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Jeff diz ser um nerd enrustido atrás de uma guitarra

O Simple Plan está na capa da revista canadense FACES, uma publicação de Ottawa. Jeff Stinco bateu um papo com o veículo e falou sobre a música mais significante do Simple Plan para ele, os rituais que faz antes de subir no palco e quais características pessoais assustariam os fãs, caso eles descobrissem. Veja a tradução da entrevista que começa na página 11 da edição.

Desde 1999 o Simple Plan tem chacoalhado o nosso mundo com sua energia contagiante e músicas envolventes que se tornaram hinos para seus fãs. Tendo vendido cerca de 7 milhões de álbuns ao redor do mundo e com múltiplos singles de platina, o Simple Plan não está perto de um fim. Seu novo álbum, “Taking One for the Team”, foi lançado em 19 de Fevereiro e o Simple Plan se manteve fiel às suas raízes enquanto assumiu alguns riscos que valeram a pena.

O Simple Plan é totalmente devoto aos seus fãs, seja ao criar músicas baseadas em como eles se sentem ou até dar o melhor que tiverem em cada apresentação. Nós sempre podemos contar com a banda para termos uma música para cada momento de nossas vidas. A FACES teve a oportunidade de conversar com o guitarrista Jeff Stinco para falar sobre o novo álbum da banda e a jornada deles juntos nos últimos 16 anos.

O Simple Plan, como sabemos, está junto desde 1999. Como é a química da banda?
A química é ótima porque a banda não foi formada por parcerias musicais, nem foi uma agência que criou a banda; foi apenas um bando de amigos de escola que se juntaram e cresceram como músicos. Nós começamos a ensaiar juntos no porão da casa do Chuck e aprendemos a tocar os nossos instrumentos juntos, então se um aprendesse um truque ele mostrava para os outros. Nós construímos a nossa relação em cima de uma longa amizade, e os altos e baixos ao longo dos anos nos aproximaram e esses anos nos fizeram ser uma unidade forte. Temos muito orgulho do fato de sermos os mesmos 5 integrantes depois de tanto tempo.

Você se lembra do primeiro show que fizeram juntos? Nos conte um pouco dessa experiência.
Bom, originalmente o Pierre estava em uma banda chamada RESET, mas ele saiu para se juntar ao Simple Plan, e David o substituiu no RESET. Pierre viu uma oportunidade de ser o vocalista e parar de tocar baixo no Simple Plan, e então o David veio para o Simple Plan um pouco depois. O primeiro show que nós quatro tocamos foi em West Island em um barzinho grunge e nós convidamos nossos amigos e aprendemos a tocar ao vivo. Nós éramos bem inocentes e não sei se éramos nem um pouco bons (risos). Nós só estávamos experimentando coisas novas e vendo como nosso som saía; foi mais uma festa do que uma apresentação (risos).

A banda já esteve envolvida em muitos trabalhos de caridade ao longo dos anos, incluindo um show próximo em que todos os fundos irão para a “Transition to Betterness”. O que poder retribuir significa para vocês?
Eu acho que na banda, nós não sentimos a necessidade de falar sobre política e enviar mensagens pelas músicas ou pela nossa fama. Nós decidimos que é mais uma responsabilidade social, por isso criamos a Simple Plan Foundation. Muitas bandas são envolvidas com política e emprestam seus nomes a determinadas causas. Nós decidimos, em vez disso, que não existia muita transparência em algumas organizações e não tínhamos certeza se o dinheiro estava caindo nas mãos certas, então decidimos fazer isso do nosso jeito.
Nós arrecadamos dinheiro, alertamos e colaboramos com organizações que possuem estrutura para realmente fazer diferença na sociedade. Nossos esforços são mais baseados nos jovens, seja se tratando de organizações que lidam com vícios, pobreza ou escolaridade – todos os problemas que são relacionados com o crescimento. É algo que nos traz muita alegria e nós colaboramos com pessoas incríveis que dão a vida para melhorar o futuro dos jovens; é bem recompensador.

