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Chuck Comeau revela o nome de nova música do Simple Plan!

Recentemente, Chuck Comeau concedeu uma entrevista ao site AbsolutePunk. Nela, ele conta algumas informações interessantes, como por exemplo: sobre a nova música – Saturday, a parceria com a banda 5 Seconds Of Summer, o projeto especial do Simple Plan, o nome de uma nova música e muito mais!

Confira abaixo a entrevista completa traduzida pela nossa equipe:

Como é finalmente mostrar sua nova música, “Saturday”?
Nós estamos empolgados! Faz muito tempo desde que lançamos músicas inéditas. A última coisa que fizemos foi um pequeno EP que foi como uma b-side, eu acho, mais ou menos – músicas que sobraram do álbum Get Your Heart On. Nós damos um pouco de tempo entre os álbuns porque nós ficamos em turnê por dois anos, dois anos e meio toda vez. Aí paramos por alguns meses, respiramos, e depois começamos a escrever e escrevemos por um longo período. Nós escrevemos por quase um ano e meio este álbum. Escrevemos entre 70 e 75 músicas. É muito empolgante. As pessoas ficaram esperando, e nós finalmente pudemos dar a elas algo para ouvir e se entusiasmar com o álbum. É bom sentir que “Ok, nós estamos mudando de marcha” e finalmente estamos passando do processo de escrita para o de composição, para o de gravação, o de realmente lançar uma música, de voltar para turnê e de planejar alguns shows e a capa do álbum e tudo isso. Então é empolgante que nós, como uma banda, tenhamos a sorte e o privilégio de fazer isso pela quinta vez.

“Saturday” não vai ser o seu primeiro single nas rádios, certo?
Ainda é um pouco incerto. Nós estamos terminando todas as mixagens e tínhamos só esta terminada e pensamos tipo “Sabe, é divertida, é acelerada.” Ela não necessariamente representa o álbum porque nossos álbuns normalmente são muito ecléticos e diversos, mas nós achamos que seria legal meio que jogar uma música e deixar as pessoas saberem que “Hey, nós estamos lançando um novo álbum e vai sair logo e aqui está uma música pronta, confiram.” Então esse era meio que o pensamento e foi muito rápido, não teve um grande plano maluco por trás. Foi mais tipo “Vamos lançar uma música e ver o que fazer com o resto do álbum.” Mas por enquanto nós só quisemos dar algo para os fãs porque eles têm sido muito pacientes.

Essa música foi produzida pelo Howard Benson. Foi a primeira vez que a banda trabalhou com ele?
Sim, primeira vez.

Ele produziu a maior parte do álbum?
Sim, o álbum todo.

Com o último álbum com a produção encabeçada pelo Brian Howes e essa primeira música pelo Howard Benson, o que entra no processo de escolher um produtor? Eu sei que eles transitam em muitos gêneros musicais, então vocês já consideraram escolher um produtor que seja 100% pop? Vocês procuram por produtores que tenham últimos trabalhos que se encaixem nos moldes da banda?
Essa é meio que uma coisa interessante. Primeiro de tudo, para nós, com produtores, nós não costumamos ser as pessoas mais leais ou dedicadas. (Risos) A gente meio que tem muitos encontros que duram só uma noite. E parte do motivo é porque nós sentimos que sempre podemos aprender com pessoas diferentes e é sempre empolgante ver como as pessoas trabalham – o método delas. Então quando temos a chance de trabalhar com pessoas que fizeram álbuns que adoramos quando éramos jovens, quando temos a chance de passar um tempo com eles e aprender com eles, é sempre uma chance que nós procuramos e que nos empolga. Esse tem sido o pensamento. Para nós, é meio estranho porque, como uma banda, nós sempre tivemos um pé nesse mundo pop e sempre fizemos músicas que chamem a atenção. Sempre foi meio que esse o símbolo da banda. Mas ao mesmo tempo nós crescemos ouvindo bandas da Fat Wreck Chords e da Epitaph, como Reset, e isso faz parte do nosso sangue. É como a cena da Warped Tour e tudo o mais – foi com isso que nós crescemos. Então nós sempre tivemos os dois estilos incorporados ao Simple Plan, de certa forma, entende? Então quando escolhemos alguém, nós queremos encontrar alguém que tenha a sensibilidade pop e que vá entender o que estamos tentando fazer. Sabe, grandes músicas que as pessoas acham memoráveis e gostosas de ouvir já na primeira vez que escutam.
Mas também somos uma banda de rock e, quando você nos vê tocar ao vivo, eu acho que as pessoas ficam um pouco surpresas tipo “Ai meu Deus. Eles podem não ser o meu estilo, mas quando você os vê ao vivo são uma banda de verdade.” Nós estamos em turnê já há 15 ou 20 anos, até mais do que isso se você contar a nossa primeira banda. Então precisamos encontrar alguém que incorpore as duas partes da banda, sabe? Esse sempre foi o critério. Nós não queremos necessariamente procurar um cara de puro pop ou puro rock. É encontrar o híbrido – a pessoa que consiga fazer a ponte e nos ajudar a encontrar um som que seja sincero ao que somos como banda e o modo como tocamos ao vivo, mas também que encontre o veículo certo para a música e tenha a certeza de que ela vá brilhar o máximo que puder.

