta de diversas mensagens que a banda recebeu em seu Twitter. Essa deve ter sido a primeira música escrita totalmente pelo Twitter.
A conexão da banda com seus fãs já foi traduzida em diversos hits, incluindo “I’d Do Anything”, “Addicted” e “Perfect” do disco de 2002, “No Pads, No Helmets… Just Balls”, “Welcome To My Life” e “Untitled” do “Still Not Getting Any…”, de 2004, e “When I’m Gone” e “Your Love Is A Lie” do “Simple Plan”, lançado em 2008.
Enquanto o Simple Plan se preparava para a turnê que se iniciou na semana seguinte, Chuck Comeau conversou com o Examiner sobre o novo disco e a turnê.
A banda levou o processo de composição e seus esforços para um lado um pouco diferente, terminando as 70 faixas que então se tornaram 11 para o “Get Your Heart On!”. O processo se provou um sucesso, tanto que eles planejam fazer o mesmo da próxima vez.
“Oh, sim. Absolutamente. É engraçado pois nós realmente fizemos as coisas de uma forma um pouco diferente. Nós escrevemos bem mais do que costumamos, com certeza. Quero dizer, nunca escrevemos 75 músicas para um disco – o que é algo que se você parar para pensar, é um pouco louco.”
“Mas ao mesmo tempo, isso nos forçou a nos esforçarmos e tentarmos o nosso melhor. E, quando você pensa que você já fez o suficiente, você percebe que não fez. Você continua e nunca sabe. Muitas das vezes as últimas músicas feitas são as melhores. E elas acabam sendo as mais especiais, sabe?”
“Nós continuamos nos esforçando. Eu acho que nós sempre sentimos que temos que provar alguma coisa. E esse foi o pensamento geral – a atitude. Tipo, nós queríamos fazer o melhor disco de todos.”
O que ficou bem claro depois disso para a indústria da música é que agora eles possuem material o suficiente para discos por uns 5 anos.
“Definitivamente temos muitas músicas. (risos) Sabe, o que é mais engraçado, é que foi fácil cortar as que foram feitas para 30. Mas de 30 para 20, aí sim foi difícil. Foi muito complicado. Mas existem muitas músicas boas por aí.”
“Esse ano completamos 10 anos de lançamento do nosso primeiro disco, então nós definitivamente temos alguns projetos. E talvez um pequeno EP ou DVD com novas músicas ou algo assim. Então uh, nós definitivamente temos muito material para isso.”
Depois de trabalhar de forma intensiva em estúdio para o novo disco, a banda não tem dúvidas de que está entusiasmada em voltar para a estrada. Comeau mostra o contraste do trabalho na estrada com a intensidade dos estúdios.
“Sabe, são processos completamente diferentes. Quando você fica em turnê por um ano, um ano e meio ou dois anos, é muito trabalhoso. E é algo profundo e, ás vezes meio cansativo.”
“Enquanto isso, quando você escreve você se pressiona e tenta ter várias ideias. E você tenta extrair toda a sua criatividade. E o que é mais engraçado, é que quando você fica meio cansado, esse é o momento que você vai para o estúdio.”
“E quando você está cansado disso, acha entediante, é quando você está pronto para cair na estrada novamente. Então acho que é algo meio perfeito. Funciona quando você está pronto para o próximo capítulo. bem, tem o momento de sair em turnê ou você deve escrever.”
Uma das melhores músicas do novo disco é “Jet Lag”, sobre os desafios de um relacionamento a distância. Comeau falou sob uma perspectiva autobiográfica, centrado na vida na estrada.
“Oh, claro. Eu acho que definitivamente ela veio de nossas vidas. Quando a música diz ‘Você acorda quando é meia-noite’, nós vivemos isso. Se você está na Ásia, no Japão, Austrália – e você está vivendo vidas que estão completamente de cabeça para baixo, é um pouco desafiador.”
“Eu não consigo nem imaginar como funcionava nos anos 80 ou 70, quando você não tinha celular e você teria que esperar para ir até o hotel e esperar por um fax ou coisa do tipo. Nós temos sorte. Podemos usar o Facebook e enviar torpedos.”
“Isso faz uma grande diferença. mas mesmo assim, não há nada como estar do lado de alguém. Existem muitos momentos que por mais que você ame seu trabalho e ame fazer shows e viajar, ás vezes você só quer estar com sua família ou seus amigos. E tem dias que é um pouco mais difícil.”
“Essa música, definitivamente, vem daí mas ao mesmo tempo, eu não acho que há algo pior do que uma banda que fica reclamando do que eles fazem. Eu não acho que queremos ser esse tipo de banda. Nós amamos o que fazemos e escolhemos essa vida. Mas alguns dias são mais difíceis, sabe?”
Existe uma empatia nas músicas do Simple Plan – elas dizem de forma figurada que eles já passaram por aquelas coisas.
“Eu acho que como compositores, sempre foi algo meio direto. Não temos muitas coisas loucas, ou difíceis de entender em nossas músicas. Nós escolhemos desde o começo expressar os nossos sentimentos e emoções de uma forma bem direta. Então eu acho que isso definitivamente ajuda quando uma criança ouve essa música e se identifica.”
“Mas o mais importante de tudo, eu acho que é um material bem honesto, e nós só tentamos escrever sobre nós e as nossas vidas e das pessoas que estão ao nosso redor. Obviamente temos inspirações que poderiam ir além disso e falar sobre problemas políticos e sociais e tudo mais. Mas para nossa música, o quanto mais pessoal ela for, mais tocante ela vai ser e mais vezes eles vão se identificar.”
“E esse é o tipo de música que amamos quando estávamos crescendo e elas significaram muito para nós. Então quando começamos a compor, esse foi o tipo de pegada que adotamos. E você sabe. Tem sido maravilho ver a reação dos fãs.”
“Algo que ouvimos com muita frequência é, ‘Parece que vocês sabem exatamente o que estou passando. Sempre tem alguma música que eu me identifico em todos os momentos. Vocês tem músicas que me fazem sentir melhor ou que não estou sozinho.'”
Essa é uma fórmula que o Simple Plan usou para “This Song Saved My Life”. Comeau esperava uma resposta positiva, mas ele ficou surpreso de como realmente foi.
“Cara, foi um dos momentos mais especiais durante a composição. Eu acho que por um bom tempo, desde que lançamos “Perfect” no primeiro disco – essa música foi a primeira que mais identifica os nossos fãs.”
“Não importa em que lugar do mundo você esteja, nós tocamos essa música e todos sabem todas as palavras e cantam com força. E você vê as pessoas na primeira fileira chorando e tudo mais. Essa música tem muita emoção, pois muitas pessoas podem se relacionar com ela.”
“Desde então estamos recebendo cartas e mais cartas, emails e as pessoas nos shows nos falam, ‘Se não fosse por essa música, ou esse disco… Essa música salvou a minha vida,’ ou ‘Se não fossem as suas músicas, eu não acho que estaria aqui falando com você.'”
“Obviamente quando você ouve isso pela primeira vez, você pensa ‘Oh, é só uma coisa adolescente e eles estão exagerando um pouco,’ mas quando você começa a ouvir isso em todos os lugares, você sabe que isso é verdade e bem importante.”
“E aí é que você começa a perceber que a música tem um impacto enorme. E que ela é muito poderosa. E que ela pode mover as pessoas e fazer uma diferença em suas vidas. Eu acho que essa é a ideia geral por de trás da música.”
“Nós tentamos escrever sobre isso e tentar expressar não só o que a nossa música significa mas além disso, o que a música em geral significa – o quanto ela pode ser poderosa.”