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No início deste mês, para quem não se lembra, publicamos aqui a primeira parte da entrevista de Chuck para o iHeartRadio onde ele contou principalmente como é a vida do Simple Plan em turnê. E agora nesta segunda parte, o baterista falou um pouco sobre a faculdade que tinha começado a fazer há um tempo mas desistiu, os fãs – claro, e sobre a família.
Confira já abaixo a tradução da entrevista completa feita pela nossa equipe:
Simple Plan é uma história de sucesso canadense.
Pierre Bouvier, Jeff Stinco, Sébastien Lefebvre, David Desrosiers e Chuck Comeau ainda estão fazendo shows no mundo inteiro, mesmo 18 anos depois que eles se uniram como banda. Eles lançaram cinco álbuns desde 2002 e tiveram diversos hits.
Simple Plan estará em breve de volta à casa deles, no Canadá, para uma turnê que começa em London, Ontário, no dia 17 de novembro, e passa por Toronto, Ottawa, Quebec City e Halifax, antes de terminar, no dia 23/11, na cidade onde tudo começou, Montreal.– Recentemente anunciaram que estes shows foram cancelados, leia aqui.“Uma das coisas mais importantes sobre essa banda é nós ainda sermos amigos e nós ainda nos darmos bem uns com os outros”, disse Comeau quando respondeu sobre o segredo da longevidade do Simple Plan. “São os mesmos integrantes. Nós nunca tivemos que trocar nossa formação, ninguém nunca saiu da banda ou foi demitido… Eu acho que isso faz diferença para nós e para os fãs”.
Comeau disse para o iHeartRadio.ca que ele e os seus companheiros de banda sabem o quão sortudos eles são.
“A maioria das bandas não consegue fazer mais de dois ou três álbuns, e nós estamos no nosso quinto agora! Nós já tocamos em 65 países. Tem sido sensacional”.
O baterista disse que manter uma relação bem próxima com os fãs tem sido fundamental.
“A gente fica um tempo com os fãs todas as noites, antes de entrar no ônibus. Tiramos fotos, falamos com eles no Twitter e no Instagram”, disse Comeau. “A gente compartilha muito da vida em turnê com eles. É por isso que eles continuam indo aos shows e apoiando a banda”.
E também, é claro, tem a música. Comeau disse que o Simple Plan sempre tenta fazer “músicas honestas e com um significado emocional”.
E, ele disse, a banda também sobreviveu graças a “talvez um pouco de sorte”.
Comeau, que tocou primeiro em uma banda chamada Reset com o Bouvier, no começo dos anos 90, disse que sempre teve uma ideia do que o futuro deles seria.
“Eu não acho que a gente poderia prever exatamente como as coisas seriam”, ele disse, “mas eu acho que a gente esperava e sonhava que pudéssemos levar nossa música para todo o mundo, viver de shows, seguir nossos corações e nossa paixão, e poder fazer isso por um bom tempo… Ter uma vida longa como banda e ter uma carreira de verdade.
“A gente sempre achou que seria como é hoje? Mais ou menos. De alguma forma, sim. A gente estava torcendo para que isso acontecesse, mas o jeito que as coisas aconteceram, que as nossas carreiras se desenvolveram, o jeito que a vida aconteceu… isso sempre te surpreende de alguma forma”.
Uma certa vez, Comeau colocou os sonhos de ser um rockstar em segundo plano, para estudar Direito na McGill University. Ele diz que não se arrepende de ter tomado a decisão de não seguir a carreira.
“Meio que deu tudo certo… Mas eu deixei meus pais e minha família tristes ao desistir da faculdade de Direito, e foi bem assustador”, ele lembra. “É engraçado porque eu não tinha a menor dúvida que isso tudo ia dar certo. Claro que você fica com um pouco de medo, mas essa é a graça de ser uma pessoa jovem e apaixonada… você nem quer pensar na possibilidade de não dar certo. Você só vai e faz.
“Eu sempre pensei que, se não desse certo, eu podia voltar para a universidade. Nunca ia ser tarde para voltar, mas isso da música… tinha que acontecer naquele momento”.
Comeau disse que todos os cinco membros da banda compartilhavam essa urgência em fazer o Simple Plan dar certo.
“Nós demos sorte, e as coisas deram certo para nós”, ele diz. “Você só tem que acreditar e fazer. Foi o que a gente fez”.
Hoje, Comeau é casado e é pai de um menino de 15 meses de idade, o London. Ele admite que a nova vida em família levou à algumas mudanças.
“Eu costumava estar sempre pronto para ir a qualquer lugar, a qualquer hora, e fazer mais shows durante a turnê”, ele explicou. “Agora eu ainda sinto isso, mas tem um conflito comigo mesmo. Eu ainda quero sair em turnê e tocar e eu ainda amo muito tudo isso, mas fazer a mala e entrar no avião ficou mais difícil, porque eu tenho algo que me faz querer ficar”.
Mas Comeau não está sozinho nessa nova fase. Três dos seus companheiros de banda também são pais.
“Definitivamente mudou o jeito como nós fazemos as coisas. O jeito que achamos que funciona melhor agora é não fazer turnês tão longas. Ao invés de cinco, seis, sete semanas de turnê, como costumávamos fazer, agora são quatro, cinco semanas no máximo, e aí a gente volta para casa, temos um tempo de folga, e voltamos a fazer os shows.
“A gente tenta fazer funcionar. A gente tenta arranjar um jeito de tornar nossas famílias parte disso tudo”.