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Durante a passagem do Simple Plan por Lyon, França, no Longlive Rockfest no início de maio, Seb Lefebvre e Chuck Comeau concederam uma entrevista para a rádio La Grosse Radio, que recentemente foi divulgada.
Nela, a dupla fala sobre o novo álbum “Taking One For The Team”, sobre a versão francesa de “I Don’t Wanna Go To Bed” tocar muito nas rádios, sobre acharem importante a banda abrir novas portas e muito mais. Confira abaixo a entrevista completa traduzida pela nossa equipe + algumas fotos de Comeau&Lefebvre:
Antes de irem para o Longlive Rockfest em Lyon, La Grosse Radio teve a chance de falar com Sébastien Lefebvre e Chuck Comeau do Simple Plan. É de bom humor que eles nos receberam para uma conversa amigável sobre o seu mais recente álbum.
La Grosse Radio: E aí caras, como vocês estão?
Seb: Estamos bem! Estamos muito felizes de estar aqui, em um pequeno festival como este na França. Isto é bem agradável.LGR: Exatamente, é legal vê-los em Lyon desde a última vez!
Seb: Oh, não é tanto tempo assim! Há lugares que nos esperam há 5 anos. Vocês são bem mimados aqui em Lyon em termos de Simple Plan. Duas vezes no último ano!
Chuck: Não é nada ruim, nós gostamos de tocar aqui.LGR: Vamos falar um pouco sobre novo álbum, que foi finalmente lançado em fevereiro. Vocês estão felizes com a recepção?
Seb: Extremamente satisfeitos! Eu acho que não é nenhum segredo, muitas vezes falamos sobre isso, é um álbum que demorou muito para fazermos, havia muitos questionamentos sobre “qual música inserir?” etc. E durante a gravação nós nos forçamos para ter a certeza de que no grupo, por unanimidade, esse seria o nosso álbum favorito. Caso contrário, nós teríamos continuado a trabalhar ainda mais. O que é muito interessante é que, agora que ele foi lançado, não somente a reação é excelente dos fãs, mas há muitos deles nos dizem que este novo álbum é o seu favorito do Simple Plan. E isso é uma missão cumprida para nós! Nós tocamos as músicas ao vivo no palco todas as noites, a reação está sendo incrível. De saber que nós ainda podemos nos “conectar” com os nossos fãs, 15 anos depois, com um quinto álbum, é fantástico.
Chuck: Sim, eu acho que é um bom sinal, quando tocamos as músicas ao vivo, os fãs nos perguntar “Hey, coloquem mais músicas novas durante os shows, porque não é suficiente”, mostra que as pessoas realmente gostaram do álbum e nós estamos muito contentes.LGR: Neste álbum, há uma série de canções que retorna as origens como vocês já explicaram, mas também há novos estilos como “Singing in the Rain” que é um pouco de reggae. O que os levaram a escrever este tipo de gênero musical?
Seb: Eu acho que é importante para o Simple Plan abrir novas portas e não se limitar a refazer um álbum de hit após hit. Eu acho que mesmo as canções de rock, pop/punk como você diz, não poderiam estar nos nossos álbuns antigos, mesmo se elas são muito tradicionais para o grupo. Não teria funcionado em “Still Not Getting Any…” ou no “No Pads, No Helmets… Just Balls”. Este é o pop/punk do Simple Plan, mas em 2016. Lá, tem uma canção como “Singing in the Rain” porque nós gostamos de diferentes influências musicais e é divertido tentar fazer coisas diferentes em nosso álbuns. Eu acho que isso vai sempre fazer parte de quem somos. O que une todas essas músicas, embora sejam um pouco diferentes uma das outras é que elas são muito cativantes e permanecem honestas no sentido da composição e dos textos.
Chuck: É também o estilo Simple Plan e a voz do Pierre que, mesmo que seja diferente, fazem com que pareça de qualquer maneira como Simple Plan.
