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Chuck conta por que nº 26 no uniforme do TOFTT

Em entrevista ao site do time de hóquei de Montreal, Montreal Canadiens (Habs), Chuck Comeau conta por que escolheu o número 26 para o uniforme que usa na capa do TOFTT. Ele explica ainda como sua obsessão pelo time o ajudava a decorar números de telefone, além de escolher quais jogadores seriam bons substitutos na banda, caso ele, Pierre ou David ficasse doente. Confira abaixo a entrevista completa traduzida pela nossa equipe:

Considerando que ele vem quebrando baquetas ao redor do mundo por quase 20 anos, seria pouco dizer que Chuck Comeau do Simple Plan é um cara ocupado. Enquanto eles frequentemente viajam de cidade para cidade para tocar em frente a plateias vorazes, Comeau e os colegas do Simple Plan sempre conseguem encontrar tempo – não importa em qual fuso-horário estejam – para se atualizarem sobre as últimas notícias do Montreal Canadiens. Nós nos sentamos com o ícone de 36 anos em meio à turnê “Taking One For The Team” para saber mais sobre o amor dele pelo CH.

Há quanto tempo você torce para os Habs?

CC: Ah, desde que eu era muito pequeno. Meus pais me apresentaram o jogo e eu rapidamente me tornei um fã do esporte e, claro, dos Canadiens. Eu diria que minha primeira lembrança é por volta de 1985-86.

Quem era seu jogador preferido na infância?

CC: Meu jogador preferido era de longe o Mats Naslund. Ele foi o jogador que me fez abrir um espaço especial no coração para os Canadiens. Eu o acompanhei na carreira e fiquei muito inspirado por como ele se comportava como profissional. Eu até tive a chance de conhecê-lo! Eu fiquei feito uma groupie quando elas conhecem o ídolo (risos). Ele era um goleador abençoado e que também conseguia passar o disco com grande precisão. Eu fiquei obcecado por ele durante as Olimpíadas, uns anos atrás. Eu estava torcendo para a Suécia por causa dele, quando eu deveria estar torcendo pelo Canadá.

Você jogava hóquei na infância? Você fingia que era o Mats Naslund no gelo?

CC: Com certeza. O motivo pelo qual eu o amava como jogador era porque eu não queria ser um jogador de defesa sem graça ou parar discos como um goleiro; eu queria fazer gols como o Naslund fazia! (Risos), Mas, como ele, eu também era um dos menores jogadores do time, então eu meio que me via nele. Eu até mesmo usava número 26 toda vez que eu jogava. Eu ainda uso esse número quando jogo por diversão. Eu sempre tento pegar o número 26. É meu número da sorte.

Qual sua melhor lembrança dos Canadiens?

CC: Eu não consigo destacar uma, mas minha memória mais forte é de 1980. Eu estou falando da era dos Habs com Naslund, Brian Skrudland, Mike McPhee, Patrick Roy, Gaston Gingras e Stéphane Richer. Eu sabia a escalação do time decor. Eu até usava os números das camisetas deles para me ajudar a memorizar números de telefone. Por exemplo, se um número de telefone terminasse com 2944, eu diria para mim mesmo que era Gingras-Richer. (Risos)

O Bell Centre conta fielmente com o seu apoio?

CC: Sempre que eu posso ir a um jogo, sim. Mas, por volta de dez anos atrás, eu diminuí meu vício em hóquei para investir 100% na música. O que me trouxe de volta ao esporte no início dos anos 2000 foi o lançamento do nosso segundo álbum. Estávamos no meio de uma grande turnê de promoção. As coisas estavam começando a dar certo e nós recebemos uma ligação surpresa do agente do Jose Theodore na época em que ele estava com o Canadiens. Nos disseram que o Jose era um grande fã da banda e que ele gostaria de se juntar a nós no palco e tocar guitarra. Eu não estava acompanhando o time tanto quanto eu costumava, mas eu obviamente sabia quem ele era. Ele era como o David Beckham de Montreal! Foi divertido. Foi no Spectrum, durante a pausa de 2004 da NHL. Eu me lembro que o Journal de Montreal deu uma notícia de capa com letras gigantes dizendo “Jose Theodore vai jogar/tocar esta noite” e escrito em baixo com letras pequenas “…com Simple Plan”. (Risos) Na verdade nós mantivemos contato e viramos amigos desde então. Durante a pausa, ele jogou na Suécia e foi ver nosso show em Estocolmo com alguns colegas do time. Quando a NHL começou de novo, eu voltei a me ligar no esporte com mais paixão porque eu tinha um amigo no time.