Em 2012 a banda foi premiada com o Allan Waters Humanitarian Award, que premeia os artistas canadenses que se destacam em contribuições comunitárias que ajudem a engrenagem social do país e cujos impactos sejam perceptíveis no mundo. O que significou para a banda receber esse prêmio?
Foi uma honra, mas eu acho que o que isso fez foi dar um selo de aprovação para a Simple Plan Foundation em um nível mais nacional. Nossos esforços eram bem provinciais antes de esse prêmio legitimá-los de uma forma mais nacional. Você tem que se lembrar de que, quando você dá seu rosto para uma fundação, você é só o rosto dela, e o que a fundação faz é bem maior do que você. O prêmio permitiu que a fundação pudesse sonhar mais alto e fazer coisas maiores, o que foi muito bom.

Nos conte sobre a experiência de poder tocar na cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Inverno de 2010.
Aquilo foi empolgante! A arena era enorme e tinha muita gente e foi difícil não pensar no tipo de público que a gente ia pegar. O número que nos deram antes de subirmos no palco era gigante e difícil de compreender, mas ao mesmo tempo, quando fazemos um show, tem que ser como um show do Simple Plan. Você tem a responsabilidade, como banda, de tocar o melhor possível sendo nas Olimpíadas ou em uma casa de shows pequena. Foi empolgante e muitos outros amigos nossos tocaram, então foi louco e meio caótico e muito divertido; com certeza, uma grande honra.

Qual das suas músicas é mais significante para você e por quê?
Quando você lança o primeiro álbum, tem algo muito forte com o primeiro sucesso que você emplaca. Eu me lembro de “Perfect” ser uma favorita entre os fãs e, quando a lançamos como single, os fãs guiaram o sucesso dela. A mensagem era pura e tocante, e era uma música muito pessoal que se tornou uma música universal sobre amor, então essa música é realmente importante. Eu acho que essa é realmente a música que mudou as nossas vidas para sempre como seres humanos e integrantes de uma banda.

“This Song Saved My Life” foi escrita baseada nas mensagens que os seus fãs enviaram pelo Twitter sobre como a música de vocês os faz sentir. Como os fãs fazem VOCÊS se sentirem?
Não existe banda sem fãs. Você pode ficar tocando no seu porão para sempre ou na frente de pequenas plateias, o que é legal, mas você não é uma banda de verdade até você ter uma plateia na sua frente te dando um retorno. Se você não tem retorno, você não está se comunicando, você só está enviando energia para frente do palco e é isso. Nossos fãs são realmente importantes para nós; nós somos tudo por causa deles, e eles são tudo para nós.
Eu chamo nossos fãs de chefes (risos) porque, se eles decidirem não comprar um CD ou não vir aos nossos shows, eu não tenho trabalho! Eu também acho que é uma forma de respeito a eles porque eu me importo com o que eles dizem. É complicado com as redes sociais, hoje em dia, e você precisa ser cuidadoso pois existe uma coisa que se chama “minoria barulhenta” – são as pessoas que dão suas opiniões muito rápido sem pensar muito sobre elas, e elas nem sempre representam o que a maioria dos fãs acredita; é uma minoria fazendo muito barulho, então você precisa tomar cuidado e escutá-los, mas também ser críticos com relação às suas fontes.

Ao longo dos anos, a banda teve muitos singles no topo das paradas, conquistas no Juno Awards, álbuns e músicas de platina e vendeu mais de 7 milhões de discos ao redor do mundo. Conte como foi essa jornada para vocês.
Tem sido doido! É quase como se, cada vez que você lança um disco, começasse tudo de novo. Você fica inseguro com a música que vai lançar, você fica empolgado para fazer shows, repensa suas performances ao vivo e não pode evitar em ir checas outras bandas da mesma cena que você, o que elas estão fazendo melhor do que você, e você tenta evoluir graças a isso. Então é empolgante e cria uma ansiedade e, ao mesmo tempo, existem altos e baixos. No fim nós absorvemos o amor dos nossos fãs e tudo o que fazemos nos leva a ir até lá e tocar ao vivo. Então, enquanto as pessoas quiserem vir nos ver, nós estamos felizes.