Seb: Eu acho que o contraste é um pouco maior neste álbum, porque quando nós lançamos “Summer Paradise”, era muito diferente, mas ninguém nunca nos fez essa pergunta há 5 anos, porque esta música se harmonizou com a composição, a voz do Pierre, etc… Unindo-se ao resto do álbum.LGR: Na França, a versão francesa de “I Don’t Wanna Go To Bed” é muito popular e, toca bastante nas rádios. O que vocês sentem em relação a isso? É orgulho?
Seb e Chuck: Oh que legal!
Chuck: Eu acho que para nós é super importante estarmos presentes na França, é um lugar que nós apreciamos, nós gostamos de fazer shows aqui, nós gostamos dos nossos fãs daqui, eles sempre são super acolhedores com a gente, portanto, saber que a música está tocando bastante nas rádios, nos ajuda a voltar mais vezes em turnê e eu acho isso muito legal. Para nós, fazer músicas em francês é algo novo também. No começo não tínhamos certeza se devíamos fazê-las ou não, se era uma boa ideia, mas, no final, os fãs parecem apreciar muito. Funcionou bem com “Jet Lag” e “Summer Paradise” por isso, nós decidimos continuar com essa experiência mais uma vez e eu acho que se toca bastante, que legal!
Seb: Mesmo que às vezes nós não entendemos as expressões usadas em francês ou em quebequense, eu acho que é um pouco estranho para nós porque falamos francês! Quer dizer, se nós fizemos uma canção em espanhol, Pierre deveria escrever as fonéticas para cantar, seria uma história diferente! Mas nós falamos francês fluentemente e nós nunca escondemos isso, então aqui está, fazemos versões em francês.LGR: E o sotaque quebequense do Pierre passa despercebido em suas músicas!
Seb: Sim, há uma abordagem um pouco mais internacional!
Chuck: Nós queremos permanecer neutros para que funcione no Quebec e para que as pessoas de lá não nos digam: “Você cantou com o sotaque francês” e para que as pessoas na França não nos digam a mesma coisa, devemos encontrar o meio termo.LGR: “Taking One For The Team” é um álbum tocado por um grupo de amigos, não é?
Seb: Sim! Quanto mais o tempo passa, mais nos damos conta de que estar em uma banda é tão importante quanto estar em um time de futebol. O lado “Bro”, da camaradagem é extremamente importante porque é essa camaradagem que faz com que o interesse do grupo, como os fãs, sempre venham antes de tudo. Por isso, fizemos um álbum que a banda continue a fazer turnês, para que os fãs nos vejam ao vivo, para que os fãs possam se identificar, se encontrar nas músicas e é por isso que estamos aqui na verdade. Esta é a grande razão pela qual existe o nosso grupo e é muito importante para nós.LGR: Tem bastante parcerias com artistas como Jordan Pundik (New Found Glory), Juliet Simms, Nelly etc… Como foram as parcerias?
Chuck: Nós os convidamos porque achamos que estas pessoas são legais e talentosas. Nós achávamos que cada parceria poderia trazer um sabor diferente para o álbum, era realmente essa ideia. Apenas se divertir e ter diferentes sons, de vibrações que não teríamos sem eles. Com Jordan, por exemplo, fez um contraste. É mais uma maneira de ficar conectado com a cena pop/punk. É um pouco as duas facetas do grupo que são refletidas nas parcerias.LGR: A capa do álbum é muito alegre e bem engraçada. Ela representa o estado de espírito em que vocês estavam gravando o álbum?
Seb: Sim! Na verdade eu acredito que durante a gravação, realmente o grupo se uniu. Era importante que nós estivéssemos todos na mesma direção. Isso é bem aproximativo para um grupo, e na verdade todos nós ficamos juntos durante a gravação. Apenas isso, nos uniu um pouco como um time de futebol que quer ganhar um troféu. Não é apenas se um cara é melhor do que o outro que ele vai ganhar, é se a equipe é capaz de realizar em conjunto.