Eu sei que você jogou hóquei no gelo do Bell Centre, mas como você se sente fazendo um show na mesma arena que abriga o Montreal Canadiens?

CC: O único problema era que nossos jogos de hóquei no Bell Centre sempre eram muito cedo de manhã. (Risos) Eu talvez não tenha feito a melhor performance no gelo, mas só por ter estado no vestiário e no gelo já fez a experiência ser incrível. Um dos melhores momentos que nossa banda teve foi quando tocamos no Bell Centre pela primeira vez como headline da noite. Estava esgotado, o que era meio que um triunfo só por estarmos na maior arena da nossa cidade. Todas as nossas famílias e amigos estavam lá, mas também foi um show mais difícil de fazer porque estávamos emocionados. Eu vi minha família na arquibancada e me senti como um jogador de hóquei em seu primeiro jogo da NHL.

Em turnê, deve ser muito difícil de acompanhar o que acontece. Como você se atualiza?

CC: Nós sempre assistíamos a jogos dos Habs na turnê. Às vezes, estávamos no meio da Europa, então os jogos começavam bem tarde. Depois dos shows, ficávamos dentro do ônibus no estacionamento e escutávamos os jogos, se o Wi-Fi fosse bom o suficiente. Nós conseguíamos ficar atualizados sempre. Quando fazemos turnês na América do Norte, temos uma TV por satélite, o que faz ser mais fácil ter acesso aos jogos. Eu lembro uma vez em que estávamos na Austrália, mas ainda assim nos reunimos para assistir ao jogo nos nossos laptops às 9h da manhã.

Como alguém que tem sucesso internacional por muitos anos, você se orgulha de vestir a camiseta dos Canadiens ao redor do mundo?

CC: Às vezes. Se vamos ao Bell Centre, definitivamente vamos usar azul-branco-vermelho. Mas isso também pode chamar atenção fora do país. É interessante, quisemos trazer nossas camisetas do Canadiens para o Winter Classic e usar enquanto tocávamos o hino nacional antes do jogo e para a nossa performance durante a transmissão. A NHL recomendou fortemente que não a usássemos. Nós queríamos fazer isso, mas na noite do jogo eles não ficaram confortáveis com isso.

Falando do Winter Classic, o quão especial foi fazer parte das festividades no Gillette Stadium?

CC: Foi legal. Graças ao que fazemos, tivemos o luxo de participar da experiência e fazer memórias únicas. Eu nunca teria pensado que faríamos parte desse dia. Como grande fã de hóquei e dos Canadiens, eu me considero sortudo por ter estado lá.

Na capa do seu ultimo álbum, você está vestido de jogador de hóquei. Como aconteceu?

CC: Pareceu natural para mim ser o jogador de hóquei. O conceito do ensaio fotográfico foi minha ideia. Eu tive a ideia de que estar em uma banda era parecido com ser membro de um time esportivo. Você precisa entender que você precisa fazer sacrifícios pelo grupo para alcançar o sucesso. Se você for egoísta, não vai funcionar. É precisamente por isso que ainda estamos juntos depois de 17 anos.

Quem nos Habs seria um bom substituto se um integrante da banda ficasse doente?

CC: Boa pergunta. Se nosso vocalista Pierre [Bouvier] ficasse doente, eu não sei o quão bem ele canta, mas eu teria que escolher a estrela do time, Carey Price. O cantor é a estrela da banda, e se você não tiver um vocalista você não chega muito longe. Se David [Desrosiers, baixista] ficasse doente, nós precisaríamos de alguém com estilo, porque ele é o mais diferente da banda. Então eu diria que P. K. Subban tem potencial para ser uma verdadeira estrela do rock. Se eu ficasse doente, seria Max Pacioretty. Ele é meio que um líder silencioso, como eu.

Quem seria o melhor roadie?

CC: John Scott seria um bom roadie. Ninguém poderia nos intimidar com ele do lado. (Risos)

Quem já quebrou mais baquetas/tacos; você na bateria ou P.K. Subban no gelo?

CC: Ótima pergunta. Eu normalmente quebro de uma a duas baquetas por show, mas eu acho que P. K. tem mais poder na tacada.

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