Uma das minhas coisas preferidas do álbum Simple Plan é que muita gente não sabe que vocês trabalharam com o Max Martin antes dele se tornar gigante. Ele é uma das pessoas com quem vocês gostariam de trabalhar agora ou vocês sempre querem trabalhar com gente tão grande quanto ele?
(Risos) É, essa gravação foi interessante. Nós trabalhamos com o Max e também com Danja, e o Danja fez o álbum inteiro do Justin Timberlake com o Timbaland. Nós queríamos testar algumas coisas, tínhamos uma ideia de “Hey, seria muito legal se conseguíssemos um híbrido da nossa música”, que são tipo os refrãos rápidos e cheios de energia, mas misturar isso nos versos e conseguir um som mais pop. Foi muito legal trabalhar com o Max. Foi interessante. Olhando para trás, eu queria que a gente tivesse feito um pouco diferente, porque nós entramos e tocamos um monte de músicas do álbum para ele e ele fez tipo “Cara, eu amo as músicas que vocês têm, vamos trabalhar nelas” e nós ficamos “Legal! Max Martin ama as nossas músicas!” Nós reajustamos e reescrevemos algumas partes e ele produziu. Olhando para trás, aconteceu tão rápido e agora, oito ou nove anos depois, nós estamos tipo “O que porra estávamos pensando?! Nós devíamos ter começado algo do zero!” Mas as coisas meio que só aconteceram e foi ótimo, ele foi o melhor cara do mundo. Nós saímos por quase uma semana na Suécia e em Los Angeles e ele foi a pessoa mais incrível e humilde, e eu fico muito feliz pelo sucesso dele agora. É ótimo. Então eu espero que algum dia, pela estrada, nós tenhamos a chance de trabalhar com ele de novo. Seria ótimo.

