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I Don’t Wanna Be Sad: “Estávamos chateados vendo crianças com depressão”

Em entrevista ao The AU Review, Chuck Comeau fala sobre I Don’t Wanna Be Sad ser uma alternativa para o tema da depressão adolescente. O baterista comenta ainda a queda da banda com o terceiro álbum, a recepção de “Taking One For The Team” e o que gosta de ouvir.

Confira a entrevista abaixo traduzida pela nossa equipe:

Catorze anos atrás, uns rostinhos novos franco-canadenses de Montreal chegaram à massiva popularidade da cena pop-punk nos Estados Unidos. Seu primeiro álbum, “No Pads, No Helmets… Just Balls”, subiu à posição 35 da Billboard 200 nos Estados Unidos. Naquela época, começaria um longo amor pelo Simple Plan na Austrália. Mas não foram sempre águas tranquilas para o Simple Plan na terra do canguru.

“O único lugar em que realmente não íamos bem era a Austrália. E isso meio que nos deixava chateados”, lamenta Chuck Comeau. “Aí chegou Perfect e ele foi lançado para o topo das paradas da Austrália. Isso ajudou nas vendas do álbum, e aí fizemos Addicted e o álbum meio que se tornou massivo na Austrália. Então para mim, isso foi ótimo, porque eu sempre quis viajar e fazer turnês na Austrália”.

Seguindo o sucesso do “No Pads” e o segundo álbum “Still Not Getting Any…”, Simple Plan conseguiu ser a banda de apoio na turnê australiana do Green Day com o álbum “American Idiot”. “Para mim, foi um dos momentos mais especiais, porque as coisas não estavam caminhando para nós na Austrália e de repente, boom! Explodiu”, reflete Comeau.

Claro, todas as bandas passam por quedas. Para Comeau, isso coincidiu com o lançamento do álbum homônimo. Ele recebeu críticas variadas tanto da mídia quanto dos fãs. Carregava uma carcaça bem mais escura e pesada do rock. No fundo, tinha uma composição bastante sólida. Mas era rock, não pop-punk, e o mundo não estava pronto para que o Simple Plan mudasse. Sobre isso, Comeau diz: “Nós estávamos fortes por oito ou nove anos sem parar. Sem pausas, sem férias e eu acho que não sabíamos qual direção tomar criativamente. E a reação para aquele álbum foi boa por parte de alguns fãs, mas não tão boa por parte de muitos fãs. E foi um álbum difícil de levar para turnês, sabe?”. Depois disso, Comeau diz que a banda pensou muito bem e se fez a pergunta difícil. Tipo, “ainda queremos mesmo fazer isso?” Por sorte, a resposta foi “sim”, mas todos os membros da banda concordaram em voltar às origens pop-punk. “Nós esquecemos que devíamos estar nos divertindo. Então o “Get Your Heart On!” foi um grande sucesso e vimos fãs se reconectarem com a banda. Então aquele período foi uma baixa, mas nós sentimos que transformamos isso em algo positivo e aprendemos com isso.”

O “Get Your Heart On!” de 2011 ganhou para a banda a posição 4 do ARIA com “Summer Paradise” (que na verdade é sobre a Austrália) e o single Jet Lag foi melhor na Austrália do que em qualquer outro lugar do mundo, chegando à posição 8.

Em setembro, o Simple Plan trouxe os brilhantes novos sons de “Taking One For The Team” para a Austrália pela primeira vez. O álbum é um triunfo de composições pop. Levou 14 anos, mas o Simple Plan parece ter descoberto aonde ele pertence. Os primeiros três singles demonstram a extensão do novo som do Simple Plan. É igualmente pop e punk, em vez de ser uma combinação. Nas próprias palavras de Comeau, “Eu acho que a chave foi escrevermos músicas divertidas e envolventes que têm muita veracidade e muito apelo emocional; música que significa algo. Pode não ser a melhor poesia que vai ouvir na vida, mas para nós é sincero, honesto e significativo. Eu acho que significa para os nossos fãs também.”

Um pouco dessa carga emocional pode ser sentida na faixa “I Don’t Wanna Be Sad”, que Comeau revela ter sido uma alternativa para o tema da depressão adolescente. “Estávamos muito chateados pela quantidade de crianças que estão lidando com depressão. Escrevemos muitas músicas sobre esse assunto, mas desta vez quisemos escrever sobre isso de uma perspectiva diferente. Então agora é mais tipo ‘Estou cansado de me sentir assim, eu quero ser mais feliz’. Existe um elemento de inspiração da música do Bleachers ‘I Wanna Get Better’. Eu acredito que seja sobre empoderamento. Em vez de reclamar, a música encoraja as crianças a se cansarem de estar tristes.”