Chuck: É uma espécie de metáfora para dizer que nós ainda estamos aí, com os mesmos integrantes do grupo após 17 anos. É uma espécie de triunfo para nós e para qualquer grupo que eu acho. É tão difícil, existem muitas razões pelas quais um grupo pode se dissolver ou haver conflitos de super graves, ou até mesmo perder a sua popularidade e não ser mais capaz de fazer shows. Os fãs podem esquecer então eu acho que para nós estarmos ainda aí após todo esse tempo… É um pouco uma maneira de celebrar e ser muito feliz em ver como nossa carreira andou.LGR: Em um vlog que saiu há alguns dias no Youtube, vocês dizem que uma de suas canções favoritas do álbum é “Kiss Me Like Nobody’s Watching”.
Seb: Sim, sim!LGR: Existe uma música que representa vocês neste álbum em particular?
Seb: Eu tenderia a dizer “Singing In The Rain” porque é uma mensagem bem positiva que diz apesar de tudo o que pode acontecer ao seu redor, você deve continuar a fazer o que faz você feliz e fazer o que é importante para você. É um pouco uma das diretrizes do álbum e nossa atitude como um grupo.
Chuck: Eu também diria que é a primeira do disco, “Opinion Overload”, porque eu acho que nós fazemos um pouco o que queremos e nós não nos importamos muito com o que as pessoas pensam. Se funcionou bem para nós desde que começamos, é porque nós tivemos essa atitude também. Então é um tipo de mensagem para dizer a todos que vamos continuar a fazer isso e é assim que nós gostamos de tomar as nossas carreiras. As pessoas não vão mudar isso.LGR: Hoje à noite, vocês são um dos principais a tocar neste pequeno festival de punk/metal. Vocês costumam tocar neste tipo de festival, com um público um pouco mais violento?
Seb: Sim! Nós sempre dizemos que, desde o início, quando chegamos em festivais como este, que nós temos quase que fingir ser um novo grupo, para provar que todos podem se divertir com a gente. Na Europa, é muito comum para nós tocar em festivais com muitos estilos diferentes. Eu me lembro de uma das primeiras vezes que tocamos na Alemanha, nós estivemos antes no Rob Zombie e depois no Slipknot. Então nós dissemos “Car*lh*! como vai ser isso?” Nós entramos no palco: seguros, confiantes e nós gritamos: “Vamos lá galera, todo mundo com a gente!” e as pessoas cantaram conosco. Sempre fez parte do nosso orgulho, o fato de que nos sentimos muito confortáveis no palco e nós amamos fazer a multidão se divertir com a gente.LGR: A abordagem é um pouco diferente, então?
Seb: Sim e não! Porque em qualquer caso, vamos dar tudo de nós! Mas é claro que quando é o teu próprio show, as pessoas já estão bastante convencidas de que te amam, entende?
Chuck: Quando você faz um festival, você tem um toque de adrenalina e muito mais. Nós realmente queremos que tudo corra bem e que a multidão curta o show com a gente. Eu diria que temos de trabalhar um pouco mais. Mas durante os nossos concertos, damos tudo o que temos. Mas ainda é um pouco mais de desafio. Eu acho que deve correr tudo bem hoje à noite!
Seb: Deve sim!LGR: Vocês tiveram tempo para visitar alguns em Lyon?
Seb: Esta não é a primeira vez que viemos pra cá! Infelizmente, hoje não é o lugar mais interessante!
Chuck: Mas o dia está bonito!
Seb: Neste momento, sim. Esta manhã estava chovendo.
Chuck: Mas talvez a gente vá fazer uma caminhada antes do show. Sim, este é que é o meu plano: ainda temos 5 horas antes do show por isso vamos sair para jantar na cidade!
Seb: Você tem recomendações de restaurante?LGR: Precisamente, na antiga Lyon tem a tradicional comida francesa. Lyon, capital da gastronomia francesa!
Seb: Sério?
Chuck: Então, não há escolha, nós vamos!LGR: Uma última palavra para os leitores da La Grosse Radio?
Seb: Sim, claro! Muito obrigado por apoiar o Simple Plan desde… Pouco importa há quanto tempo, nós apreciamos muito! E nós amamos vir a Lyon, de vir para a França e nós nos encontraremos novamente em breve, tenho certeza!
Chuck: Bem, ele disse tudo! Ele é bom! Obrigado a você!LGR: Obrigado pelo seu tempo!
Seb: É um prazer!