O último álbum foi o primeiro que vimos a banda trabalhar com muitos compositores de fora. É também o caso do novo álbum?
Essa coisa toda das parcerias é interessante. Quando você olha o nosso primeiro álbum, éramos só nós cinco. Nós tínhamos um produtor, Arnold, que metia o bedelho em algumas coisas, mas a maior parte era 100% da banda. Aí veio o segundo, mesma coisa. Éramos literalmente só eu e o Pierre escrevendo o álbum inteiro. Existiu alguma parceria aqui e ali para compor o terceiro álbum, mas foi no quarto que realmente abraçamos a ideia e demos uma chance e dissemos “Sabe o que? Seria legal ter uma perspectiva nova e pesar algumas ideias.” Então foi legal, nós meio que pulamos essa fase e acabou sendo ótimo e nós nos divertimos. De novo, nós aprendemos e passamos tempo com pessoas que gostamos e vimos “Oh, ok, é assim que eles fazem.”
Eu acho que uma coisa que escrever com outros compositores nos ensinou no último álbum foi que todo mundo passa pelo mesmo processo. É difícil para todo mundo. Ninguém só entra e boom, faz um hit em uma hora. Todo mundo meio que luta e reescreve, e essa foi a coisa que nos fez nos sentir bem com nós mesmos, com o nosso próprio processo. Nós não somos pessoas estranhas, somos normais. É normal se debruçar sobre um projeto. É isso o que faz uma música ficar incrível. Nós sempre pensávamos “Eu tenho certeza de que é muito mais fácil para todo mundo”, e nós estávamos lá gastando três ou quatro dias em uma única música. E aí você percebe que é isso o que todo mundo faz. Não tem ninguém que entra, exceto talvez pelo Max Martin ou alguns outros, que arrasa em duas horas. É normal.
Neste álbum, nós voltamos muito ao que éramos, Pierre e eu escrevendo, só nós dois. Existem algumas parcerias. É bem meio a meio. Mas uma coisa que descobrimos é que… é engraçado, porque agora todo mundo faz parceria. Literalmente quando nós começamos, isso era um pecado grave. Tipo se você fizesse uma parceria, você era a pior banda de todas, os maiores vendidos, eram uma piada. Quando algumas bandas faziam isso, elas mantinham em segredo, era o maior tabu. Agora, tipo, todo mundo faz isso. Mas uma coisa que acontece com isso é que fica um pouco genérico, porque todo mundo está compondo com as mesmas pessoas. E todos os compositores estão fazendo duas sessões por dia, e estão escrevendo sete dias por semana. Chega um ponto em que a fonte seca, sabe? E as pessoas querem fazer rápido demais. Para nós, não somos os melhores compositores do mundo, mas uma coisa que fazemos é investir tempo e trabalhar com ética. Nesse álbum, quando co-escrevemos com algumas pessoas, ficamos tipo “Não é assim que queremos escrever nosso álbum.” Algumas pessoas que fazem nas coxas e querem ir rápido demais, tipo “Vamos escrever três músicas por dia!” e nós ficamos tipo “Não, vamos só escrever uma música boa durante uma semana e ficar feliz.” Nós acabamos ficando desestimulados com um pouco disso e acabamos só nós dois de novo, e foi ótimo. Algumas das melhores músicas do álbum, eu acho. Mas também, quando você escreve de 60 a 70 músicas, tem uma coisa boa, às vezes, em trocar ideias e ter a perspectiva de alguém de fora.
A grande coisa sobre co-escrever, e você provavelmente pode pergunta a qualquer banda, é que ninguém vai se importar com a sua banda mais do que você se importa. Ninguém vai se importar com as suas músicas mais do que você. Então normalmente eu diria que, na maior parte do tempo, a não ser que você traga a primeira ideia ou a semente, você não vai ficar feliz com a música, a não ser que você traga o conceito e a melodia. Nós definitivamente fizemos muito disso no último álbum. Eu acho que, para nós, é melhor encontrar alguém que, quando você está prestes a desistir de uma música, faz tipo “Não, ela é boa, vamos continuar.” Nós costumamos ser um pouco inseguros e questionar tudo, tipo “Ah, eu não tenho certeza se essa é uma boa ideia, vamos só deixar de lado” e quando você tem outra pessoa lá, isso te ajuda a dizer “Ok, vamos terminar essa música.” E às vezes você se surpreende para o bem, tipo “Caramba, que bom que não desistimos, é ótimo, ficou incrível.” E às vezes você só fica tipo “Não, a gente estava certo” (Risos) “Não vamos usar essa música.” Mas faz parte do processo e eu acho que isso ajuda um pouco.

Além de compositores, vocês tiveram muitas parcerias de voz no último álbum. Nós veremos isso no novo também?
Sim, nós meio que ainda estamos trabalhando nisso agora. O álbum não está completamente finalizado, então definitivamente estamos tentando encontrar alguns convidados. Para nós, sempre é legal ter gente que respeitamos e admiramos no álbum, além de amigos nossos. Então estamos trabalhando nisso, mas não estamos em um ponto em que realmente possamos contar nada, porque não está tudo pronto ou tudo confirmado e tal. Mas nós adoraríamos e estamos tentando.

