O baterista do Simple Plan, Chuck Comeau, foi entrevistado recentemente pelo portal americano Houston Press. Aproveitando a passagem da banda pelos Estados Unidos devido à turnê Where I Belong Tour, Chuck conversou com o portal sobre a última edição da Vans Warped Tour, as músicas antigas da banda, a atual turnê com as bandas State Champs, We The Kings e Northbound, o cenário pop punk e o novo álbum do Simple Plan, previsto para ser lançado em 2020.

Sobre o aguardado lançamento do novo material, Chuck disse que está animado para dar novas músicas aos fãs. Confira abaixo a entrevista completa e traduzida pela nossa equipe:

Chuck Comeau fala sobre o fim da Warped Tour, passado e próximo álbum do Simple Plan

Quase duas décadas atrás, uma banda de rock canadense invadiu a cena pop punk com seu álbum de estreia, No Pads, No Helmets… Just Balls. Apoiado pelos singles I’m Just a Kid, I’d Do Anything, Addicted e Perfect, o Simple Plan se consolidou como pilar do gênero em uma longa jornada com a recentemente extinta Vans Warped Tour.

“Foi uma grande parte de nossas vidas e nossa carreira”, diz o baterista Chuck Comeau sobre o festival de viagens, que completou sua última turnê de cross-country em 2018. “Conseguimos usá-la para nos elevar e ampliar nosso alcance. Era uma plataforma enorme para nós e poder fazer a última foi especial”.

Comeau suspeitava que o final da peregrinação de 24 anos pudesse dar nova vida ao festival, que vinha lutando para atrair fãs nos últimos anos, mas o nível de interesse renovado que ele viu em cada cidade ainda o surpreendeu.

“O fato de ter sido o último trouxe tantas pessoas, porque eles queriam viver mais uma vez”, diz ele. “Tivemos um pressentimento de que as pessoas apareciam porque esse festival realmente ressoava com as pessoas. Com certeza, todos os shows foram gigantescos. Eles não tinham vendas esgotadas há anos e acho que a resposta surpreendeu até aos organizadores”.

Enquanto estavam em turnê, comemorando e lamentando o fim de uma era, o Simple Plan se uniu aos colegas punks pop State Champs e We The Kings, e as três bandas concordaram que uma turnê juntas poderia preencher parte do vazio deixado pela Vans Warped Tour.

“Queríamos criar um evento, algo especial que não é apenas mais um show normal”, diz Comeau. “É isso que estamos tentando fazer com esta turnê. Os shows têm sido enormes até agora, e tem sido incrível”.

Com dois álbuns de platina em seu nome, seria fácil para o Simple Plan se instalar como outra banda de nostalgia, mas Comeau e o resto da banda se recusam a descansar em sua zona de conforto.

“Sempre terei muito orgulho de as pessoas amarem os primeiros discos, mas também queremos continuar lançando músicas com as quais as pessoas possam se conectar”, diz ele. “Isso é uma grande parte de estar em uma banda, estar envolvido e não apenas tocando as coisas antigas”.

No mês passado, antes de sua turnê atual, o Simple Plan lançou Where I Belong, um novo single que também é um teaser do seu sexto álbum de estúdio, que eles esperam lançar na próxima primavera.

“Adoramos tocar as músicas que nos tornaram quem somos, mas também queremos apresentar novas músicas que deem aos fãs a mesma sensação, e é isso que estamos tentando fazer com este novo álbum”, diz Comeau. “Não estamos tentando ser algo que não somos, mas estamos tentando torná-lo moderno e emocionante”.

Comeau cita o Green Day e o Blink-182 como inspiração. Ambas as bandas são ícones da cena, grupos que ajudaram a desenvolver o gênero, mas que se recusam a serem rotulados como bandas do passado.

“Trata-se de abraçar o seu passado e ter orgulho dele, mas também de olhar para o futuro”, diz ele. “Acho que os fãs querem músicas novas, e queremos dar a eles”.

Mas o Simple Plan é mais do que apenas música. Na maior parte de sua carreira, eles também se envolveram em filantropia.

“Começamos a Fundação (Simple Plan) em 2005, provavelmente na época em que nosso segundo álbum foi lançado”, diz Comeau. “Queríamos usar parte do sucesso e da sorte que tivemos para fazer algo positivo para os jovens que compareciam aos nossos shows”.

A fundação retira um dólar de cada ingresso vendido e o entrega a uma instituição de caridade da escolha da banda. Os recursos da última turnê da banda serão doados para ajudar as crianças afetadas pelas operações de imigração da ICE nos EUA.

“Meus pais me perguntaram: ‘Do que você quer se lembrar? Você quer apenas ter grandes shows e muitos discos vendidos ou você quer algo que possa ter um impacto real nas pessoas?’ E até agora, levantamos cerca de US $ 2,5 milhões”.

Muita coisa mudou para os punk pop experientes ao longo de sua carreira, mas Comeau diz que eles ainda estão se divertindo.

“Agora que temos famílias e filhos, é muito mais difícil ficar longe”, diz ele. “Quando tínhamos 22 anos, não nos importávamos. Queríamos fazer uma turnê por dois anos seguidos. Nada estava nos mantendo em casa. Agora é um pouco mais de sacrifício por estar longe, mas ainda nos divertimos e tocamos para viver”.

“E agora mostramos isso aos nossos filhos e queremos que eles se orgulhem de nós”, diz ele. “Se continuarmos fazendo bons shows e gravando ótimos discos, provavelmente continuaremos fazendo isso pelo resto de nossas vidas”.

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