Uma coisa é certa, Simple Plan vai trazer sua energia marcante e seu pop-punk irreverente aos shows em setembro. E para todos aqueles Australianos do campo, que não moram nos estados escolhidos, Chuck tem uma promessa para vocês: “Nós realmente queríamos fazer um pouco mais. Mas vamos voltar. Faremos uma turnê um pouco maior no futuro, tomara. Confiem na gente, estaremos de volta e faremos mais shows!”

Leia a entrevista inteira abaixo..

Vou começar aqui. Eu era viciado em “No Pads, No Helmets… Just Balls”. Eu era do pop-punk enfurecido naquela época. 14 anos desde então. Quais foram os pontos mais altos e baixos da banda nesses anos?

Chuck: Sabe, existiram muitos pontos altos. Tem sido doido. Quer dizer, quando adolescentes, tínhamos esse sonho de lançar um álbum e fazer uma turnê ao redor do mundo e fazer as coisas que as bandas fazem. Hoje em dia, eu acho que definitivamente podemos riscar muitas coisas daquela lista. Depois do primeiro álbum sair, foi muito bem nos Estados Unidos e Canadá e todo o mundo. Sobre os nossos momentos difíceis, existiram alguns.

“Taking One For The Team” é muito divertido. Vocês até retuítaram minha resenha sobre ele, uns meses atrás. Eu acho que vocês estavam procurando por algo realmente positivo e animador?

C: Oh, 100%. Na verdade, eu me lembro bem da sua resenha. A ideia toda desse álbum é ser o que o Simple Plan realmente é. Tentar encontrar o equilíbrio certo entre os sons e nossas influências e o que os fãs amam na banda. Tentamos fazer um álbum que agregasse tudo isso. Isso nos faria felizes, faria os fãs felizes, mas também desafiaria a nós e a eles ao mesmo tempo. Eu acho que os fãs entenderam. Então o legal agora é que, quando fazemos shows, sempre temos fãs nos pedindo para tocar as músicas novas, o que é legal, e raro. Muito frequentemente, no ponto em que estamos da carreira, as pessoas só querem ouvir os primeiros hits.

Existe uma história por trás de “I Don’t Wanna Be Sad”? Porque parece que tem…

C: A ideia por trás dessa música é que temos muitos fãs que nos escrevem e aparecem nos shows e nos dizem o quanto nossas músicas os ajudaram. É doido ver quantas pessoas parecem estar lutando. Música às vezes pode ser a única vida para eles. Começa a ser sua fé, o que eles usam para seguir em frente e eu acho que isso nos inspira como banda.

Vocês vêm para cá em setembro. Vocês têm um bom relacionamento com a Austrália, como você mencionou antes. Acreditamos que o show vai ter a energia marcante de vocês…

C: Sim, cara, é o que fazemos. É isso o que o Simple Plan é. Queremos nos certificar de que todos se divirtam. Depois que saímos para o palco, gostamos de sentir que ainda estamos nas nossas primeiras bandas pop-punk. Tocamos o mais duro que podemos. Sim, queremos que as pessoas levem nossas músicas a sério e como nós tocamos a sério, mas nos divertir e rir de nós mesmos é muito importante para nós. É uma festa de verdade.

Estou em Adelaide. Então eu vou pedir educamente por uma explicação, por favor…

C: Desculpa, cara. Um pouco disso é um tanto fora do nosso controle. Somos convidados a tocar em alguns lugares, etc… Nós realmente queremos fazer um pouco mais. Mas nós iremos voltar. Nós vamos fazer um passeio um pouco maior em algum momento no futuro , esperançoso. Basta ter fé com a gente, vamos estar de volta e vamos fazer mais shows!

Eu sou um baterista também. Então eu gosto de perguntar a bateristas o que você escuta quando não está batucando no palco?

C: Cara, essa é uma boa pergunta. Engraçado, ouço muito pop-punk! Eu ainda gosto desse tipo de música e me animo com as novas bandas que estão chegando e com as antigas bandas lançando coisas novas. Isso sempre vai fazer parte do que eu amo. Eu amo voltar para álbuns que eu escutava quando era criança. Mas eu escuto muitos tipos de coisa também, tipo hip hop e reggae. Eu tenho uma mente muito aberta para a música. Normalmente eu sempre gosto de dissecar músicas de outras pessoas para entender por que eles fizeram o que fizeram, então eu tento realmente apreciar música quando eu posso.

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