Vocês dizem que o álbum está quase pronto. Quanto tempo mais vocês acham? Existe um mês de lançamento?
Nossa meta é lançar neste outono. Mas se é no início ou no fim, é nisso que estamos trabalhando agora. Estamos tentando descobrir exatamente qual data vai ser. Nós não temos uma data oficial. Mas estamos com 80% ou 85% acabados com a mixagem, então estamos muito perto. Neal Ayron mixou o álbum e soa incrível. Ele foi ótimo, foi incrível trabalhar com ele. Agora é só uma questão de decidir quais músicas vão fazer parte do álbum, a ordem e ter tudo isso definido. Mas estamos próximos, finalmente.

Agora as novas músicas que eu ouvi, eu senti que elas parecem com o Get Your Heart On turbinadas. Tipo, o Simple Plan encontrou o caminho. Algumas têm uma vibe retrô, meio anos 80. É isso o que vamos ver em mais das músicas do álbum? Como você descreveria a diversidade que esse álbum tem?
Sim, o modo como você descreveu, a meta era fazer com que tudo crescesse e tentar fazer com que tudo o que faz nossa banda ser o que ela é chegasse ao extremo. Nós tentamos fazer as maiores músicas que pudemos e produzir de um jeito que fiquem reais, visto de onde viemos e o que somos, mas também sejam de 2015. Nós não queremos fazer um álbum de 2004. Ao mesmo tempo, existem coisas boas sobre a cena de onde nós viemos e nosso som clássico, que não queremos perder.
Eu acho que a maior chave para esse álbum, para as músicas mais rápidas, é tentar trazer muita energia e fazer ser empolgante. O modo como as pessoas escutam música agora, no iPhone, faz a atenção ser muito pouca. Nós só queremos que a música chegue a você e roube sua atenção. Então esse foi o lance, não só na escrita, mas também na produção. Para o resto do álbum, tem muitas vibes e muitos estilos diferentes. Provavelmente tem as músicas mais rápidas e pesadas que já escrevemos. Quase tem um pouco da vibe do Rise Against nelas. Eu digo isso agora e sei que isso vai voltar para me assombrar (Risos), mas foi a inspiração. Não estou dizendo que surgiu assim, mas nós amamos música desse tipo e ficamos “Vamos fazer algo nessa vibe.” Então foi provavelmente uma das músicas mais pesadas e agressivas que já escrevemos. Também tem músicas com influência pop.
Tem três coisas diferentes em que eu acho que, como uma banda, nós somos bons: músicas com grande energia que vão te animar, soam bem ao vivo e são o antigo som clássico do Simple Plan. Depois tem as baladas mais emotivas, com letras que se conectem com as vidas das pessoas. Nós também temos dessas músicas no novo álbum. Elas sempre foram muito importantes para o que essa banda é e eu acho que essas músicas estão ainda mais emocionantes nesse álbum, e nós tentamos melhorar nelas também e ter a certeza de que elas vão fazer você pensar em casa e se conectar. E aí existem as inesperadas. No último álbum temos uma música chamada “Summer Paradise” que definitivamente saiu da nossa zona de conforto. Quando fizemos pela primeira vez, nós ficamos “Santo Deus, a gente pode fazer isso?” (Risos) E foi divino. Quando gravamos, escutamos e tipo “Caramba, tem a nossa cara porque nós adoramos.” E quando o Pierre canta… essa é a coisa, nós temos sorte do Pierre ter uma voz muito distinta, e quando ele canta algo, mesmo quando é uma coisa muito diferente do que costumamos fazer, ele faz soar como Simple Plan. Quando todos nós nos reunimos, tocamos e acreditamos em algo que parece genuíno para nós, eu acho que nossos fãs vão gostar também. Eles veem isso e é tipo “Oh yeah, são eles porque eles estão cantando e tocando e eles acreditam nisso”.
Em cada álbum nós sempre tentamos puxar do envelope um pouco do que é o Simple Plan e a expectativa das pessoas com relação à banda. Aquele envelope no qual nós estamos rotulados ou qualquer coisa. Nós sempre tentamos mudar um pouco disso em cada álbum. Eu acho que existem algumas músicas ali que são o patinho feio ou um pouco diferentes da nossa vibe e que vão surpreender as pessoas. Para nós, é empolgante porque nós precisamos continuar crescendo e temos que adaptar e tentar coisas novas. É uma coisa estranha como uma banda, especialmente quando você tem maior longevidade, é quase como se você não pudesse vencer porque você não tem a empolgação de ser uma banda nova. Então as pessoas ficam tipo “Ok, o que vocês têm dessa vez? É o seu quinto álbum.” Se você continuar o mesmo e ficar lançando o mesmo álbum… você sabe, existem algumas bandas que fazem isso, mas muitos fãs ficarão entediados. Eles vão ficar tipo “É, eles lançaram um álbum igual, isso é meio sem graça.” E se você muda drasticamente ou tenta aumentar seu leque de estilos, eles ficam “Bom, eu gosto dos primeiros álbuns deles”. É tipo tentar encontrar o equilíbrio entre como podemos crescer como banda, manter o que faz nós sermos nós mesmos, mas ao mesmo tempo alcançar algo novo e fresco. E também, só para nós mesmos, ficarmos empolgados com a música que estamos escrevendo e não só sentir que estamos cozinhando a mesma vibe e a mesma direção. Essa foi a parte mais difícil desse álbum, encontrar esse equilíbrio. Eu acho que conseguimos. Quando você escutar o álbum todo, eu acho que as pessoas vão ficar tipo “Oh, sim, legal, eu entendi.” Existem algumas influências antigas, como você estava dizendo, existem coisas retrô que nunca fizemos antes e queríamos tentar e foi muito excitante para nós. E existem os elementos clássicos. É só encontrar o equilíbrio, e eu acho que conseguimos fazer isso em muitas músicas.

