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Durante a passagem do Simple Plan pela Suíça no início do ano com a #TeamSPTour, Chuck Comeau cedeu uma entrevista ao Dukascopy TV onde além do single “Singing in the Rain”, falou principalmente sobre a banda: de onde veio a ideia de começar a tocar e sobre achar eles um pouco chatos – já que os caras não são envolvidos em nenhum escândalo. Veja o vídeo abaixo e a tradução disso e muito mais feita pela nossa equipe:
Eu diria que nossas principais influências surgiram na Califórnia, no estilo pop punk e punk rock. Essas são realmente as raízes de nossas influências. Quando começamos, havia uma grande repercussão desse estilo no Canadá, mas não como está hoje. Sinto que não haviam tantas bandas que precisávamos competir. Sempre houve grandes bandas de rock, mas parecia haver uma “impermeabilidade” para muitas bandas canadenses, era muito difícil estourar fora do país. E para nós, começamos tendo uma ambição de que queríamos viajar pelo mundo e tocar nossa música em todos os lugares, não só no Canadá ou só nos EUA. Nós meio que tínhamos uma ambição internacional de alguma forma, talvez meio precipitada, mas nós realmente queríamos fazer, viajar, conhecer novos lugares, descobrir outras cidades e países e nossa música alcançar o maior número de pessoas possível.
Montreal, na época, era a cidade do pop punk. A Califórnia tinha seu destaque, mas Montreal também tinha. Nós tocávamos para 20 pessoas lá e quando fomos para Nova York, conseguímos 2000 pessoas. As pessoas pareciam abraçar esse tipo de música de coração. Todas as nossas bandas favoritas surgiram daí, eram bandas menores e underground, mas Montreal realmente era o centro desse gênero de música. Nós nos expusemos, começamos a fazer alguns shows ao vivo, então fez com que escolhêssemos a direção certa nesse tipo de música, e desde então ficamos abertos a outras bandas. Formamos uma banda antes, chamada Reset, antes do Simple Plan, e com ela conseguimos abrir para outras bandas maiores. A partir daí formamos nosso ‘DNA musical’.
Foi no ensino médio, tínhamos treze, quatorze anos. Não faço ideia do porquê, mas o professor de francês veio até Pierre, um colega que sempre estava conosco e eu, e disse: “Vocês deveriam formar uma banda”. Eu não sei o motivo de ele ter dito isso, mas Pierre tocava guitarra, o colega tocava baixo e então eles precisavam de um baterista. Eu não me interessei muito, mas encarei como algo fácil de ganhar uns trocados. Então cheguei em casa, olhei para a minha bateria e disse “Ok, vamos formar uma banda”. Nosso vocalista já tinha uma experiência musical, então testei algumas batidas e “Ok, vamos compor uma música”.
Não se trata de ser o melhor, se trata da energia. Você sobe no palco e sente vontade de ficar louco, pular pra todo lado e fazer um bom show. Essa energia, acho que sempre tivemos isso. Era divertido, nós gostávamos disso e acabou se tornando sério bem rápido. Então, nós fizemos uma demo. Achávamos tudo divertido, mas ainda sentíamos que queríamos tornar aquilo sério, queríamos fazer um show, ter contrato com uma gravadora e tal. Todas essas coisas foram bem precoces pra gente, tínhamos quinze, dezesseis anos de idade abrindo shows de bandas californianas famosas, duas mil pessoas, conseguimos contrato com a Cargo Records na época e tudo evoluiu rápido. Fizemos a primeira turnê atravessando o Canadá com 16, 17 anos, e desde então tenho feito isso a minha vida toda.
[Sobre Singing In The Rain] Queríamos voltar um pouco no tempo, nos anos 50 e 60. O clipe é inspirado em um filme chamado “That Thing You Do”, com Tom Hanks, que é o meu filme preferido de todos. Ela conta toda a história de uma banda, desde quando ela começa, então eles são inocentes quando começam e de repente se tornam famosos com um grande hit e logo tudo acaba. É a história toda deles. Pode parecer uma história clichê de uma banda, mas nós queríamos meio que reproduzir isso no vídeo.
Não há nada pior no mundo, da cena que surgimos, do que aquele photoshoot clichê onde estamos todos tentando parecer sérios e super legais, não era pra gente. Só queríamos ter momentos divertidos. Nós tivemos todas as ideias para os clipes e ficamos envolvidos, curtimos. O que acho ótimo de estar numa banda é que você tem chance de modificar tudo, de repente até sendo diretor de um clipe, dando ideias dos seus conceitos, até mesmo em capas de CDs. Isso é divertido, nos faz ser criativos. É uma forma de dar outro significado às suas músicas. Você escreve uma música e então dá pra ela todo um sentido visual. Acho que temos uns 20 clipes atualmente, então chegamos num ponto que temos manter tudo fresco e diferente.
Nossas vidas são meio chatas, só tivemos histórias pouco loucas, nada de escândalos. Às vezes acho que poderíamos ter tido um pouco mais de drama, sabe? Conseguir mais atenção da imprensa e tal. Nós sempre fomos os mesmos caras desde o início da formação. Não houve nenhum viciado em drogas, então parece que somos chatos. Nós escrevemos um livro, conversamos… Acho que somos normais demais. Nós certamente temos bons momentos, ainda é divertido aproveitar isso. Não é algo do tipo que corremos o risco de sermos demitidos, mas eu diria que nunca fomos esse tipo de clichê.