A banda tem algum ritual pré-show?
Nós dizemos que não, mas se você fosse nos observar em muitos shows você veria que eu me aqueço de uma maneira. Eu toco em guitarra clássica porque é mais difícil, então quando eu subo no palco é um pouco mais fácil tocar. Nós também batemos nas mãos uns dos outros antes de entrar. É uma coisa meio perdida nos bastidores antes de um show, as pessoas ficam andando e se entretendo, mas assim que chegamos nas escadas para o palco, vira uma coisa quase militar. Você vê os caras entrarem em fila, existe uma ordem, e nós fazemos as coisas de um jeito e saímos do estado relaxado para um modo completo de banda de rock. Então o ritual é essa transição dos bastidores e estarmos passivos para sermos totalmente ativos e focados para tocar.

O que seus fãs ficariam surpresos em descobrir sobre você?
Estranhamento, nossos fãs sabem tudo sobre nós (risos). Eu sou um nerd enrustido, eu leio livros, eu resolvo problemas de matemática no meu tempo livre e eu amo computadores. Eu também amo tocar guitarra clássica e amo rock. Eu também sou dono de alguns restaurantes em Montreal. Eu sou um nerd enrustido atrás de uma guitarra!

Falando em ter restaurantes, como você entrou nesse mercado e o que você ama nisso?
Bom, eu tinha acabado de me separar e eu estava meio entediado entre os álbuns, e surgiu uma oportunidade e eu pulei dentro. Eventualmente eu acabei me apaixonando e abri uma pequena pizzaria em Montreal e coloquei o meu DNA nela inteira. É aconchegante e original, e a comida é super caseira, bem no estilo italiano que o meu pai costumava cozinhar nas noites de domingo. Eu amo encontrar pessoas e o mundo dos restaurantes é voltado para isso. É voltado para conhecer pessoas e manter a estética de um lugar realmente divertido e bonito. É uma boa mistura entre o social e o artístico; existem muitos paralelos a ser traçados com a música.

Quais são algumas das suas coisas favoritas para fazer quando visita Ottawa?
Ottawa é um lugar legal; nós fizemos muitos shows lá porque é bem perto de Montreal. Nós começamos com alguns shows pequenos por lá; abrindo para bandas como Our Lady Peace, e depois cresceu. A cidade mudou muito, costumava ser o tipo de cidade onde seria difícil de ser preso em uma quinta à noite, e agora é tão viva com restaurantes e pubs em todos os lugares, então é legal sair e sentir a cidade. Ao mesmo tempo é uma cidade bonita e tal, em um nível turístico, é legal explorar e checar a cidade. A vida noturna mudou muito nos últimos anos e isso foi ótimo de ver.

O que os fãs podem esperar do “Taking One For The Team”?
O novo álbum começa com uma música chamada “Opinion Overload” que é sobre a crítica de todos, seja sobre a banda ou coisas que fazemos como seres humanos ou homens de negócios. O objetivo da música é esclarecer que somos seguros sobre o que fazemos, que somos confiantes, que cometemos erros mas os assumimos, aprendemos com eles e depois continuamos, e isso é algo deve acontecer quando você se posiciona em relação a alguma coisa. Esse álbum é um posicionamento de que continuaremos querendo ser relevantes e tiramos o chapéu para nosso passado e nossa história.
Eu acho que nossos fãs vão gostar de ver que nós estamos voltando ao nosso som dos nossos dois primeiros álbuns que são favoritos deles. Existe muita energia, muita velocidade e é bem melódico, então eu acho que muitos fãs vão gostar. Ao mesmo tempo nós aprendemos com o terceiro e quarto álbuns que nós podemos nos arriscar com nosso som e ainda soar como Simple Plan. A voz do Pierre é muito reconhecível, ele é a cola que junta a música e a faz funcionar, então mesmo que nós arrisquemos algumas coisas como “Summer Paradise” do álbum anterior, ainda vai soar como nós e ainda vai funcionar, e esse é o objetivo com esse álbum. Com esse novo álbum nós queríamos abraçar nossas heranças nos projetar em 2016 e para o futuro. Tem muita energia, boas vibrações e experimentos.

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