Eu ouvi muito saxofone e trompetes nas músicas novas e acho que eles funcionam. Não é muito uma combinação que eu esperaria para o Simple Plan, mas, como você disse, soa genuíno, faz sentido e a voz do Pierre combina.
Eu esqueci que você ouviu “Sad”. Essa é uma das minhas favoritas do álbum. Foi incrível para nós fazer isso porque é uma música rápida e tudo o mais, mas, ao mesmo tempo, é um pouco retrô, tem um pouco do CeeLo Green e Bruno Mars, mas é mixada com uma energia punk e com as buzinas. Eu não quero dizer que tem influência de ska, não é mesmo a vibe que estávamos procurando, mas ao mesmo tempo a energia e como tudo se encaixa te dão um pouco de Less Than Jake. Na questão das letras, o que amamos é que é bem a cara dos temas do Simple Plan, mas, ao mesmo tempo, tem uma virada positiva muito legal, o que é incrível. É meio que a nova versão das coisas que já escrevemos antes. Mas é, eu realmente gosto dela. Uma das minhas preferidas.

Eu estava vendo a data de lançamento dos últimos álbuns e percebi que, quando um sai, tem um longo período antes do próximo. Parece que é tanto tempo assim? Você acha que em algum momento a banda vai lançar algo mais rápido?
Em um mundo perfeito, nós lançaríamos álbuns a cada dois anos ou um ano e meio. Eu vejo muita gente na internet, é engraçado, que diz “Ah, eles ainda estão por aí? Tipo sério, eles ainda são uma banda?” É muito interessante, porque as pessoas não percebem que lá fora… nos Estados Unidos, eu definitivamente admito que não é a mesma coisa de como era no primeiro ou no segundo álbum. Nós perdemos um pouco da popularidade da banda, ela afundou nos Estados Unidos. Nós ainda temos uma grande quantidade de fãs, mas não estamos nas rádios como estávamos nos primeiros álbuns, sabe?
Mas o motivo pelo qual a gente demora muito tempo entre os álbuns é porque, ao que nos Estados Unidos afundou um pouco, nós criamos uma carreira incrível ao redor do mundo. Com o último álbum, nós viajamos por 12 ou 13 países diferentes na América do Sul, como Chile, Brasil, Argentina. México foi incrível para nós. Nós fomos para a Austrália três ou quatro vezes no último álbum. Nós fomos quatro ou cinco vezes para a Europa. Fomos ao Vietnam, fizemos todo o sudeste da Ásia, e Canada, é claro, e a Rússia. E Israel. Talvez as coisas tenham esfriado nos Estados Unidos, mas nós ampliamos tanto ao redor do mundo… Então, quando entramos em turnê, leva dois anos para ir para todos os lugares. Isso definitivamente faz o ciclo de um novo álbum levar mais tempo, porque não é como se nós só fizéssemos duas turnês pelos Estados Unidos e uma pela Europa e ok, de volta ao estúdio. Nós estamos por aí e nós estamos muito bem por aí, porque essa banda é sobre shows e tocar ao vivo, e foi assim que construímos nossa carreira e assim que nos conectamos com os fãs.
É por isso que leva tanto tempo, e eu acho que às vezes as pessoas não sabem disso, só porque nos Estados Unidos as pessoas pensam “Cara, aqueles caras ficam vagabundeando por dois anos e fazendo nada”, mas a gente faz muita turnê. E depois a gente leva mesmo muito tempo para escrever. No mundo perfeito, eu queria poder escrever nosso álbum em dois, três meses. Mas eu acho que o motivo pelo qual essa banda ainda está aqui e ainda é relevante para muitos fãs ao redor do mundo é o fato de que nós sempre colocamos ênfase nas músicas. Seja o seu estilo ou não, ou você seja fã ou não do nosso estilo de música ou o tipo de composição que a gente faz, é sempre assim que a gente funciona e eu acho que a gente passa muito tempo se certificando de que vai fazer música de qualidade.
A última coisa que queremos é ter nos tornado uma banda que sai em turnê para fazer uma homenagem ao décimo aniversário do nosso primeiro álbum. Na verdade, seria o décimo terceiro aniversário agora (Risos), mas nós não queremos aqueles tipos de shows em que você toca o novo álbum e as pessoas vão pegar uma cerveja, vão embora e só querem que você toque coisa antiga. A cada álbum, nós queremos fazer com que se torne o álbum preferido. Para a nossa base de fãs, ele vira o álbum favorito. Então queremos ter a certeza de que quando lançarmos algo, as doze ou treze músicas sejam assim, cada uma delas ser a nova preferida de alguém. Esse é meio que o nosso critério. E, se uma música é só tipo “ok”, então nós continuamos escrevendo. Nós escrevemos 75 músicas para este álbum, fechamos 80 agora, e ainda estamos escrevendo, mesmo que o álbum já esteja praticamente pronto. Nunca se sabe. Você pode acordar um dia e escrever a música mais especial da sua vida, então continuamos nos esforçando, mas leva tempo. A coisa é que, para algumas bandas por aí, eles entram em turnê e um bando de escritores fica escrevendo um monte de músicas, o que significa gente escrevendo seu álbum enquanto você está fazendo shows. Isso faz ser mais fácil de lançar um álbum mais rápido, e é o oposto quando vocês são realmente quem escrevem suas músicas. Acredite em mim, eu queria ser mais rápido. Eu queria que nós encontrássemos um jeito de lançar músicas mais rápido. Talvez a gente não consiga não ser mediano, talvez a gente só precise melhorar na escrita, mas acredite, nós damos o nosso melhor.

Em Fevereiro, vocês estavam em estúdio com o 5 Seconds Of Summer. Como ficaram essas músicas?
Ficaram boas! Nós fizemos duas músicas com eles, eles são muito legais e nós nos divertimos saindo e nos conhecendo. É claro que não passamos meses e meses, mas foi legal ter a chance de escrever para aquele projeto e acabaram virando duas músicas. Uma foi tipo super acelerada, uma música divertida, um pouco do pop-punk antigo e a outra mais lenta, uma balada. Para ser honesto com você, eu não sei qual é o status dessas músicas. É tão doido. Eles têm tanta gente envolvida. Eu acho que eles escreveram com dúzias e dúzias de pessoas, então quem sabe se elas vão mesmo acontecer? Mas foi super legal ter a chance de participar e de ver que elas ficaram boas. E eles são um grande fenômeno, eu fico muito feliz por eles. Eu acho empolgante, também, para a cena da música em geral ter uma banda que faça esse tipo de música nos holofotes de novo. Não tem tocado muito dessas coisas na rádio. Tem algumas bandas que ainda estão, como Fall Out Boy, que encontrou um jeito de voltar para a rádio, o que é ótimo. Mas, além disso, não tem tido muitas bandas da nossa era ou estilo que ainda estão na rádio. Então é legal ter um pouco de atenção e ter uma banda que retome isso, que faça as pessoas voltarem a procurar algumas bandas que estiveram por aí nos últimos tempos. Eles também cativam as pessoas nesse sentido, então parabéns para eles.

A coisa mais legal sobre eles é que eles escrevem com bandas de quem são fãs, como Good Charlotte, All Time Low, Sum 41. Esse tipo de entusiasmo apareceu em algum momento durante a escrita?
Sim, foi muito legal da parte deles que eles estivessem tão empolgados, que eles quisessem trazer bandas e artistas que eles cresceram adorando. Para nós, foi ótimo. Eles estavam nos contando “Cara, minha primeira namorada e eu nos pegamos ouvindo I’d Do Anything” e foi engraçado. Perto do final, eles começaram a fazer uma versão de “Perfect” e Pierre estava cantando com eles e eles postaram no Instagram e no Twitter. Foi doido. Eles mencionaram a gente e eu não sabia, então eu olhei meu celular e vi que eu tinha 3.500 menções e fiquei tipo “uau”. Então eu vi que eles estavam tipo “Hey, nós estamos escrevendo com Chuck e Pierre do Simple Plan hoje” e eu fiquei tipo “Caramba!” (Risos) falando sobre o poder de ter pessoas te seguindo e tal. Então foi incrível, e eles conheciam todas as nossas músicas e eram grandes fãs da banda, então foi incrível ver isso. É legal porque, quando começamos, nós éramos a banda jovem. Nós éramos os mais novos na sala e podíamos sair em turnê com Blink e Green Day e ficávamos tipo “Ai meu Deus, eu não acredito que eu estou no mesmo recinto que o Mark Hoppus” ou coisas do tipo. Era tão incrível, e agora nós sentimos que, quando saímos com eles ou quando vamos à Warped, existem muitas bandas novas e nós somos os veteranos. É doido como as coisas se invertem e mudam, e tem sido muito legal ouvir de todas essas bandas que vêm até nós, tipo “Você é a maior razão pela qual eu toco bateria hoje” ou “Vocês são o motivo pelo qual começamos nossa banda” ou “Seu álbum foi muito importante para mim”, então é nos deixa muito lisonjeados. Nos deixa muito agradecidos.

Algumas semanas atrás, vocês estavam em estúdio trabalhando em alguma trilha sonora, certo? Tem algo que você possa dizer sobre isso? É para um filme ou um programa de TV?
É interessante. Eu não sei se vai ser tão interessante para vocês nos Estados Unidos. Mas teve um filme tipo cult gravado em Quebec, de onde nós somos, tipo um filme franco-canadense. Literalmente, tipo, todo adolescente viu esse filme e eles estão fazendo um grande remake e pegando algumas bandas para gravar algumas músicas. Eles estão escrevendo a trilha sonora e nós fomos convidados para fazer parte. Nós éramos muito fãs quando éramos menores, então foi tipo “Claro que sim, vamos fazer.” Fez parte da nossa infância. Eu acho que vai ser lançado em inglês também. Eu acho que em inglês se chama “The Dog Who Stopped The War” ou algo do tipo. Eu não sei quão grande foi ao redor do mundo, mas definitivamente, de onde viemos, Montreal e Quebec, teve essa visibilidade massiva por todas as crianças. Então foi legal fazer parte disso. Eu acho que eles têm a Celine Dion e algumas bandas indies do Canadá. Foi muito legal fazer parte disso.

    Gostei da parte em que ele cita Rise Against como influência rs. Demais essa entrevista e a gente percebe o quão profissional o Chuck e a banda toda é. Orgulho!

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